O setor pesqueiro de Roraima teve redução de quase 50%, de modo geral, na receita e produção da temporada de pesca de 2020 e 2021, período da pandemia de covid-19. A análise é baseada nos dados dos polos de Rorainópolis, São Luiz e Baixo Rio Branco, do Projeto Monitoramento e Gestão Participativa da Pesca Artesanal como Instrumento de Desenvolvimento Sustentável em Comunidades da Região Amazônica (Propesca), divulgado nesta semana pela Embrapa.
O levantamento ocorreu nas temporadas de 2019/2020 e 2020/2021, com pescadores do sul de Roraima. Conforme o estudo, as Comunidades do Baixo Rio Branco são o maior polo pesqueiro. Durante as duas temporadas, foram 535 pescarias com produção de quase 117 mil quilos de peixe e uma receita total de, aproximadamente, R$ 465 mil. No entanto, o reflexo da pandemia no local reduziu em 76% a receita média entre as temporadas.
- Temporada 2019/20 – R$ 6.182,33 por pescador/pescaria
- Temporada 2020/21 – R$ 1.544,24,00 por pescador/pescaria
Sobre a produção média de pescador para a quantidade pescada, que é a base para a definição da receita, o levantamento explica que “foi diferente entre os anos. Isto, provavelmente, foi devido às restrições sanitárias necessárias durante a pandemia da Covid-19“.
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Em um comparativo, a temporada 2019/20 contou com menos pescadores e mais de 100 quilos de peixes pescados. Já a temporada seguinte, houve mais de 50 pescadores para uma produção variada, mas abaixo de 60kg pescados.
As pescarias realizadas nas comunidades de Cachoeirinha, Caicubi, Canauini, Lago Grande, Sacaí, Santa Maria do Boiaçú e Terra Preta nas duas análise envolveram um total de 218 pescadores.
Polos Rorainópolis e São Luiz
A receita média dos polos de Rorainópolis e São Luiz também registraram queda. Segundo o Propesca, em Rorainópolis, a receita bruta média na temporada de pesca de 2019/20 foi de R$ 1.791,19 e em 2020/21, de R$ 1.067,90, o que representa redução de R$ 723,29 (40%). Em São Luiz, saiu de R$ 2.422,85 para R$ 1.540,64, uma queda de cerca de 36% (R$ 882,21).
Em ambos os casos, “a produtividade variou bastante ao longo da temporada, provavelmente por influência do nível dos rios”.
