Cotidiano

Criança se fura com agulha jogada no chão

Acidente ocorreu quando os pais da criança esperavam atendimento e o menino achou uma agulha no chão

Uma criança de 03 anos de idade se furou com uma agulha, nesta segunda-feira, no posto de saúde Olenka Macellaro Thomé Vieira, no bairro Caimbé, zona Oeste. O acidente ocorreu quando os pais do menino o levaram para tomar vacina. Na fila de espera, ele brincava no chão quando encontrou o objeto e perfurou o dedo. A direção da unidade prestou os atendimentos necessários e descartou a possibilidade da agulha ter sido utilizada e jogada em local inapropriado por algum servidor.

O autônomo E. P. R., pai da criança, informou que, minutos após a chegada, o menino começou a chorar, pois havia se machucado com algo que encontrou no chão. “Para o meu espanto, era uma agulha. Ele furou o dedinho e começou a reclamar da dor. Devido à situação inusitada, não sabia nem como proceder”, relatou.

Após o susto, o pai procurou a direção da unidade de saúde, que se prontificou a prestar o atendimento necessário. “Eles limparam o local onde a agulha o feriu e pediram para eu retornar uma semana depois para fazer alguns exames e verificar se ele adquiriu alguma doença com o incidente”, disse.

O autônomo afirmou que seguiu o conselho de outras pessoas que recebiam atendimento no posto de saúde e foi até o 4º Distrito Policial, no bairro Santa Teresa, também na zona Oeste, registrar um Boletim de Ocorrência (BO), relatando o ocorrido. Antes de sair da unidade, ele pediu a agulha em que o menino havia se ferido, mas os servidores do local informaram que levaram o objeto para análise.

“Eles disseram que entendiam a minha preocupação, pois também têm filhos e me afirmaram que o melhor a fazer seria deixar a agulha sob a responsabilidade deles, pois eles iriam analisar o objeto em um laboratório”, complementou.  

No Distrito Policial, o delegado aconselhou o pai da criança a procurar uma unidade de saúde o quanto antes para fazer exames. “Quando saí de lá, levei o meu filho ao Hospital da Criança e ao Hospital Coronel Mota. Nos dois locais, os médicos descartaram a possibilidade de ele ter contraído o vírus da Aids, o que foi um alívio para nós, mas não descartaram a possibilidade dele ter contraído algum tipo de hepatite. Agora estamos aguardando o resultado”.

O pai afirma que está indignado com o fato de uma agulha estar jogada no chão de uma unidade de saúde. “Será que eles não recolhem o lixo hospitalar da maneira adequada? De alguma forma aquela agulha foi parar ali, mesmo que tenha sido por acidente. A direção deveria prestar mais atenção a estas coisas”, opinou.

O diretor do posto de saúde Olenka Macellaro, Ricardo Rivelino, informou que a agulha não foi utilizada em nenhum procedimento dentro da unidade. “Nossos servidores seguem, à risca, todas as regras para descarte de lixo hospitalar. Uma coisa é certa: a agulha com a que o menino se feriu não foi utilizada e nem descartada por nenhum de nossos servidores”.

Rivelino informou que todas as seringas, agulhas e qualquer tipo de material hospitalar são descartados em caixas destinadas exclusivamente para este fim, revestidas com saco um plástico no interior e depositadas em um camburão dentro da unidade, onde é coletado de forma diferenciada. “Não há como ninguém ter acesso a esse lixo, a não ser que vá até o camburão e levante a tampa, mesmo com os avisos informando que é proibido e não recomendável”, explicou.

Em relação ao tempo de espera para a realização dos exames para verificar se a criança contraiu alguma doença, o diretor informou que o procedimento é regular. “Sete dias é o prazo mínimo para que algo se manifeste caso tenha ocorrido uma contaminação. Se os exames forem feitos antes disso, não será possível detectar nada”, observou Rivelino. (I.S)