Opinião

ARTIGOS 11092

DIREITO A SAÚDE

Dolane Patrícia*

Se você tem Diabetes, Hipertensão ou Asma, você pode receber gratuitamente seu medicamento no programa Aqui tem Farmácia Popular.

É necessário se dirigir as farmácias credenciadas no programa, como podemos citar o exemplo de toda rede de farmácias Pague Menos, além de outras que poderão ser verificadas no link a seguir descrito.

Quantas pessoas deixam de comprar remédios por falta de recursos financeiros? Ou até mesmo fraldas Geriátricas que também tem desconto de até 90% se o idoso, incapaz ou portador de deficiência possuir uma receita, nas farmácias credenciadas.

Nesse sentido, por meio da rede de farmácias credenciadas ao programa Farmácia Popular, as pessoas que sofrem com hipertensão, diabetes e asma, recebem remédio de graça para tratar as doenças.  

O Diabetes acomete cerca de 18 milhões de brasileiros, e em especial, 46% dos brasileiros entre 20 e 79 anos que possuem a doença, não sabem que têm diabetes. Por ser uma doença silenciosa, recomenda-se monitoramento constante do índice glicêmico, vez que apesar de o diabetes não ter cura, ele tem controle desde que receba um diagnóstico precoce.

No caso da hipertensão os dados assustam ainda mais: um em cada 4 brasileiros sofre de hipertensão que é o principal fator de risco de doenças cardiovasculares como infarto e AVC. Apenas em 2017, o Brasil computou 84 mortes por hora, 829 por dia e 302 mil durante o ano.

Já no caso da asma, a 4ª. maior causa de internação do Brasil, vale um alerta para o fato de que mais de 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos sofrem com a doença, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde.

Além de melhorar a qualidade de vida das pessoas, o programa resulta em economia de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que, desde seu lançamento, o número de internações por conta de diabetes e de hipertensão diminuiu. 

Nesse contexto é importante saber como proceder para ser beneficiado por este programa. Primeiro procure farmácias e drogarias privadas credenciadas ou a rede de Farmácia Popular e apresente o CPF próprio, receita médica válida e documento com foto.

A receita deverá ser prescrita por um médico, que pode ser particular ou do SUS. A validade das receitas varia da seguinte forma: anticoncepcionais valem 1 ano; demais medicamentos e fraldas geriátricas valem 120 dias.

No caso de menores de idade, o CPF dos pais é aceito, até que ele providencie um próprio. Há um limite de remédios por CPF.

A farmácia tira uma cópia da receita e a devolve ao paciente, emite duas vias para a pessoa assinar. Uma delas fica com o cliente e a outra permanece com a farmácia. Para os analfabetos, será aceita a digital.

As farmácias e drogarias que se negarem a entregar os remédios sofrerão as penalidades previstas na própria Portaria, podendo inclusive ser descredenciadas do programa. Basta denunciar no telefone da Ouvidoria: 136.

Saúde é prioridade, é como diz Arthur Schopenhauer:

“O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem.”

*Advogada, juíza Arbitral, escritora, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, pós graduada em Direito Processual Civil, Pós Graduada em Direito de Família, pós graduanda em Direito Empresarial, Neuromarketing e Branding. Personalidade Brasileira e Personalidade da Amazônia. Acesse dolanepatricia.com.br. Whats (95) 99111-3740. Baixe o aplicativo Dolane Patricia

O CIBERESPAÇO COMO TERRENO FÉRTIL PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES

Flavia Alves de Brito*

Há algum tempo as tecnologias digitais e redes sociais vêm sendo incorporadas como parte da rotina da população brasileira. Neste contexto, o surgimento de uma pandemia e, consequentemente, a necessidade de distanciamento social intensificaram e tornaram centrais o uso do ciberespaço – ou seja, os espaços que ocupamos virtualmente na internet – para estudo, trabalho e lazer. Nesse sentido, as redes sociais têm cumprido um papel importante para a construção de comunidades virtuais, especialmente se considerarmos o campo educacional.

Deste modo, embora o movimento de migração do mundo físico para o digital exija adaptação, aprendizagem e aplicação de novas práticas de ensino, uma breve análise dos conteúdos produzidos sobre literatura na internet indica o potencial do ciberespaço como um terreno bastante fértil para a formação de leitores – exemplos disso são os canais de Youtube “Vá Ler um Livro” e “Cabine Literária”, que atualmente contam com 183 e 167 mil inscritos, respectivamente. Considerando os números apresentados e o fato de que o Youtube possui 98 milhões de usuários somente no Brasil, podemos concluir que o campo da formação de leitores ainda tem muito espaço a ser conquistado na internet.

