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Bolsonaro e o que esqueceu no discurso para ONU 10815

Bom dia,

Hoje é quinta-feira (24.09), E a fala de presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) na abertura dos trabalhos da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, ocorrida na última terça-feira (22.09), continua repercutindo tanto no Brasil quanto no exterior. E a narrativa de Bolsonaro incomodou, especialmente, quando ele se referiu ao problema da pandemia do Covid19 e a forma como ele foi enfrentada no Brasil. Outro ponto de duras críticas ao pronunciamento do dirigente brasileiro está centrado na questão ambiental, diretamente com relação ao desflorestamento da Amazônia.

Com relação à pandemia do Covid19, Bolsonaro afirmou que o papel de seu governo em relação ao seu enfretamento foi definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ao atribuir ao governo central a função de provedor dos recursos necessários; e aos estados e municípios a tarefa de definir as estratégias necessárias tanto na redução do contágio, quando na minimização das mortes dele decorrentes. Não dá para dizer que Bolsonaro faltou com a verdade quando disse isso. Qualquer pessoa de boa-fé sabe que é verdade, e não se está aqui, falando do comportamento pessoal de presidente brasileiro, que durante todo esse tempo, com palavras e gestos, protestou contra a estratégia de isolamento total da população.

Agora, com relação a Amazônia, e o combate ao desmatamento, Bolsonaro fez algumas afirmações que, decididamente, não condiz com a verdade. A mais grave é de ter omitido a ação de grandes produtores que fazem desflorestamento para plantar capim e ou lavouras de soja e milho. É verdade que uma parte dos incêndios é devida aos pequenos produtores e indígenas, que utilizam o fogo como prática comum, mas a afirmação de que eles são os principais responsáveis pelos focos de fogo na região é mentirosa. Por outro lado, Bolsonaro não aceitou o fato de que seu estímulo à garimpagem, especialmente, em terras indígenas tem causado prejuízos, possivelmente, irreparáveis ao meio ambiente amazônico. Roraima é exemplo disso.

No mais, o presidente brasileiro não foge da realidade ao dizer que existe uma pressão internacional organizada para evitar que a Amazônia seja explorada, segundo os interesses da população brasileira e da população local, que é majoritariamente urbana. Falta apenas seu governo dizer como deseja explorar os recursos, inclusive minerais, da região de forma racional e legal. Compactuar com práticas criminais que levem a devastação desses recursos faz do governo cúmplice, inclusive, por prevaricar de suas obrigações legais.

INFIDELIDADE

Um leitor da Parabólica mandou áudio, via Whats, para fazer duas correções sobre a nota publicada, ontem, a respeito de infidelidade partidária, que estão sendo praticadas nestas eleições municipais. A primeira refere-se à filiação do vereador Júlio César, que na última hora, do tempo permitido para tal, deixou o Podemos para filiar-se ao Solidariedade, do deputado federal Ottaci Nascimento. A segunda correção, é na verdade um aditamento à relação publicada cá na Coluna: trata-se do posicionamento dos deputados Renato Silva e Renan Filho, ambos filiados ao Republicanos, do senador Mecias de Jesus, que está na coligação da deputada Sheridan Oliveira, mas são ativos cabos eleitorais de Ottaci Nascimento. Obrigado pela colaboração.

REGULARIZAÇÃO

O chefe da Procuradoria Fundiária do Estado de Roraima, o procurador e professor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Edival Braga, disse a Coluna que as áreas nas quais os interessados preencham os requisitos de título de propriedade, de acordo com a Lei de Terras (Lei Nº 977/2014) e foram emitidos documentos de Autorização  de Ocupação (AO), apenas pelo fato de que dependia da autorização do Conselho de Defesa Nacional (CDN), com a derrubada do veto, já podem ser emitidos os respectivos títulos definitivos.

VIGILÂNCIA

Sem alarde, o Ministério da Justiça está expandindo uma das maiores ferramentas de vigilância e controle de que se tem notícia no Brasil. Trata-se do Córtex, uma tecnologia de inteligência artificial que usa a leitura de placas de veículos por milhares de câmeras  espalhadas por rodovias, pontes, túneis, ruas e avenidas país afora para rastrear alvos móveis em tempo real. Desde o final do ano passado, de acordo com informações publicadas na imprensa nacional, pelo menos 12 estados compartilhavam suas câmeras com o Córtex entre eles o estado de Roraima

CONFIANÇA

A Confiança dos empresários do comércio em Roraima cresceu pelo segundo mês seguido. Os dados da pesquisa que mostra o ICEC – Índice de Confiança do Empresariado do Comércio, elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelam que em setembro o indicador atingiu valor de 88,2 pontos. Comparando com o mês de agosto, houve um aumento na confiança do empresariado do comércio de 12,5%.

PARADOS

Segundo informações de contadores e pequenos empresários, os trabalhos de cadastramento de empresas na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) estão suspensos, faz mais de uma semana. Milhares de processos estão aguardando a análise e liberação dos pedidos, que segundo os funcionários depende de correções no sistema eletrônico da Sefaz. Enquanto isso esses empresários amargam prejuízos, nestes tempos de pandemia, onde o atendimento pessoal foi suspenso.