Opinião

Artigos 11478

DIVÓRCIO DÓI 

Flávia Oleare*

Divórcio dói. É uma dor na alma.

Às vezes é sentida até fisicamente. O coração arde. 

É o desfecho de um sonho.

De um projeto de vida.

Mesmo para quem decide, não é fácil. Mesmo quando ambos decidem junto, é difícil. 

Afinal, em regra, não era a finalização pretendida quando, tempos atrás, decidiram pelo casamento.

Trata-se do reconhecimento de que aquilo no qual se investiu tempo, emoções e vida não tem mais como continuar.

Sim, indiscutível que há pessoas mais desapegadas, que trocam de parceiro ou de casamento como se fosse algo “descartável”.

Mas para a grande maioria que não é assim e realmente se dedicou ao relacionamento, inevitavelmente há um período de luto para elaborar essa perda.

Felizmente, sabemos, as pessoas se reinventam, descobrem novos motivos para serem felizes, e em grande parte das vezes, reconhecem que foi o melhor.

Afinal, viver com alguém em desarmonia é muito pior do que viver sozinho, sem um parceiro.

Sentir-se só tendo alguém é uma solidão que machuca muito.

Mas em regra, depois de um tempo, quando a pessoa se descobre livre daquele luto, há uma grande sensação de alívio.

A pessoa redescobre o amor-próprio, por vezes relegado a último plano durante os anos de relacionamento.

Não são poucos os casais que atendo e que encontro tempos depois,  felizes com a nova vida.

É chavão mas é a verdade… TUDO PASSA. E essa dor também vai passar.

*Advogada civilista, especialista em direito de família e sucessões. É membro da Comissão de Direito de Família e Sucessões da OAB/ES. Sócia do escritório Oleare e Torezani Advocacia e Consultoria (WWW.oleareetorezani.com.br) email: [email protected]

ORÇAMENTO PÚBLICO É DA SUA CONTA

Herick Feijó Mendes*

A pandemia deixou ainda mais evidente a relevância dos orçamentos públicos, que após a arrecadação tributária seguem à execução das políticas públicas prioritárias do Governo. 

Estamos a conviver com pouca compreensão social sobre a importância dos orçamentos, sobretudo na fiscalização da execução. Afinal de contas, orçamento público é dinheiro de todos e gerenciando por presentantes do Estado, colocados direta ou indiretamente pelo povo. 

Permanece, infelizmente, uma cultura de desinteresse à destinação do Erário, que abre espaço considerável à manutenção do patrimonialismo e que só causam preocupação após a ocorrência de fatores graves. 

Apesar da existência de órgãos de controle autônomos (MP, MPC, TCE, Poder Legislativo), penso que ultrapassa o poderio destes a mobilização social organizada e preocupada com o futuro de nossos recursos. 

Endividamento, gestão, prioridades, regularidade em destinações, mercado, políticas públicas, controle e acompanhamento são conteúdos básicos a qualquer cidadão.

Ah, sabe por que os servidores efetivos são relevantes nessa matemática (nivelando por cima – larga maioria)? Devido a garantia mínima de autonomia de atuação! 

E a burocracia? Ela em nível razoável é essencial! Evita que cada um faça as coisas do jeito que querem e, alem disso, trava as vielas dos desvios, eis que serve minimamente como forma de controle (dito compliance), existente nas empresas privadas mais sérias e robustas do Brasil e do Mundo. Já viu o controle que é feito no caixa de um supermercado? Imagine aquele mesmo caixa sem a burocracia e controle mínimo pelo empregador.Enfim: qual(ais) o(s) principal(ais) interesse(s) alocados em nossos orçamentos? Para onde está sendo destinado nosso presente e futuro?

Quem controla o controlador? Essa eu respondo: VOCÊ!

*Advogado, presidente da Comissão de Estudos Constitucionais OAB/RR e membro-consultor da comissão do CFOAB e servidor efetivo

É O QUE SOMOS

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“O homem é um vago bicho sem destino que nasceu em cima desta Terra, sem saber porque nem para quê.” (Do livro Universo em Desencanto)

Se estudarmos a história da humanidade, veremos que a diferença entre o ser humano e os animais é pequeníssima. O que cometemos de barbáries nas nossas vidas, não está no gibi. Se nos atentássemos pra isso, progrediríamos. Mas não nos atentamos.

A Terra continua em evolução. E como somos, como seres humanos, seres que chegaram aqui porque quiseram chegar, continuamos como chegamos. Ainda não nos preparamos para evoluir, no desenvolvimento do raciocínio. Estamos cada vez mais atentos e boquiabertos com o desenvolvimento dos animais considerados irracionais.

Vamos ser mais inteligentes e prestar mais atenção ao nosso desenvolvimento racional. Este está, e vai continuar, a passo de tartaruga. Pessoas matando pessoas por não conseguirem controlar o ciúme, por exemplo, e grandes líderes do mundo declarando guerras, com o objetivo de dominar o mundo. Eles nem imaginam que todo o poder de que necessitam, está na sua mente sadia. E com suas mentes doentes, vão vivendo sem condições de progredir. Porque suas mentes continuam sem condições de evoluir. E assim continuamos marionetes.

Vamos nos atentar mais para o positivismo. Afastemo-nos do negativismo. Afaste-se de notícias negativas. O ser humano é mais propenso a acreditar no negativo. E uma vez que você acredita nele, ele toma conta de você. Não imaginamos quantos acontecimentos positivos e agradáveis estão acontecendo a cada instante, e não os trazem, através das notícias. E isso porque o positivo não traz riqueza material. E a riqueza espiritual está fora dos seus programas.

Viva positivamente cada minuto do seu dia, hoje. Porque amanhã você irá viver o desfrute da semente que você plantou hoje. O importante é que vivamos o momento de hoje como preparação para os momentos de amanhã. E não se preocupe com o que está lhe parecendo repetitivo neste assunto. O importante é que você se sinta você. E quando o negativo chegar, analise se você está na sua, dentro do racional. E ser racional é viver a vida como ela deve ser vivida, com amor, sinceridade, e muita autoestima. Porque sem autoestima estamos descendo os barrancos do fracasso. E quando temos autoestima, nada nos derrota.

Ame-se sempre. E quando no amamos, amamos as outras pessoas, independentemente da diferença que possa existir entre nós e elas. É quando nos tornamos iguais nas diferenças. As diferenças não fazem diferença quando nos concentramos na igualdade. Precisamos sair do círculo da irracionalidade. Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

99121-1460