Em Roraima, é comum que, de janeiro até o início de abril, os campos e matas peguem fogo, seja de forma natural ou incentivada pelo ser humano. Não, aqui na matéria não iremos acusar os pássaros. São os meses mais secos do ano, e, apesar deste verão, segundo o INMET, com o Prognóstico Climático para o Período Janeiro, Fevereiro e Março/2025, indicar condições favoráveis para chuvas próximas ou acima da média nos estados do Acre, Roraima, Amapá, Pará, Amazonas e sul de Rondônia, isso não significa que devemos relaxar. Pelo contrário, isso deve redobrar nossa atenção.
Como todos sabemos, o fogo é prejudicial ao solo, e o agricultor protege a biota do solo com a finalidade de extrair o máximo dele em suas culturas ali plantadas. O alerta pode ser acionado por causa do aumento das chuvas previstas para o período, uma vez que estamos sob o efeito de La Niña, o que cria condições para que a vegetação cresça mais, aumentando o material combustível das queimadas, que são as massas vegetais.
Essa informação é essencial, pois, durante este período de fortes ventos, a vegetação perde a umidade rapidamente, criando em poucas horas ou dias condições favoráveis para que o material pegue fogo mais facilmente. Com o aumento do volume de vegetação, podem ocorrer grandes incêndios, que fogem do controle.
Com essas informações, alertamos os agropecuaristas para que não economizem nos aceiros e cuidados, a fim de evitar que o fogo se torne uma surpresa desagradável neste verão chuvoso tão aguardado por todos.
Os aceiros são faixas de terreno sem vegetação, funcionando como barreiras contra a propagação do fogo. São áreas estrategicamente planejadas e mantidas livres de vegetação combustível, como arbustos e árvores, e desempenham um papel fundamental na prevenção de incêndios florestais. São como estradas que separam áreas para barrar possíveis focos de incêndio.
Portanto, em tempos de La Niña e previsões climáticas que podem resultar em maior vegetação e consequente aumento do risco de incêndios, a vigilância é mais necessária do que nunca. Embora as chuvas tragam alívio para a seca, elas também favorecem o crescimento da vegetação, o que pode transformar uma paisagem aparentemente segura em um campo de risco. A prudência no manejo do fogo e a manutenção dos aceiros devem ser priorizadas para garantir a segurança das propriedades rurais e a preservação do meio ambiente. Com a combinação de conhecimento e ação, é possível atravessar esta temporada de verão com menos prejuízos e mais responsabilidade ambiental.
