Política

Ministro volta a defender compra de energia da Venezuela para abastecer RR

Alexandre Silveira falou em audiência pública à Comissão de Infraestrutura do Senado que 'não tem nenhum preconceito' em negociar a compra de energia da Venezuela, mas que tem expectativa para o início da obra do Linhão do Tucuruí ainda este ano

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender a ideia de que o Brasil compre energia da Venezuela pelo Linhão de Guri para abastecer Roraima. A declaração foi dada nessa quarta-feira (24) durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal.

“Vamos negociar independente da cor partidária, e se tivermos um outro momento de oferta de energia [da Venezuela], não tenho nenhum preconceito”, afirmou Silveira. 

Silveira argumentou que a medida ajudaria a reduzir o custo das termelétricas, responsáveis por abastecer Roraima após a Venezuela deixar de fornecer energia ao estado em uma série de apagões, em março de 2019.

O custo do subsídio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para financiar as termelétricas no estado é de R$ 1,2 bilhão, que são divididos na conta de todos os brasileiros. Roraima é o único estado que não faz parte ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Apesar de não descartar a importação de energia pelo Linhão de Guri, o ministro afirmou ainda que a solução ideal para resolver o problema energético em Roraima é a construção do Linhão de Tucuruí, que liga Manaus a Boa Vista. A obra que se arrasta há 12 anos e que ainda não teve início.

“Entendo que nós temos que dialogar com o mundo de forma pragmática, independente das diferenças. Mas quando penso em Guri eu penso em Roraima já interligada ao sistema nacional. Espero que a gente inicie a obra ainda esse ano”, estimou o ministro.