Saúde e Bem-estar

Câncer no Sangue: Novas opções terapêuticas podem alterar curso da doença 

Fevereiro é o mês de alerta e combate aos cânceres no sangue e seus sintomas

Especialistas alertam para os sinais e sintomas e reforçam que, nas últimas décadas, a ciência avançou de forma significativa e a maioria dos cânceres hematológicos já contam com tratamentos inovadores que ampliam a sobrevida do paciente preservando sua qualidade de vida.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê mais de 11 mil casos de leucemia no Brasil entre 2023 e 2025. As regiões Sudeste, Nordeste e Sul lideram as estimativas.

Conforme o tipo, pode acometer crianças, jovens e adultos – a boa notícia, segundo Thiago Xavier Carneiro, hematologista e professor adjunto da Universidade do Estado do Pará, que a maioria dos cânceres hematológicos podem ser tratados e alguns até curados, considerando “cura” ausência da doença, sem necessidade de tratamento por um período de tempo. 


Thiago Xavier Carneiro, hematologista e professor adjunto da Universidade do Estado do Pará (Foto: Divulgação)

Tipos de Câncer Hematológicos

Os principais tipos de câncer no sangue são leucemias, linfomas e mielomas e seus subtipos. A diferença entre os três está associada ao local onde as células doentes se formam, quais são essas células e qual o desenvolvimento da doença.  

Enquanto as leucemias afetam a medula óssea, os mielomas ocorrem a partir de um tipo específico de célula de medula óssea, que atua na produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias; e os linfomas afetam o sistema linfático. Nos três tipos, os sintomas são semelhantes.

Quais seriam os sintomas?

Os diferentes tipos de câncer  no sangue podem  apresentar sintomas comuns: sensação de fraqueza, cansaço, perda de peso sem razão aparente, manchas arroxeadas pelo corpo, palidez e mesmo sangramentos – além de sintomas específicos de cada tipo de câncer no sangue.

Como é feito o diagnóstico e quando é hora de procurar o médico?

Na presença destes sintomas, recomenda-se procurar o médico.  Um simples exame de sangue (hemograma) pode indicar alguma alteração e o profissional de saúde pode pedir exames mais específicos. 

Como é o tratamento?

De acordo com Carneiro, o tratamento varia conforme o tipo de câncer no sangue – mas pode incluir quimioterapia, imunoterapia, transplante de medula e terapia alvo, que atua diretamente nas células defeituosas, protegendo as células sadias. Diante da confirmação do diagnóstico, médico e paciente devem conversar sobre as possibilidades de tratamento, considerando sua idade, estilo de vida e estágio da doença. Na última década, os tratamentos evoluíram significativamente.