Em um mês, Ibama fecha mais de 100 acampamentos na Terra Yanomami

As ações de combate ao garimpo ilegal, fecharam 108 acampamentos dentro da Terra Indígena Yanomami. Outras sete estruturas de apoio logístico foram destruídas e dois portos usados para o embarque e desembarque de insumos e pessoas, foram inutilizados até o domingo (5). O levantamento é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a pedido da FolhaBV. 

A Operação Xapiri é coordenada pelo Ibama, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública. O objetivo principal é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado.

Ao longo do primeiro mês, foi apreendida 19,2 toneladas de cassiterita, conhecida como “ouro negro”. Principal mineral portador de estanho, é usada em larga escala na indústria para a produção de tintas, plásticos e fungicidas. Os agentes também apreenderam 570 gramas de ouro e 3,4 kg de mercúrio.

A lista de apreensões e inutilizações seguem com três aviões, um helicóptero, um trator de esteira, uma escavadeira hidraulica, sete barcos, 13 balsas e 44 motores estacionários, além de 1,1 mil litros de gasolina e 4,2 litros de diesel. A Operação está em funcionamento desde o dia 6 de fevereiro.

A segurança na região foi reforçada após a base de controle instalada no rio Uraricoera, na comunidade Palimiú, ser alvo de ataque de garimpeiros. Agentes da Polícia Federal e mais equipes da Força Nacional também foram enviados à região para auxiliar na segurança dos servidores e indígenas.

Ainda de acordo com o Ibama, também foram aplicadas multas no valor total de R$10.144.500,00.