Saúde e Bem-estar

Pais de autistas manifestam após suspensão de atendimentos pela Unimed

Famílias protestam em frente a sede administrativa da Unimed, no bairro São Francisco, em Boa Vista

Mais uma vez, pais de crianças autistas recorrem a protestos contra a Unimed em Boa Vista. A reclamação é de que os atendimentos às crianças estão suspensos a partir desta segunda-feira (8), devido a falta de pagamento da Unimed às clínicas conveniadas

No ano passado, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) chegou a ser firmado entre a empresa e o Ministério Público de Roraima e Secretaria Executiva de Defesa do Consumidor do Município de Boa Vista para garantir os pagamentos e manter os pagamentos, mas, de acordo com os pais, os pagamentos não são realizados desde março deste ano.

Os pais tentaram se reunir com a direção da Unimed em Boa Vista, juntamente com o deputado estadual Marcinho Belota (PRTB) e um advogado para tentar um acordo, mas não foram recebidos por representantes. O grupo estuda a possibilidade de entrar na Justiça Estadual para reclamar contra o descumprimento do TAC.

A falta de acompanhamento de profissionais prejudica as crianças com Autismo, Síndrome de Down e entre outros transtornos e deficiências. 

O supervisor farmacêutico Renan de Souza Costa, é pai de Ian Costa, uma das crianças que estão sem atendimento. Presente na mobilização, ele afirma que não há respostas da Unimed diante da situação. “A gente está até agora esperando, aguardando, mas não teve nenhum tipo de posicionamento e isso nos deixa mais aflitos, né? As consultas já estão suspensas desde a semana passada, e hoje estão suspensas as vagas que as crianças têm com os profissionais. Nenhum tipo de posicionamento é dado e a gente está aqui nessa aflição”, afirmou


Renan Souza estava na manifestação e conversou com a reportagem – Foto: Wenderson Cabral 

Renan também falou sobre medidas tomadas caso a mobilização não resulte em alguma mudança por parte da instituição. “Viemos fazer essa manifestação pra ver se tem algum posicionamento, não tendo a gente vai tentar procurar um PROCON porque nossos direitos tem que ser respeitado como consumidor. Os planos são pagos em dia, não pode atrasar, quando atrasa tem juros. E a gente tenta manter em dia pra poder ter esse direito respeitado que não está acontecendo”, ressaltou.