Um empresário acionou a Justiça de Roraima para pedir a reintegração de posse de um terreno de 750 metros quadrados, localizado no bairro Pricumã, na zona Oeste. Há três meses, o imóvel situado em frente ao Abrigo Pricumã, da Operação Acolhida, foi invadido por migrantes venezuelanos. O processo é conduzido pelo juiz Rodrigo Bezerra Delgado, da 3ª Vara Cível de Boa Vista.
O advogado Cleones Silva, que representa o dono do local avaliado em R$ 1 milhão, relata na petição que homens e mulheres venezuelanos quebraram parte do muro do terreno e derrubaram o portão para entrar e ocupar o lote de forma ilegal o lote. No local, o proprietário pretende construir um hotel.
A defesa do proprietário pede que os invasores sejam condenados ao pagamento das perdas e danos causados e que as construções feitas durante a ocupação irregular sejam demolidas.
A petição também relata que a Polícia Militar fez ronda na região e identificou consumo de entorpecentes pelos invasores e a existência de suspeitos de alta periculosidade. “Além do mais, saem para cometer delitos na redondeza e retornam para o terreno para se abrigarem/esconderem”, diz.
“Quanto mais dia passa, aumenta a quantidade de estrangeiros na área construída do imóvel, bem como em sua totalidade, portanto, por ser uma propriedade privada, o prejuízo torna-se incalculável, tanto pela depredação do prédio, quanto pela impossibilidade de construção de uma obra, ao qual já era para ter iniciado”, afirma.
O processo está na fase de conclusão para a decisão do juiz. Nessa quarta-feira (3), haveria uma audiência de conciliação entre o proprietário e os invasores, mas a reunião foi adiada porque o oficial de Justiça não conseguiu intimá-los para o encontro. Com isso, o magistrado do caso determinou uma nova intimação.