Um aumento de 35% nos casos de herpes-zóster durante os últimos dois anos da pandemia de Covid-19 chamou a atenção de pesquisadores Universidade Estadual de Montes Claros (MG).
Após estudos, eles chegaram a conclusão de que o aumento da doença pode ter relação ao vírus do coronavírus.
De acordo com Gustavo Campana, Vice-Presidente Médico do Grupo Alliar, estudos científicos mostram que pacientes tiveram herpes-zóster em até 10 dias após a infecção pelo novo coronavírus.
“A alteração no equilíbrio do sistema imunológico pode reativar o vírus varicella-zoster e levar o organismo a desenvolver o herpes-zóster. Oprimeiros sintomas da patologia são formigamento e dor no lugar em que vão aparecer as lesões e, em alguns casos, pode ocorrer febre baixa no primeiro dia. Depois, surge vermelhidão no local afetado e só então eclodem bolhas d’água.”, destaca.
Herpes-zoster
Caracterizada por pequenas bolhas avermelhadas, o herpes-zóster causa dor intensa e pode evoluir para neuralgia pós-herpética. Isso porque as bolhas aparecem ao longo dos nervos do corpo, onde o vírus varicella-zoster, o mesmo da catapora, fica ‘adormecido’. O agente ‘desperta’ quando a imunidade está baixa, por isso a patologia é mais comum em adultos acima de 50 anos, quando o envelhecimento afeta algumas células e induz alterações no sistema imune.