Cabine de projeção

Cabine de Projecao 28 03 2019 7901

Senhoras e senhores, bem-vindos ao mundo mágico do Cinema!

Olá, pessoal! A Cabine de Projeção desta quinta-feira, 28, fala sobre as cinebiografias de artistas, que estão em alta nos últimos tempos. Tivemos vários lançamentos da vida de cantores e bandas e na edição de hoje vamos falar das diferenças e similaridades dos filmes que contaram a história do Queen, Elton Jhon e do Mötley Crüe.

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E o Geziel Ribeiro, nosso parceiro do Cabine de Projeção na FolhaBV Play, traz novidades toda quarta-feira para vocês, ein? Fica ligado no nosso canal na @FolhaBVPlay e na Folhaweb!

É isso! Caso eu não os veja mais: bom dia, boa tarde e boa noite!

A independência de The Dirt

O último filme na linha de cinebiografias que assisti foi “The Dirt”, que conta a história da banda de rock Mötley Crüe desde o seu princípio até o seu estrelato. O filme com produção dos próprios integrantes da banda é baseado em um livro autobiográfico escrito pelos quatro e  lançado diretamente na Netflix na última semana.

O filme está longe de ser um clássico do Cinema, com atuações ainda limitadas do quarteto  principal, uma falta de definição entre filme narrado ou não e a participação feminina restrita à acompanhantes e mães dos protagonistas, todas com pouquíssimas falas e representatividade.

Porém, assim como o próprio estilo do Mötley, “The Dirt” tem o objetivo de chocar e entreter e  consegue cumprir o seu papel. São muitas as cenas de ‘sexo, drogas e rock ‘n roll’, exibindo a fama da banda de detonar quartos de hotel durante as turnês.

A adaptação visual está fiel aos músicos, como o clima habitual do final dos anos 1980 e anos 1990, além de contar com cenas que só poderiam ser exibidas em um filme sobre uma banda de rock deste período, sendo a principal a participação de Ozzy Osbourne malucaço. 

Uma das notícias que chamou a atenção depois de assistir o filme foi do baixista do Mötley, Nikki Six, sobre o lançamento do filme direto na Netflix ao invés dos cinemas tradicionais. Na 

ocasião, ele disse que a banda preferiu desse jeito para poder contar a história de forma mais fiel e não precisar de adequar. Isso acontece por que muitas produtoras de filmes normalmente  precisam cortar cenas polêmicas para garantir uma classificação livre e trazer mais pessoas ao cinema. Porém, um filme do Mötley sem polêmica, não seria do Mötley. Tanto é que o filme recebeu classificação +18.

A adequação de Bohemian

O filme de “Bohemian Rhapshody” pode ser considerado similar ao “The Dirt” por também ser uma cinebiografia de uma banda de rock, mas as coincidências param por aí. O longa que conta a história de Freddie Mercury e a trajetória da banda Queen conseguiu ser considerado como um filme sério, levando até Oscar de Melhor Ator e Edição, além de ganhar um vasto número de fãs. 

Mas a adequação do filme para as salas de cinema e o público em geral deixou muito a desejar para quem é fã da banda. 

A tentativa foi explorar uma nova faceta de Freddie que poucos conheciam e o relacionamento  com sua esposa/melhor amiga Mary, mas fora algumas cenas como a apresentação da banda no Live Aid, o filme acaba sendo muito dentro dos padrões.

A adaptação visual dos integrantes é inegável, mas muito do que representa Freedie e o Queen, como uma banda de natureza inovadora, mesclando ópera e rock e de visuais extravagantes foi feito de forma didática e nada artística, quase com medo de se arriscar demais. Imagino como o filme seria se Freddie ainda estivesse vivo ou tivesse o envolvimento do baixista Jhon Deacon, se algo seria feito de forma diferente.

No fim, “Bohemian” acabou sendo um filme bom, mas bem distante da realidade de uma banda que decidiu lançar um single de cinco minutos para tocar inteiro na rádio e incorporar personagens femininas em um clipe música. Uma pena diante do que o filme poderia ter sido.

A esperança de Rocketman

Agora, pelas chamadas e trailers de anunciação,  um filme que pode ser que venha a ser uma mescla dos dois, mas melhor, é “Rocketman”, cinebiografia do músico Elton Jhon.

O filme está previsto para ser lançado somente em maio, mas só no trailer vemos cenas do ator mergulhando com um piano em uma piscina e flutuando no ar junto com o público enquanto toca “Crocodile Rock”, algo que se esperava de um filme do Queen, por exemplo.

Ou seja, a expectativa é que Rocketman consiga ser uma linha entre “Bohemian” e “The Dirt”. Um filme de maior qualidade, trazendo uma história fiel da vida de um cantor, mas sem perder a criatividade e muita emoção visual e musical.

Vale lembrar que o próprio Elton está envolvido na produção do filme e deu toda a possibilidade para que a produção contasse a sua história de forma irrestrita, com todas as suas qualidades e defeitos. Espero ansiosa pelo lançamento!

Confira a Cabine de Projeção na FolhaBV Play falando sobre o lançamento do trailer de “Vingadores: Ultimato”