O Hospital de Campanha de ajuda ao Povo Yanomami em Boa Vista teve as atividades encerradas depois de ultrapassar dois mil atendimentos aos indígenas afetados pela crise humanitária. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (11) entre os resultados da Operação Yanomami, realizada pelas Forças Armadas, que completará 100 dias de ação no próximo dia 14.
Depois de três meses em operação na Terra indígena e à medida que as principais questões emergenciais foram solucionadas, o apoio das Forças Armadas poderiam ser desmobilizados. Com isso, em 21 de abril, o Hospital de Campanha, montado na Casai Yanomami, foi desativado e retirado.
“Os apoios temporários prestados pelas Forças Armadas podem ser desmobilizados. Exemplo disso foi o Hospital de Campanha […] que encerrou suas atividades após ultrapassar 2 mil atendimentos e colaborar para equilibrar o sistema de saúde local”, informou a divulgação da Força Aérea Brasileira (FAB).
Conforme as Forças, além dos atendimentos médicos, que resultaram nessa estabilidade, mais de 160 evacuações aeromédicas foram realizadas e 95 indígenas regressaram às suas aldeias após alta médica. Houve o deslocamento de mais de 450 mil quilos de insumos para a TI Yanomami, entre medicamentos, materiais para atendimento aos indígenas e mantimentos, bem como 20 mil cestas básicas já foram entregues à região.
“A Operação Yanomami, em termos de logística, já é a maior ação desempenhada após a Operação Covid-19 envolvendo as Forças Armadas e outros órgãos do Governo Federal, não apenas pelo esforço aéreo empregado, mas também pelas dimensões da Terra Indígena Yanomami. […] A Operação já ultrapassou as 4.000 horas de voo e mais de 1 milhão e 100 mil quilômetros percorridos, com a realização de viagens de Boa Vista a Surucucu (328 quilômetros), e de Boa Vista a Auaris (445 quilômetros). Em 90 dias de operação, a distância percorrida seria suficiente para dar mais de 29 voltas completas ao redor do mundo”, destacaram.
As Forças Armadas também têm dado apoio de transporte aos agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Força Nacional, dentre outros suportes interagências. Em combate ao garimpo ilegal, o Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz) tem contribuído por meio de ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) para que a PF, PRF, Ibama e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e FN desativem os principais garimpos, apreendam aeronaves irregulares, geradores de energia, motores hidráulicos, serras elétricas, antenas de comunicação via satélite, dentre outros.