Cotidiano

Mãe diz que filha foi agredida em escola e registra B.O: ‘muito descaso’

Criança é aluna da Escola Municipal Arco Iris, no bairro Paraviana. Mãe registrou três boletins de ocorrência na Polícia Civil.

Uma criança de 5 anos, aluna da Escola Municipal Arco Iris, no bairro Paraviana, está sem frequentar a unidade após ser agredida em três momentos diferentes, relata a mãe da menina, que preferiu não se identificar. Três boletins de ocorrências foram registrados na Polícia Civil.

Conforme a mãe, as agressões foram praticadas por um colega de sala, que precisa ser acompanhado por um cuidador, além de duas professoras. As agressões ocorreram entre 21 de março e essa segunda-feira (22).

A Secretaria Municipal de Educação (Smec), foi procurada por meio da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Boa Vista, mas até a última atualização da matéria, não enviou resposta sobre os questionamentos da FolhaBV.

Já no dia 28 de março, a mãe conta que foi chamada na escola, mas porque uma professora segurou a menina de “mal jeito”, teria dito a gestão escolar. “Quando cheguei em casa, que fui banhar a minha filha, ela estava com quatro unhas cravejadas no ombro dela. Aí foi quando eu fui e fiz o primeiro B.O”, complementou.

Em 12 de abril, a mãe relata uma nova agressão, mas praticada pelo colega de sala da filha, que provocou a formação de um queloide próximo da boca por conta dos arranhões que a menina recebeu no rosto. Novamente a mãe fez um boletim de ocorrência, procurou o Conselho Tutelar e a Smec para trocar a menina de escola ou sala, mas não conseguiu.

Nessa segunda-feira, uma nova agressão ocorreu e teria sido praticada por uma professora de educação física. As fotos no início desta reportagem mostram os machucados mais recentes na criança. A mãe registrou o terceiro boletim de ocorrência no mesmo dia e reclama do descaso com a situação.

“Se acontece com a minha filha, certamente pode acontecer com outra criança. Isso tem que ser levado a público para que tomem as devidas precauções, para que os pais saibam, para que a população saiba o que está acontecendo ali naquela escola. […] Ficaram de trocar a minha filha de escola, porque eu disse que ela não voltaria mais para aquela escola. No entanto, até o momento, não recebi nenhum telefonema confirmando. Ou seja, a criança também está sem escola até o momento. As professoras não foram afastadas, continuam trabalhando normal. É muito descaso”.

A mãe reclamou ainda que, apesar da primeira agressão ter ocorrido em março, ainda não foi chamada pela Polícia Civil para prestar qualquer esclarecimento. A reportagem procurou a corporação e aguarda retorno.