Dois homens foram presos e uma aeronave foi destruída após o retorno do bloqueio aéreo na Terra Indígena Yanomami. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira (7).
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB) esta foi a primeira ação de combate ao tráfego aéreo ilegal após a desativação dos corredores aéreos, estabelecidos para estimular a saída “voluntária” de garimpeiros do território Yanomami.
Os dois homens foram presos em uma pista clandestina de garimpo ilegal, a sudeste de Surucucu, próximo à fronteira com a Venezuela. Os agentes pousaram na área, na noite dessa quinta-feira (6), em um helicóptero da Marinha do Brasil, utilizando um equipamento de visão noturna chamado NVG (do inglês, Night Vision Goggles).
Após a prisão e destruição da aeronave, a equipe retornou para Boa Vista, onde os dois indivíduos foram entregues às autoridades policiais competentes.
A operação foi realizada em conjunto entre as Forças Armadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Bloqueio
Os corredores aéreos na Terra Yanomami foram desativados às 21h dessa quinta-feira (6). Com isso, voltou a ser proibido o tráfego aéreo na área vermelha da Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida), do solo até o nível 055, com exceção de aeronaves militares ou a serviço dos órgãos públicos envolvidos na Operação Yanomami, desde que previamente autorizadas.
Todas as aeronaves que descumprirem os requisitos e regras estabelecidas estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), que incluem destruição no solo, perseguição, disparo e pouso forçado.
A ZIDA foi dividida em três áreas: uma área reservada (Área Branca); uma área restrita (Área Amarela); e uma área proibida (Área Vermelha), esta última coincidente com a reserva Yanomami.