Um dos advogados que protocolou pedido de impugnação da candidatura de Simone Denarium ao cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RR), Manoel Leocádio de Menezes afirmou que a primeira-dama usou de má-fé ao apresentar a candidatura sem cumprir todos os requisitos legais para ocupar o cargo.
Publicamente, Simone tem silenciado sobre os pedidos de impugnação. Desde as primeiras denúncias, a Folha procura a assessoria dela sobre as solicitações, mas não foi respondida em nenhuma oportunidade. Além disso, a Folha FM, que pretendia entrevistar os candidatos ao cargo, não recebeu retorno do convite feito a ela, para que falasse sobre a disputa. O espaço está aberto.
Em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Folha FM, nesse domingo (7), Menezes reiterou o que diz o seu pedido: de que a primeira-dama acumulou cargos públicos e não devolveu o dinheiro, o que fere o princípio da idoneidade moral (assista ao programa completo ao final da reportagem).
Ele ainda citou os documentos oficiais protocolados pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) na comissão especial que mostram que Simone Denarium é sócia de duas empresas de seu marido. “Ao receber o documento e usar os documentos, ela inseriu informações falsas […]. Quando ela recebeu, leu a documentação de que é sócia, usou de má-fé”, diz.
Manoel Leocádio reiterou que a primeira-dama não se encaixa no requisito de possuir notórios conhecimentos, porque o registro dela no Conselho Regional de Contabilidade de Roraima está baixado desde 2016.
Disse, também, que os conhecimentos da primeira-dama estão obsoletos, o que fere o requisito de notórios conhecimentos exigidos para a função, já que o último curso relacionado à área em seu currículo data de 2011. “Como você vai ter notório conhecimento de uma área da qual você não atua há mais de 12 anos?”, diz.
Assista ao Agenda da Semana – 07/05/2023