As comunidades indígenas de Boa Vista devem colher 360 toneladas de melancia nesta primeira safra 2023, em uma área de, aproximadamente, 12 hectares. Por meio do Projeto Hortifrútis (HF), a colheita deve acontecer em nove comunidades em parceria com a Prefeitura de Boa Vista. Desde 2018, a iniciativa vem beneficiando em torno de 60 famílias da agricultura familiar indígena, que contam com toda assistência técnica e insumos.
O Projeto Hortifrútis atende as comunidades: Serra da Moça, Morcego, Ilha, Campo Alegre, Vista Alegre, São Marcos, Darora, Comunidade do Milho e Truaru da Cabeceira, com a produção de melancia e melão.
“Entramos com todos os insumos necessários como: o calcário, fósforo, NPK (para adubação de fundação); a ureia e o cloreto de potássio (para adubação de cobertura), além de sementes de qualidade. Disponibilizamos o transporte, que faz o escoamento da produção para feiras livres, supermercados, além dos programas sociais como: Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Mesa Brasil e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).”, disse o secretário da SMAAI, Guilherme Adjuto.
O secretário destaca ainda que o município tem o Programa Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA), onde atende tanto a área rural como as comunidades indígenas, que trabalha no inverno com as culturas de milho e feijão. Já no período de verão, a melancia é a principal cultura que os indígenas mais produzem nas comunidades.
Só na comunidade indígena Vista Alegre, nessa primeira safra foram colhidas 120 toneladas de melancia neste domingo, 15, em uma área de quatro hectares. Para o tuxaua da Vista Alegre, Dinarte Pereira, 43 anos, o estímulo à produção em parceria com a prefeitura, fomenta a economia da região.
“Essa é a primeira colheita do ano, e algumas chegam a pesar 18kg. São bons frutos que vamos colhendo, e é muito gratificante para nós como comunidade e produtores também, poder receber esse auxílio do município”, agradeceu o tuxaua.