Muito se fala sobre a castração dos bichinhos de estimação, se é algo bom ou ruim para o pet, mas segundo profissionais da área a técnica previne doenças a longo prazo, principalmente as ISTs e DSTs.
O número de animais abandonados nas ruas é cada vez maior. Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil trata-se de mais de 30 milhões, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cachorros.
Através da quantidade massiva de abandonos, as doenças e acidentes de trânsito, por exemplo, acontecem cada vez mais, e a castração por sua vez, soma para uma melhor qualidade de vida para os animais e pessoas.
O veterinário Ricardo Sales, conta que dentre as doenças estão as IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), que findam nas DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), e podem gerar viroses, transmissão de vírus e tumores, muitas vezes malignos.
Tosse em crianças: Como evitar crises e cuidar da saúde dos pequenos
Vacinas como a da gripe e a pneumocócica ajudam a prevenir infecções respiratórias graves
Triagem neonatal terá novo fluxo a partir do dia 1º de dezembro na Maternidade
Segundo a direção do Hospital Materno Infantil Nossa Sra. de Nazareth, a mudança busca melhorar e organizar os serviços de saúde neonatal em Roraima
SINTOMAS
Os sintomas variam entre infecções vaginais com secreção e no caso do tumor o mais comum de entre as DSTs, lesões visíveis.
“Há sangramento, gotejamento e tumores visíveis na parte genital, ou até mesmo nas mucosas como olhos, focinho, boca e ouvidos, e geralmente tem uma textura esponjosa”, afirma ele.
SOLUÇÃO
A castração reduz a reprodução em massa, previne doenças, brigas de rua e acidentes. Nas fêmeas ocorre a retirada de útero e ovários, que previne a gestação indesejada e futuras doenças. Já nos machos, há a retirada de testículos, diminuindo a agressividade, demarcação de território e enfermidades.
“É um ato de carinho, você vai aumentar o tempo de vida do seu animal, evitar brigas e até fugas. Se não há intenção de cruza, é uma opção a se pensar com carinho pelo bem do seu bichinho” contou o veterinário.
QUAL A IDADE CORRETA?
Muito se discute sobre a questão da idade e em consenso entre os profissionais, é mais recomendado que seja a partir do primeiro cio, e nos machos entre 7 meses e 1 ano, para que o animal já esteja com a estrutura óssea formada. Caso haja a castração precoce, o pet pode sofrer duras consequências.
“O ato envolve muitos problemas e o principal é ortopédico e até no trato urinário. E isso está muito ligado com o futuro do animal, podendo gerar problemas na velhice devido a castração precoce” ressalta Ricardo sobre a castração em filhotes entre 3 e 4 meses, por exemplo.
Ele também ressalva que a partir dos 6 ou 7 anos, a gestação da cadela é considerada de risco, sendo recomendado que procure um profissional para realizar o procedimento.
