Cotidiano

PF deflagra operação por irregularidades em certidões de exercício rural

Foram 13 mandados de Busca e Apreensão, 11 mandados de Condução Coercitiva e nove mandados de Afastamento do Cargo Público de servidores públicos federais em Boa Vista

Na manhã de hoje, 09, a Polícia Federal em Roraima (PF/RR) em parceria com o Ministério da Previdência Social (MPS) deflagrou a Operação ‘Falsitas’ em razão de irregularidades em certidões de exercício rural.

Detalhes da operação foram repassadas à imprensa durante uma coletiva realizada na manhã de hoje, na sede da PF, com a presença do coordenador da Operação, delegado Bernardo Adame, o representante do MPS, Marcelo Ávila e o delegado da PF em Roraima, Alan Robinson.

Conforme o delegado Bernardo Adame da PF, o inquérito foi instalado há um ano com o objetivo de investigar as irregularidades nas certidões emitidas por servidores da Fundação Nacional do Índio em Roraima (Funai), onde foi descoberto que servidores participavam de um esquema de benefícios.

Segundo a PF, alguns documentos foram emitidos tendo como referência a data de nascimento do segurado, ou seja, atestando que desde que nasceu o segurado exercia atividade rural.

“A emissão de atividade rural não condiz com a realidade, são certidões faltas e por conta disso todos foram conduzidos coercivamente e afastados do cargo”, disse Bernardo. Segundo ele, com a condução, houve interrogatório dos envolvidos e indiciamento pelo crime de estelionato, previdenciário, formação de quadrilha e falsidade ideológica.

Foram 13 mandados de Busca e Apreensão, 11 mandados de Condução Coercitiva e nove mandados de Afastamento do Cargo Público de servidores públicos federais em Boa Vista.

De acordo com o representante do MPS, Marcelo Ávila, a ação rendeu um prejuízo em torno de R$ 360 mil reais, mas com o início da investigação, uma quantia alta em dinheiro foi poupada.

“Ao longo das investigações, com o trabalho da PF em parceria com Assessoria de Pesquisa Estratégica do MPS nós conseguimos evitar junto ao INSS a concessão de alguns benefícios, então, uma economia da ordem de R$ 346 mil reais”, comentou Ávila.

Os próximos procedimentos são analisar o material apreendido, elaborar um relatório e encaminhar um inquérito para o Ministério Público realizar a denúncia do caso.

OPERAÇÃO FALSITAS

Conforme a PF, o nome da operação remete a etimologia grega da palavra falsidade. Qualquer pessoa pode denunciar práticas criminosas através do telefone da Polícia Federal em Roraima – 95-3621-1500 ou para a Previdência Social, pelo telefone 135.