CRESCIMENTO

Manga e melão são destaques nas projeções das frutas para os próximos 10 anos

As projeções de produção até 2032/2033 ainda mostram que os maiores aumentos devem ocorrer também na produção de maçã e uva

Foto: Wenderson Cabral
Foto: Wenderson Cabral

As frutas produzidas no Brasil apresentaram um crescimento importante no mercado interno e exterior. Os dados são do estudo de Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/23 a 2032/33, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

De janeiro a junho de 2023, o valor das exportações foi de US$ 533,3 milhões, e a quantidade exportada foi de 483,3 mil toneladas, embarcadas para mais de 120 países. A União Europeia é o principal destino das exportações nacionais. 

As frutas que apresentaram os melhores resultados em valor nas exportações deste ano, entre janeiro e junho, são os limões e limas, com US$84,6 milhões, melões US$ 69 milhões e mangas US$ 68,4 milhões. As uvas, abacates e maçãs também tiveram desempenho favorável, com US$ 36,4 milhões, US$ 30,1 milhões e US$ 29,5 milhões em receitas, respectivamente.

As projeções de produção até 2032/2033 mostram que os maiores aumentos de produção devem ocorrer em melão (28,7%), manga (22,9%), maçã (21,3%) e uva (16,3%).

MELÃO 

Segundo os analistas do setor, se caso o Brasil abrir novos destinos de exportação é cabível haver o crescimento da produção e da área de melão. 

O mercado europeu está bem consolidado e o mercado chinês ainda está em negociação. A produção faz uso de tecnologia, sobretudo, no Rio Grande do Norte e no Ceará.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.

MANGA 

É possível crescer a produção devido à expansão recente de áreas, no entanto o esperado é a interrupção desta expansão. A respeito das exportações, se espera a continuidade do crescimento, mas em ritmo reduzido ao projetado no modelo.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.

UVA

Devido aos aumentos de área no Vale do São Francisco e a disponibilidade de variedades produtivas, é possível ampliar a produção nos próximos dez anos. Também ocorreram aumentos significativos em áreas nas regiões de uva de mesa no Sul e no Sudeste do país.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.

MAÇà

A estimativa é que haja estabilidade na área de plantio de maçã nos próximos dez anos, mas com ganhos de produtividade devido aos constantes investimentos tecnológicos do setor. Há interesse em novas variedades, mais adaptadas e que possam ser mais adensadas. 

A exportação de maçã depende muito da oferta nacional, dos concorrentes e da demanda dos principais destinos. A tendência é de que cresçam os embarques do produto.  

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.

LARANJA E SUCO DE LARANJA 

Em 2023, a previsão é de que a produção deva ultrapassar 16,9 milhões de toneladas e chegue a 17,7 milhões de toneladas em 2032/2033. O crescimento anual deve corresponder a 0,5% daqui há dez anos.

Estima-se que a área plantada sofrerá uma redução nos próximo anos, com recuo de 656 mil hectares, atualmente, para 572 mil hectares nos anos previstos. O estado de São Paulo, principal produtor do país, já vem reduzindo a área de colheita da laranja.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.

As exportações de suco de laranja devem ultrapassar 3 milhões de toneladas ao final do período das projeções. Atualmente, o valor corresponde a 2,5 milhões de toneladas em 2022/23.

Esse crescimento representa um aumento de 21,9% na quantidade exportada. O faturamento neste ano (janeiro a junho) foi de US$ 1 bilhão para uma quantidade de 1,3 milhão de toneladas exportadas, com 75,8% na participação mundial.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.

A participação brasileira no mercado mundial de suco de laranja foi de 49,5%, em 2022. As importações mundiais foram de US$ 3,99 bilhões e as exportações brasileiras foram de US$ 1,98 bilhão no mesmo período.