A agropecuária brasileira tem uma longa história, enfrentando diversas adversidades, desde deficiências tecnológicas até dificuldades na aquisição de insumos, falta de infraestrutura, escassez de programas governamentais e questões políticas. Algumas dessas dificuldades foram superadas ao longo do tempo, enquanto outras ainda persistem.
A deficiência tecnológica é uma realidade que ficou para trás. O setor privado brasileiro está na vanguarda tecnológica, o que é natural devido à rápida disseminação da informação tecnológica por meio da comunicação. Por outro lado, a questão dos insumos continua sendo “uma pedra na bota” dos produtores rurais. O termo “insumos” abrange uma ampla gama de elementos, desde maquinário e materiais químicos utilizados no solo e nas plantas, até mão de obra e fertilizantes biológicos. Os insumos são todos os fatores de produção utilizados com o objetivo de garantir a nutrição e a proteção das plantas e animais, visando alcançar alta produtividade e qualidade do produto final.
Apesar de ser o quarto maior consumidor de fertilizantes agrícolas no mundo, o Brasil é o maior importador desses produtos, sendo a Rússia o principal fornecedor com aproximadamente 23%, seguido de China 14% e Marrocos com 11%, de acordo com a COMEX STAT (sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro). O país possui capacidade para produção própria de fertilizantes, o que poderia impulsionar o mercado interno. No entanto, esbarramos em problemas políticos e ambientais que impedem o desenvolvimento dessa atividade, a qual poderia gerar enormes lucros internos, beneficiando ainda mais a agropecuária brasileira.
Entretanto, a agropecuária brasileira é uma força capaz de superar todas essas barreiras e crescer ano após ano. Em 2023, segundo dados da CONAB e IBGE, exportamos R$ 603,9 bilhões, o que significa aproximadamente 23% do PIB nacional. O Brasil é:
Fonte: USDA/2023 Elaboração: CNA
Enfrentamos inúmeras barreiras, e a política é uma delas, mas é o setor agropecuário que impulsiona o país, mantendo-o vivo e respeitado mundialmente. Viva o agro, respeite o agro, seja agro.
Gustavo Menezes Domingues.
