Polícia

Vigia é preso por furtar escola no bairro Mecejana

A delegada titular da Drcap, Magnólia Soares, disse que o acusado trabalha numa empresa terceirizada que presta serviço de vigilância às escolas do governo

Agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Drcap) prenderam em flagrante, ontem pela manhã, o vigilante Nildo Pereira, de 35 anos, acusado de furtar mercadorias da Escola Estadual Ana Libória, no bairro Mecejana, zona Oeste.

A delegada titular da Drcap, Magnólia Soares, disse que o acusado trabalha numa empresa terceirizada que presta serviço de vigilância às escolas do governo. “A diretora da escola estava registrando o décimo Boletim de Ocorrência de furtos que tinham sido feito no colégio pelo vigilante”, disse.

Eletrodomésticos, micro-ondas, liquidificador, duas caixas de som, quatro data shows e também o celular da diretora foram furtados. “Cada dia ia sumindo as coisas, e ela começou a ficar preocupada quando houve o último furto, que foi o mais relevante para a diretora, porque foi levada uma grande quantidade de gêneros alimentícios, entre eles 20 frangos, 20 latas de óleo, um fardo de feijão com 30kg, seis fardos de leite, cada um com 50 pacotes, e vários pacotes de arroz, que serviriam para fazer a merenda escolar dos alunos”, afirmou a delegada.

Magnólia ressaltou que os furtos foram praticados num período de 45 dias, e que não havia sinais de arrombamentos nas dependências do prédio escolar. “A escola é assistida por três vigias em turnos alternados, aí nós começamos o monitoramento dentro do colégio e conseguimos ver como os infratores agiam. Não foi muita surpresa, mais era um dos vigias com auxílio de mais dois comparsas que praticavam os delitos”, afirmou.

“Então resolvemos aguardar o dia do plantão do vigia e ontem nós montamos campana do lado de fora da escola e flagramos Nildo, já com as coisas reservadas, saindo do colégio com mais dois elementos. A equipe tentou pegar os comparsas, mas eles estavam de bicicleta e conseguiram fugir. Perdemos os dois elementos, mas demos voz de prisão para o acusado. Até então, nós já tínhamos a imagem dele é já sabíamos quem era ele, que confessou a prática delituosa”, frisou Magnólia.

O vigilante passava os produtos furtados para os dois comparsas, que vendiam as mercadorias e passavam a parte dele em dinheiro. O acusado só confessou que furtou os gêneros alimentícios. Nildo foi autuado em flagrante pelo crime de peculato furto, uma vez que ele é terceirizado, mas presta um serviço típico da administração pública.

“Então, ele responde como se funcionário público fosse. A pena é de reclusão de dois a doze anos. Os outros dois comparsas também responderam pelo mesmo crime”, adiantou a delegada. (AJ)