Moradores de Amajari, denunciaram que as aulas da Escola Estadual Indígena Professora Maria Luiza da Silva, localizada na Comunidade Indigena Leão de Ouro, estão paradas desde o início deste ano.
Sendo muitos pais agricultores ou analfabetos, eles relataram uma grande dificuldade em ter que ensinar os filhos dentro de casa. Eles pedem uma solução para que as crianças que apresentam dificuldade na leitura e na escrita não sofram mais ainda com o atraso.
“As aulas não começaram esse ano, as férias foram emendadas até hoje. Nada está funcionando por lá”, relatou o responsável de duas alunas da Escola.
Outro responsável contou que é revoltante não ter um ensino para os filhos, e que além da falta de qualificação profissional, muitos são pais ou mães solteiros que precisam trabalhar fora e não tem tempo para ensiná-los. Veja o vídeo feito no local:
“Os pais não tem uma qualificação que tem um professor, e com o serviço da roça fica muito mais difícil. Além disso, as crianças não vão ter um Histórico Escolar e outras documentações necessárias. Eles precisam estar numa escola”, declarou um responsável.
A reportagem entrou em contato com a Secretária de Estado de Educação e Desporto (Seed) para saber qual a previsão para o retorno das aulas e quais medidas estão sendo tomadas.
A Secretaria de Educação e Desporto informou que ainda há necessidade de professores indígenas em algumas escolas para o atendimento integral da educação escolar indígena, mesmo com a realização do concurso específico para contratação de professores indígenas.
Informou ainda que, até o momento, dos 1.000 convocados, já foram empossados 659 professores aprovados no concurso público para professores indígenas e a convocação de mais 117 professores está em processo na Secretaria de Administração.
Além disso, a Seed contou em nota que está finalizando o processo seletivo para convocação de professores indígenas a fim de atender demandas que não são supridas com o concurso público. O edital do seletivo deve ser lançado em breve.