Cotidiano

Classifolha se tornou a maior vitrine de negócios do Estado

São mais de dois mil anúncios e mais de 500 itens ofertados por edição

No ano de 1991 foi criado um caderno na Folha de Boa Vista destinado exclusivamente aos classificados. Com a finalidade de facilitar o comércio da compra e venda, o Classifolha se tornou o principal balcão de negócios de Roraima. Durante os 12 anos de circulação, são mais de dois mil anúncios, mais de 900 ligações atendidas e mais de 500 itens ofertados por edição.

O responsável pelo Classifolha há cerca de quatro anos e meio, Nardson Bríglia, explicou que os anúncios são gratuitos. “Cada pessoa tem direito a quantos anúncios quiser, desde que não seja destinado à área de imóveis”, disse. Ainda com os avanços da internet, o caderno de classificados tem sido a principal opção aos que desejam fazer negócio.

Este é o caso da comerciante Fátima Bezerra. A manauara veio para Boa Vista em 1998 com a intenção de garantir melhor qualidade de vida aos três filhos. Contudo, ao chegar à cidade, diversos objetos comprados para a mudança foram considerados inutilizáveis pela comerciante. “Fiquei com medo de perder ou quebrar algo durante a mudança, então, vários parentes e amigos compraram eletrodomésticos para evitar qualquer transtorno”, relatou.

Já na primeira semana após a mudança, Fátima disse que já havia conhecido a Folha por meio dos vizinhos, que recebiam o jornal todas as manhãs na porta de casa. Ao folhear um dos cadernos, ela percebeu que os Classificados poderiam ajudá-la a resolver a questão. O primeiro anúncio foi feito para vender uma geladeira seminova que ela havia acabado de ganhar.

Fátima lembrou que conseguiu vender a geladeira, um aparelho de som, uma TV e uma cômoda em um período de um mês. Ao término das vendas, ela decidiu que utilizaria a ferramenta sempre que fosse necessário. “E é assim até hoje. Sempre que preciso vender algo ou quando estou procurando alguma coisa, sempre olho nos Classificados”, explicou. Ela frisou que não considera a internet um local seguro para certos tipos de vendas.

Quem também é anunciante assíduo do Classifolha é o autônomo Anderson Souza. Para ele, a leitura do jornal só termina após olhar os Classificados. “É gente demais vendendo todo tipo de coisa”, ressaltou. O autônomo destacou que utiliza a vitrine de negócios desde 2009, quando anunciou a venda de um celular. O aparelho foi vendido em duas semanas.

A confiança de Souza para o caderno específico é a estrutura e o atendimento que recebe quando se dirige ao jornal ou até mesmo quando realiza o anúncio por telefone, segundo ele. “As propostas são diretas: preço, características e local. Quem enrola demais não deve ter muito sucesso. Foi por conta dos Classificados que me tornei leitor assíduo do jornal. Hoje ele é realmente necessário”, disse.

O estudante Ícaro Pereira foi uma das inúmeras pessoas que, na tarde de ontem, dirigiram-se ao balcão da Folha para criar um anúncio. Estudante de Música na Universidade Federal de Roraima (UFRR), ele disse que sempre que precisa vender qualquer objeto, procura os classificados. “Também uso a internet, mas muita gente lê jornal, então amplia a chance da venda e da procura”, frisou.

DIVISÃO – Assim como os cadernos A e B, o Classifolha é dividido por editorias. No total, oito divisões organizam as centenas de anúncios que são feitos diariamente, e gratuitamente, no balcão do jornal. São eles: imóveis, veículos, telefones, empregos, serviços, diversos, informática e som e imagem. Entre eles, a divisão de compra e venda de imóveis é a que mais recebe anúncio por dia, correspondendo a quase 70% do caderno.

De segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 8h às 12h, a equipe de classificados da Folha está pronta e disposta a atender ligações e servir no atendimento pessoal. Os 25 anos do Classifolha estimulam cada vez mais os negócios de Boa Vista. O aniversário é da Folha, mas os anunciantes, leitores, assinantes e colaboradores são a razão dos 33 anos de circulação ininterrupta do jornal.

MUDANÇAS – O Classifolha vai passar por um procedimento de modernização, com a finalidade de agregar mais informações, para possibilitar ao anunciante uma melhor apresentação dos produtos à venda. As mudanças estão previstas para o ano de 2017, quando o jornal completa 34 anos de circulação diária. (A.G.G)

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