Opinião

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GOVERNO PRECISA SOCORRER OS INDEFESOS

Mecias de Jesus*

A pandemia do Coronavírus vem se somar a cinco graves pandemias que já assolaram o nosso planeta, causando medo e devastação. Cada uma delas mobilizou populações e esforços dos responsáveis pelas administrações públicas dos respectivos períodos, com a ruptura de atividades e imensurável desorganização social. Aqueles foram tempos de colossal aflição. Como o que ora atravessamos.

O mundo atual evoluiu sobremaneira em termos tecnológico. Ficou mais fácil e disponível a pesquisa laboratorial, na busca por saída que contemple a erradicação de males que venham a nos afligir. Mesmo assim, as necessidades primárias humanas são basicamente as mesmas. Precisamos de condições favoráveis à nossa sobrevivência,

Para estarmos inseridos no convívio social, atendendo a necessidades mínimas, necessitamos de recursos financeiros diários que contribuam para o nosso bem-estar. A pandemia causada pelo Covid-19 arruinou frágeis estruturas, atingindo, principalmente, categorias sociais normalmente excluídas de participação na atividade econômica.

Tal drama é sentido em toda a sua gravidade na Região Norte, especialmente no meu estado, Roraima, onde cerca de 50 mil famílias se encontram mergulhadas na miséria, passando fome, sem qualquer condição de transpor momento tormentoso como o que vivemos. Tenho insistido numa resolução inadiável junto ao governo federal.

Por isso, sou favorável à prorrogação do auxílio emergencial. O governo federal precisa estender esse auxílio aos brasileiros de baixa renda, bem como sugerimos ao governador do estado de Roraima que repasse o Programa Renda Cidadã para as famílias mais pobres de Roraima, transformando-o em permanente socorro aos que só dispõem desta saída para não sucumbirem no abandono em que atualmente subsistem.

O Brasil inteiro é testemunha das adversidades que têm sido enfrentadas por Roraima, mormente aquela motivada pelo colapso do regime bolivariano, que trouxe e ainda traz com frequência milhares de refugiados da Venezuela. Nossas ruas fervilham com esses expatriados que têm levado nossos serviços públicos a colapso geral.

A pandemia do Covid-19 sobrepesou cenário que se imaginava não conceder espaço possível, na perspectiva de agravamento. O presidente Bolsonaro conhece bem a nossa realidade. E por isso o apelo, à sua excelência, no sentido de prorrogar o auxílio emergencial, e ao governador de Roraima, a necessidade emergencial de abranger 50 mil famílias roraimenses no Programa Renda Cidadã.

É um rogo desesperado de milhares de desprotegidos, que quase sem esperança encontram-se entregues à própria sorte e destino.

*Senador da República pelo estado de Roraima

EDUCAR É UM ATO DE HUMANIZAR A SI MESMO E O OUTRO

Leonardo Taveira*

Podemos observar de maneira simples ou não, que todo ato de ensinar promove ao outro, a possibilidade de conhecer algo, de apropriar-se de um determinado conhecimento que antes lhe era inviável. Educar também é um ato de influenciar, de conduzir alguém num caminho que não seria possível se fosse sozinho. A educação é expandir fronteiras, é fazer caminhos e também possibilitar acessos. Além desses fatores, um dos mais importantes é o ato de educar como fator de promoção humana nas interações de igualdade.

Todos podem promover algum tipo de conhecimento com mais propriedade sobre o assunto ou não, uma evidência nítida são as Redes Sociais. Nelas, todos têm opiniões sobre diversos assuntos. No entanto, é interessante perceber que alguns falam com tanta convicção que nos fazem acreditar que realmente sabem o que falam. E a quantidade de pessoas que estão reproduzindo variados conteúdos que não conhecem a fundo realmente parece assustar. Ou seja, se está de acordo com aquilo que acredito (por mais que eu não saiba profundamente sobre esse assunto), então estarei pronto a repassar sem ao menos realizar uma pesquisa mais acurada. E é nesse cenário que observamos uma quantidade consideravelmente grande de atrocidades acontecendo pelo mundo. Então, educar não pode ser um ato isolado de promover conhecimento.

