Em 30 dias, 200 acampamentos de garimpo em meio a floresta da Terra Yanomami, foram destruídos pela Operação Libertação, deflagrada pela Polícia Federal. Os resultados da ação, que completou um mês no último dia 10, foram divulgados nesta terça-feira (14).
O trabalho é comandado pela PF, em conjunto com o Ibama, Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública, Funai e PRF. Ao longo de um mês, foram inutilizadas ou apreendidas 27 toneladas de cassiterita, 11,4 mil litros de combustíveis, 84 balsas e embarcações e duas aeronaves.
As equipes também destruíram 172 motores e geradores de energia, equipamentos como maquinários para extração de minérios, motosserra, mercúrio, modens de internet via satélite, celulares, uma tonelada de alimentos, além de armas e munições.
A Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima, paralelamente, deflagrou também as operações Nau dos Quintos, Avis Aurea e BAL. Os mais de 40 procedimentos investigativos relacionados ao garimpo ilegal na região, resultaram no bloqueio judicial de R$ 65 milhões.
O Diretor de Meio Ambiente e Amazônia da Polícia Federal, Humberto Freire, destaca que esta operação marca o início da atuação da DAMAZ, cuja criação evidencia uma das prioridades da Polícia Federal e do estado brasileiro.
“Estamos atentos às expectativas que a sociedade brasileira e o mundo têm em relação aos temas relacionados à Amazônia e ao meio ambiente de maneira geral, e atuaremos para garantir os direitos das populações afetadas, enfrentando a criminalidade organizada com o objetivo de alcançarmos todos os elos da cadeia criminosa da mineração ilegal”.
As ações de planejamento e coordenação estão sendo realizadas no Centro de Comando e Controle da Operação Libertação, estruturado na Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima, para permitir a atuação e a tomada de decisões, de maneira integrada, dos órgãos envolvidos na ação.