Jhonatan de Jesus oficializou na tarde desta terça-feira (7), em Brasília, a renúncia ao cargo de deputado federal para assumir a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele também anunciou a desfiliação do Republicanos devido à exigência para a função.
“Uma certeza me acompanha e tenho que registrar: tudo o que conquistei foi por meio de muitos esforços, que sempre tive ao lado das pessoas que sempre fizeram a diferença ao meu lado”, declarou em seu discurso de despedida, na Câmara dos Deputados – com a saída, seu cargo será assumido pelo suplente, o vereador de Boa Vista, Gabriel Mota (Republicanos).
“Farei de tudo o que tiver ao meu alcance para promover uma atuação no Tribunal de Contas da União que esteja em consonância com o Congresso Nacional, e sob a premissa de efetividade e da lisura, independentemente da ideologia. E que a imparcialidade seja a tônica do meu trabalho. Todos os 513 deputados estarão ali representados pelo este jovem no Tribunal de Contas da União”.
Com Arthur Lira (Progressistas), Jhonatan de Jesus abriu mão de concorrer ao cargo de presidente da Câmara para postular a indicação para ministro do TCU. Treze partidos apoiaram seu nome para o órgão de controle auxiliar do Congresso Nacional.
A Constituição Federal estabelece como um dos requisitos para ser ministro do TCU é ter entre 35 e 70 anos de idade. O roraimense tem 39 anos e terá, pela frente, quase 31 anos no cargo até ser aposentado compulsoriamente.
“Sempre estarei com meus olhos voltados ao extremo zelo pelas coisas públicas e os bens públicos do nosso País […]. Dedico a cada roraimense a mina chegada ao cargo de ministro do Tribunal de Contas da União”, disse ele, em discurso marcado por menções a familiares e amigos que vivem nos 15 municípios de Roraima.
O discurso foi acompanhado por um plenário mais esvaziado, mas com a presença de deputados de Roraima, como Albuquerque (Republicanos) e Zé Haroldo (PSD), e os senadores Hiran Gonçalves (Progressistas) e Mecias de Jesus (Republicanos), pai do agora ex-deputado. “[Mecias] não é simplesmente meu melhor amigo, é meu companheiro de vida pública”, disse, aplaudido.
*Por Lucas Luckezie