Como também, é fácil perceber que por causa da era digital muitas pessoas têm facilidade ao acesso dessas informações e com isso, usar esse conteúdo para influenciar com as intenções mais adversas. Podemos dizer que educar também não pode ser um ato isolado para influenciar ao próximo (que por vezes nem é tão próximo assim) com motivações pessoais egoístas que por vezes só interessa a um determinado público específico.

Quando consideramos a educação somente como aspecto de expandir conhecimento para abrir caminhos, precisamos refletir sempre quais caminhos são esses. O porquê dessa reflexão? Porque o educar como forma de expandir conhecimento apenas, pode gerar pessoas com muita ênfase na base teórica e pouco no campo da prática, isto é, pessoas que se dedicam relacionar-se com os livros somente. Todo conteúdo teórico é válido, porém, sempre é bom considerar o campo da prática também.

Educar implica em gastar tempo aprendendo bem para depois ensinar. Implica também considerar que ninguém sabe tudo. Educar envolve o respeito, caminhar ao lado, bem como possibilitar acesso ao conhecimento visando sempre um caminho de humildade, para promover novas possibilidades para todos. É fato que a educação passa por todas essas etapas e outras tantas que o leitor pode considerar. Contudo, um ato sublime (penso eu) de educar, deve ser a paixão que todo educador precisa manter quando promove conhecimento, a saber, um desejar intenso de olhar para o próximo continuamente com a esperança de ver nele o melhor. Promovendo tudo o que for necessário para que ambos, educador e educando, sejam dignificados nesse processo contínuo de humanizar-se através da educação.

*Professor especialista da Área de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter

SEJA UM TIMONEIRO

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Esqueça as comissões e grupos de trabalho. Ideias novas, nobres e capazes de mudar o mundo sempre brotam de uma pessoa trabalhando sozinha.” (H. Jackson Brown Jr.)

É nos seus momentos de reflexão que você encontra o seu rumo. O importante é que você aprenda a refletir. E você nunca aprenderá deixando-se levar pelo que os outros dizem que você deve pensar. Evolua nos seus pensamentos. Uma evolução que exige aprimoramento mental. E você nunca se aprimorará enquanto continuar esperneando, dirigido ou dirigida por alguém. Viva sua vida como ela deve ser vivida.

O universo está cheio de oportunidades e à disposição de todos nós. O que importa é que saibamos nos dirigir. E todo o poder que isso exige está em nós mesmos. Por que você está aborrecido, ou aborrecida? Pense se você está dando mais importância a você ou ao aborrecimento. Veja se o motivo do aborrecimento o justifica. Nada na vida justifica o aborrecimento. A não ser o seu despreparo para encarar o acontecimento que o aborreceu.

Sinceramente, nada sabemos sobre nossa chegada aqui neste Planeta. Todas as histórias que nos contam não são mais do que fantasias. Porque não nascemos nem fomos feitos aqui. Chegamos aqui porque quisemos vir e ficamos porque quisemos ficar. Mas como chegamos num mundo em evolução, nossa evolução veio na mesma faixa. O que nos responsabiliza para cuidarmos da evolução do progresso a regresso. Porque temos que regressar ao nosso mundo de origem. De onde viemos e para onde devemos voltar. E a volta vai depender de cada um de nós

É simples pra dedéu. É só cada um fazer sua parte como ela deve ser feita. E o caminho está na vivência e convivência no dia a dia. E a fel
icidade é o esteio mais seguro para se alcançar o futuro. O que só alcançaremos no racional. Vamos viver nossas vidas. Porque até agora o que fizemos foi procurar viver. Numa procura sem rumo. Vamos refletir, mas sem obsessões nem inferioridade. Somos superiores em nós mesmos, procurando melhorar a cada instante. O futuro é amanhã. Hoje é o presente que deve ser vivido como aprimoramento para o futuro. Amanhã o hoje será passado. E o que devemos levar do passado é o melhor que plantamos para o futuro. Então selecione em você mesmo ou mesma, a semente que está plantando para o futuro amanhã.

Reflita sobre a simplicidade da vida. Nós é que a complicamos. Então vamos ser mais racionais e procurar viver a vida com racionalidade. Nada de gritos nem arrufos. Busquemos a civilidade em nós mesmos, dentro de nós, no poder que temos como seres de origem racional, e não como indivíduos feitos de barro. Pense nisso.

*Articulista

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