Seis equipes estão há mais de 30h no Hackathon Agrotech, uma maratona de solução tecnológica para empresas do agronegócio, durante a 43ª Exposição-Feira Agropecuária de Roraima (Expoferr). Os participantes iniciaram a maratona às 17h de ontem (5) e seguem até às 23h desta quarta-feira (6).
O evento, promovido pela Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi), reúne equipes de diversos perfis, incluindo participantes do agronegócio, acadêmicos e profissionais da área de tecnologia. Virgílio Borges, um dos executores do projeto, destacou a importância da diversidade entre as equipes. “Quanto maior a diversidade da equipe, mais pontos ela pode acumular. O evento é um reflexo da importância da integração de diferentes disciplinas e conhecimentos para resolver os problemas do estado”.
O desafio escolhido para o Hackathon foi um tema crucial para o estado de Roraima: o controle e monitoramento das pragas quarentenárias. A situação impacta diretamente a produção agrícola. Virgílio explicou que o tema foi selecionado após uma reunião entre diversas instituições, como Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), SEBRAE, FAER, e outras.
Em busca de soluções
O evento tem como objetivo não apenas encontrar soluções para o problema das pragas quarentenárias, mas também proporcionar uma experiência prática para os acadêmicos. Natália Almada, estudante de Ciências da Computação na Universidade Federal de Roraima (UFRR), compartilhou que “o evento é desafiador e experiência é única”.
Em busca de solução para o desafio, a equipe da acadêmica tenta auxiliar “a comunicação interna e externa entre órgãos públicos e os produtores, com o objetivo de melhorar o processo de identificação dessas pragas”. “A ideia é que a notificação seja mais rápida e eficaz”, completou Natália.
José Lucas, estudante de Agronomia na UFRR, também participou do Hackathon e compartilhou que, por entender do tema do desafio, há dificuldades que envolvem o monitoramento das pragas. “Quando se fala em controle e monitoramento de pragas quarentenárias, parece simples. Porém, existem pragas registradas e não registradas. Para confirmar a presença de uma praga nova, é preciso realizar um estudo rigoroso, coletar amostras e enviá-las para um laboratório. Não podemos apenas suspeitar de uma praga, é necessário ter uma confirmação”, explicou.
Conforme o futuro agrônomo, a partir disso, sua equipe buscou solução para não substituir o papel do poder público no processo e aumentar a participação popular no monitoramento. “A proposta é permitir que até um indivíduo com uma frutífera no quintal de casa possa identificar e alertar sobre uma praga. Muitas vezes, essas pequenas plantações podem ser focos de infestação. O nosso sistema tem objetivo de fazer a triagem dessas notificações, para que as informações cheguem ao poder público de forma eficiente”, concluiu José.
Premiação
A premiação acontece na terceira noite da Expoferr, nesta quinta-feira (7) e são mais de R$ 12 mil em prêmios. Além dos valores em dinheiro, parte do prêmio será concedida em criptomoeda.
O campeão colocado receberá R$ 5 mil em dinheiro, mais R$ 1 mil em criptomoeda da plataforma DMTR e um pacote completo de serviços da Amazon Venture Builder, que inclui desenvolvimento de site, consultoria jurídica e diagnóstico empresarial. O segundo e o terceiro colocados também serão recompensados com prêmios em dinheiro e tokens.