Citando uma notícia publicada esta semana em uma revista de circulação nacional, o promotor de justiça de Defesa do Consumidor e da Cidadania, Ademir Teles, criticou a situação energética de Roraima. “A situação é preocupante. A única solução que temos é o Linhão de Tucuruí, porque Roraima precisa ser interligado ao Sistema Nacional Interligado”, disse ontem pela manhã, ao lado do deputado federal Carlos Andrade (PHS).
A nota da revista afirma que, por causa de uma dívida de R$ 4 bilhões, a BR Distribuidora decidiu só vender à vista combustível às estatais do setor elétrico, dentre elas as três subsidiárias da Eletrobras (Eletroacre, Boa Vista Energia e Amazonas Energia). Estas teriam entrado na Justiça pedindo para que a dívida fosse paga a prazo. Assim, a Petrobras não venderia mais combustível para o funcionamento das termelétricas que operam em Roraima.
“Volto a dizer que nossa situação é preocupante. Se a Venezuela cortar o fornecimento de energia por Guri, não teremos combustível para movimentar as usinas termelétricas, justamente para suprir essa deficiência”, afirmou Teles, explicando que o óleo diesel só está sendo fornecido por conta de uma liminar que garante o abastecimento. “Mas isso pode ser cassado a qualquer momento. E aí não teremos mais combustível para ligar as termelétricas”, disse.
ELETROBRAS – A Folha entrou em contato com a Eletrobras Roraima para que comentasse as afirmações do promotor Ademir Telles, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria, às 19h30. (V.V)