O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) quer a nomeação de um novo superintendente para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Roraima. O cargo está vago desde fevereiro deste ano, após a aposentadoria de Antônio Adessom Gomes dos Santos, que deixou o cargo após quase 40 anos de serviço público na autarquia e seis anos consecutivos no comando do Instituto. Após a aposentadoria de Gomes, responde interinamente pelo Incra em Roraima, o superintendente substituto, Humberto Beltrão Martins Júnior..
Além da definição de um novo superintendente em Roraima, o MST quer nomeações de superintendentes em outros estados que estão sem comando: Rondônia, Alagoas, Tocantins, Amazonas e Amapá e Minas Gerais, além de outras demandas, além de recursos para a reforma agrária. Representantes do movimento também pedem uma reestruturação no órgão para acelerar a reforma agrária.
Integrantes do movimento calculam ser necessário pelo menos R$ 1 bilhão para aquisição de terras e o mesmo valor também para crédito e assistência às famílias assentadas. Hoje, estão previstos no orçamento R$ 2,4 milhões para aquisição de terras e R$ 48 milhões para crédito e assistência.
O movimento também reivindicou medidas para as famílias que ocupam áreas em Pernambuco e no Espírito Santo, como vistorias em Petrolina e uma mesa de negociação MST, Suzano, governo federal e governo estadual no Espírito Santo. A expectativa é de que se o governo anunciar essas medidas, o MST desocupe essas áreas.Na Conab a pauta foi a garantia de orçamento e estruturação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Já na Anater, foi pedido uma proposta de Assistência Técnica e Extensão Rural que atenda às necessidades, especificidades e diversidades regionais e de públicos. No Ministério da Cultura, a construção de centros culturais nos assentamentos.
Fontes do MST informaram ainda à CNN que nesses encontros as lideranças reafirmaram o apoio ao presidente Lula e ao governo federal.