No entanto, levando em consideração que o método expositivo por si só não é suficiente para formar o gosto pela leitura e promover a formação do pensamento crítico, é crucial que o tratamento da literatura na internet evolua para além da explicação de enredos e da apresentação de resenhas. É, portanto, neste cenário que se torna evidente a importância da participação do professor como mediador e guia das leituras realizadas no ambiente do clube de leitura, buscando, através de uma atuação didática, a formação de leitores.

Assim, a alternativa ideal seria a construção de espaços de discussão em que os leitores possam trocar conhecimentos, influenciando e sendo influenciados por terceiros através de comunidades virtuais – um clube de leitura virtual, em essência, como alguns que já existem na rede. Ainda, sem esquecer a realidade do distanciamento social e visando a democratização do acesso ao conhecimento e às obras literárias, os acervos virtuais gratuitos como o domínio público, a biblioteca mundial digital, o projeto Gutemberg, entre outros, podem e devem fazer parte deste tipo de iniciativa.

Por fim, o professor-mediador atuaria tal como o personagem Crispiano do conto “Um General na Biblioteca”, de Ítalo Calvino: evitando expor diretamente uma interpretação acadêmica já aceita dos textos em discussão, instigando o público do clube de leitura a refletir sobre os livros e produzir suas próprias análises, indicando novos livros e discussões de acordo com os interesses individuais ou coletivos dos participantes, passo a passo ampliando o repertório cultural e promovendo a transformação de cada leitor através da literatura.

*Assistente de Operações Acadêmicas da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.

O MARASMO CULTURAL

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo.” (Miguel Couto)

É só o que falta para que sejamos o país mais desenvolvido do mundo. Está ficando cansativo esse blá-blá-blá político que não tem nada de política. Esse apagão no Amapá é um dos mais vergonhosos exemplos da nossa incompetência administrativa. Às vezes fico de queixo caído quando ouço a mídia falando sobre a evolução com o painel solar.

Eu e o Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira, meu filho, chegamos a Roraima em junho de 1981. Em dezembro de 1981, já em posse dos lotes de terras, entramos e nos instalamos na Confiança I. Em 1982, assistimos à copa do mundo, em nosso televisor, dentro do nosso tapiri, na hoje, Rodovia BR-432. Tínhamos energia elétrica de qualidade, lâmpadas florescentes, rádio e televisor, com um painel solar. Isso há trinta e oito anos.

À época, ali em frente ao Banco Itaú, havia uma loja que vendia painéis solares, onde obtive o me
u. Simples pra dedéu. A loja não existe mais, talvez porque ninguém se interessou pelos painéis. E por conta desse desconhecimento, a lorota, hoje, indica o nosso desinteresse pelo progresso. Meu painel solar não era maior do que este computador que estou usando neste momento.

Gente, vamos acordar. Não há como, dentro da racionalidade, Roraima estar dependendo de energia elétrica, de outro país. Não há como justificar racionalmente, apagão por conta de geradores queimados. Tudo indica que devemos acordar do nosso sono doentio e fazer com que nossa Administração Pública seja mais competente. Mas levemos em conta, primeiramente, que todo resultado que vem da nossa administração pública é responsabilidade nossa. De cada um de nós, como eleitor.

Ainda não aprendemos a ser cidadãos, para podermos merecer o tratamento digno de um cidadão. E nunca o seremos enquanto não nos educarmos.Enquanto não entendermos o valor da política. Porque enquanto não entendermos não seremos entendidos. E ninguém vai nos entender enquanto continuarmos esperneando e fazendo bagunça pelas ruas, alegando ser protestos. Porque na verdade, estamos protestando contra nós mesmos. Porque somos nós os responsáveis pela política que temos. Vamos nos educar respeitando os bons políticos que ainda temos. Mas eles não conseguirão trabalhar enquanto não forem igualados com as nossas escolhas e eleição. Vá refletindo sobre seu dever e poder, na escolha dos políticos que merecemos. Mas temos que mostrar merecimento. E cada um de nós pode fazer isso com dignidade e respeito. E nunca conseguiremos isso com briguinhas comadrescas. Os inteligentes não discutem. Pense nisso.

*Articulista

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