Gleyciane do Nascimento Eva está grávida de 24 semanas de gêmeos univitelinos e foi diagnosticada com Síndrome de Transfusão Feto Fetal estágio IV. De acordo com ela, o coração de um de seus bebês está ocupando todo o espaço do tórax, por isso os médicos possibilitam insuficiência cardíaca.
Diante disso, a mulher precisar passar por um procedimento de Fotocoagulação a Laser das Comunicações Arteriovenosa, que, de acordo com ela, foi a única alternativa prescrita para salvar uma das bebês.
Como o valor do tratamento é alto e a família não tem como arcar com os custos, Gleyciane recorreu ao TFD (Tratamento Fora de Domicílio), no entanto, devido à demora para liberação do tratamento, a mulher se manifestou nas redes sociais pedindo que o processo seja agilizado. “A espera burocrática coloca nossas vidas em perigo. É caso de urgência e quanto mais tempo passar, mais risco eu e minhas filhas corremos”, disse.
A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria de Saúde), que se manifestou por meio da seguinte nota:
“A Secretaria de Saúde informa que a Coordenadoria Geral de Regulação, Avaliação e Controle está acompanhando a situação da paciente Gleiciane do Nascimento Eva, no que diz respeito aos trâmites de Tratamento Fora de Domicílio.
A rerida paciente deu entrada na solicitação de Fotocoagulação a Laser das Comunicações Arteriovenosas no dia 21 de dezembro de 2022, sendo conferida toda a documentação exigida e dado o devido prosseguimento do pedido.
Atualmente, a CGRAC aguarda retorno da Regulação do Ministério da Saúde quanto a disponibilidade de vaga, que faz o encaminhamento da solicitação para as regulações dos estados. Até o momento, houve respostas negativas das regulações de Brasília, Recife e São Paulo.
É necessário destacar que o paciente é encaminhado para TFD somente quando há disponibilidade de vaga da unidade hospitalar que realiza o procedimento requerido pelo mesmo, mas a Sesau está tentando interceder de forma a resolver a questão junto ao Ministério da Saúde”.