Política

Ativista chama operação de ‘desastrosa’ e pede providências após 14 mortes

Jailson Mesquita pediu um posicionamento claro da classe política roraimense em geral e afirmou que o Movimento Garimpo É Legal defende a categoria sem apoio algum

O coordenador de articulação política do Movimento Garimpo É Legal (MGL), Jailson Mesquita, afirmou neste domingo (7), durante o programa Agenda da Semana, da Folha FM, que as 14 mortes de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami na última semana mostram que a Operação Libertação, que trabalha na retirada dos invasores do território, é “desastrosa” (assista ao programa completo ao final da reportagem).

Ele pediu um posicionamento claro da classe política roraimense em geral e afirmou que o MGL defende a categoria sem apoio algum. “É uma operação desastrosa, estamos vendo essa operação tomar um rumo perigoso e receber licença de matar”, afirmou.

Para Mesquita, as autoridades policiais criaram uma narrativa de que os garimpeiros que ainda estão na Terra Yanomami tem ligação com facção criminosa, com exceção de um dos 14 mortos.

Na avaliação do ativista, o governo federal acertou na operação para a saída voluntária dos garimpeiros. “Mas só saiu quem tinha dinheiro”, lamentou. “Ficou justamente quem não tem dinheiro e os mais pobres acabam sendo penalizados e saem de lá presos”.

Jailson Mesquita pede apuração rigorosa das mortes de garimpeiros e avalia que, no exemplo da última vítima encontrada morta, uma venezuelana cujo corpo tinha sinais de violência sexual, acredita que, pelas características, não tenha sido um crime cometido por indígenas.

O ativista também cobra investigação sobre indígenas possuírem armas e prometeu protocolar oficialmente uma denúncia sobre o caso.

Assista ao Agenda da Semana – 07/05/2023