O fotojornalista Álvaro Botelho celebrou a participação no 21º Salão Internacional de Artes, realizado na Galeria Galleryspt, em Madri, capital da Espanha. No evento, ele emplacou uma fotografia do líder indígena Juvêncio Gomez, perseguido pela ditadura de Nicolás Maduro. A obra foi premiada como a melhor do evento.
“Foi muito bom, as pessoas ficaram interessadas pela história do personagem e segundo a curadoria de Arte e Cultura do SAC o nível de obras foi o melhor esse ano deixando o evento com uma programação incrível”, declarou.
Em 2021, o profissional foi premiado com a melhor fotografia amadora no concurso cultural do aniversário de 30 anos da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). A obra mostrava a participação da indígena Telma Taurepang durante audiência pública sobre políticas indigenistas na Casa.
A participação no concurso o incentivou a participar, em parceria com outros profissionais, da produção do documentário “Um passo que não se pode dar”, inspirado na história do indígena venezuelano que protagoniza sua fotografia premiada na Europa.
Ele e sua equipe ouviram a história de vida de Juvêncio Gomez e sua fuga da Venezuela para o Brasil, quando havia um mandado de prisão contra ele sob a acusação de terrorismo e traição à pátria. O governo de Nicolás Maduro o acusa de ser um dos mentores de um assalto ao forte do exército venezuelano na localidade de Luepa, onde houve o roubo de armamento e o sequestro de dois oficiais.
“A história de Juvêncio nos inspirou a fazer o documentário. Eu, Álvaro Botelho, como fotojornalista, e Manoel Fernando Soares Estrella, como jornalista, embarcamos nessa jornada. A narrativa foi construída em Pacaraima, na comunidade de Tarau Paru, onde Juvêncio e sua família estão abrigados. Gostaria de expressar meu reconhecimento e gratidão à vereadora Dila [Santos] de Pacaraima, que patrocinou minha inscrição nesta exposição. Sou grato a todos que apoiaram esse projeto”, declarou.
*Por Lucas Luckezie