Apoiado pelo Governo Lula, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado Federal em votação realizada na tarde desta quarta-feira (1º), no plenário da Casa, em Brasília. Ao receber 49 votos, ele vai comandar a Casa no biênio 2023-2024. Seu concorrente, o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), obteve 32.
Quando Pacheco obteve o número de votos suficientes para se reeleger, 41, Marinho tinha 28. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que tinha uma candidatura alternativa, desistiu de concorrer ao cargo, pouco antes da votação, ao finalizar seu discurso como candidato declarando apoio a Marinho.
Os senadores de Roraima, Chico Rodrigues (PSB), Hiran Gonçalves (Progressistas) e Mecias de Jesus (Republicanos) foram os últimos a depositarem os votos na urna. A ordem regimental é definida pela data de criação das unidades federativas.
“Buscarei sempre desempenhar esse papel em obediência à Constituição Federal, as leis do nosso ordenamento jurídico e ao regimento interno desta Casa”, disse Pacheco após a eleição, cumprimentando ainda os dois concorrentes e acenando à pacificação do País e contra o golpismo.
Em seu discurso ainda como candidato, Pacheco defendeu a democracia, a federação brasileira, o povo brasileiro e o compromisso com o combate ao racismo estrutural. Ele lembrou da defesa da vacina, da aprovação de medidas provisórias no combate à pandemia de Covid-19 e do enfrentamento a crimes ambientais.
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O senador elencou feitos de sua gestão como o fortalecimento da bancada feminina e a aprovação de projetos para as mulheres, a criação da Comissão de Segurança Pública e a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial durante a crise sanitária.
O presidente, agora reeleito, definiu seu primeiro mandato, de 2021-2022, como “o biênio mais produtivo do Senado nos últimos 30 anos” e citou pautas polêmicas analisadas pela Casa. “É preciso ter coragem pra ser presidente do Senado e entender o desafio que isso representa”, disse.
Pacheco disse que o Senado terá, pela frente, a análise da reforma tributária e do novo arcabouço fiscal, e defendeu firmemente o combate à “gastança desenfreada” no Estado brasileiro, além da aprovação definitiva do Marco Legal das Mídias Digitais.
Ele também citou a importância da independência entre os três Poderes e dedicou parte do discurso para enfatizar a defesa de legislar, sem revanchismos, sobre possíveis problemas em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e de outros tribunais superiores brasileiros. “Vamos, portanto, ter essa responsabilidade de buscar esse equilíbrio”, finalizou.
*Por Lucas Luckezie
