Cotidiano

Partido questiona proibição de atividades religiosas na Terra Yanomami

Para o Podemos, portaria conjunta da Funai e da Sesai violam liberdade religiosa. Ação, com pedido liminar, foi distribuída ao ministro Dias Toffoli.

O Podemos entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para a suspensão de norma que impede o acesso de religiosos à Terra Indígena Yanomami. A determinação partiu de portaria conjunta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), editada em fevereiro.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7392, impetrada pelo partido e com pedido de liminar, foi distribuída ao ministro Dias Toffoli.

Ao estabelecer procedimentos de acesso à Terra Indígena Yanomami, a norma proibiu, entre outros pontos, o proselitismo religioso (tentativa de conquistar fiéis), impedindo o exercício de atividades religiosas junto aos povos indígenas e o uso de roupas com imagens ou expressões religiosas. Para o partido, a portaria desrespeita direitos constitucionais relacionados às liberdades religiosa e de manifestação, além de ferir a laicidade estatal.

O Podemos cita entendimento já confirmado pelo STF na ADI 2566, que trata de rádios comunitárias, sobre a liberdade de expressão religiosa e o direito de tentar convencer pessoas, por meio do ensinamento, a mudar de religião, ou seja, o proselitismo religioso.