Parabólica

Disseminacao de fake news deve ser objeto de preocupacao durante o processo eleitoral 10467

Bom dia,

Hoje é sexta-feira (10.07). Para variar, mais um ponto facultativo nas repartições públicas, fruto da irresponsabilidade de políticos, que estão longe de ser populistas. Ficamos em dúvida se vamos ficar o fim de semana refletindo sobre o enorme cerco que se está fazendo sobre o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), para que ele adote uma política ambiental e indigenista mais próxima dos regimes internacionais de meio ambiente e de direitos humanos. Tudo indica que não vai funcionar a tentativa de anunciar medidas emergenciais do tipo operação de Garantia de Lei da Ordem (GLO) e de suspensão por alguns dias das autorizações de desmatamento na região, via decreto presidencial. Tudo indica que, como aconteceu com a demissão do Abraham Weintraub, o presidente venha entregar a cabeça de Ricardo Salles, o quase moribundo ministro do meio ambiente.

Também pode ser tema de nossa reflexão essas revelações que se vem fazendo sobre a decisão do Facebook e do WhatsApp de bloquearem contas dos filhos (Flávio e Eduardo) e de assessores muito próximos, por suposto uso de práticas de incitação da violência e ódio; ou de agressões aos que discordam do atual governo. Segundo investigações da imprensa, parte desses expedientes estão sendo financiados por dinheiro público através do pagamento de salários aos autores. Os dados são assustadores e revelam que tais mensagens são disparadas automaticamente aos milhões nas redes sociais através de perfis falsos. Esse cenário só enfraquece ainda mais o governo de Jair Bolsonaro, que mesmo amainando os conflitos com alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), continua refém do Congresso Nacional e do Poder Judiciário.

Para além do governo Bolsonaro, as revelações em escala mundial de que as redes sociais vêm sendo utilizadas largamente para a disseminação de ódio e de fake news cria um cenário absurdamente assustador. Pelo poder crescente de penetração das redes sociais corremos o risco concreto de criar uma sociedade tangida pela mentira e pelo embuste dos que possuem condições técnicas, financeiras e de domínio da tecnologia de produzir e multiplicar suas versões. É claro, não se pode negar que a facilidade com que a internet, cada dia com menor custo, torna a informação -que pode ser desinformação-, acessível à maior parcela da população pode ser um antídoto contra a manipulação. E isso é o que torna menos preocupante o cenário de embustes e mentiras do qual falamos acima.

ELEIÇÕES Todo esse potencial de disseminação de ódio, mentiras e versões das redes sociais deve ser objeto de preocupação redobrada durante o processo eleitoral, com campanha essencialmente virtual que se avizinha.  Candidatos com bons marqueteiros e recursos para disseminar propostas -muitas mentirosas, mas bem embaladas pelo trabalho de marketing-, podem levar a população a escolhas equivocadas. Todo cuidado é pouco, afinal, apesar do voto popular ser fundamental no regime democrático, aquela história de que a “voz do povo é a voz de Deus”, faz muito tempo foi desmentida por escolhas absurdamente equivocadas. Sem esquecer que pelas experiências locais anteriores, muitos votos são literalmente “comprados”.

FARPAS Antigos aliados inseparáveis, inclusive, dividiram o mesmo palanque nas eleições de 2018, com pedido recíproco de votos; o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), Jalser Renier (Solidariedade), e o ex-senador Romero Jucá (MDB), andam trocando farpas cruzadas pelas redes sociais. Por muito tempo, Jalser e Jucá eram comensais e mantinham aliança políticas e de interesses, apesar das trombadas reiteradas entre o presidente da ALE e a prefeita Teresa Surita (MDB), inseparável parceira política do ex-senador. Agora, a situação parece mais clara, até mesmo porque Jalser teria demitido muitos colaboradores de Jucá, que figuravam, oficialmente, como servidores da ALE. 

RÁPIDAS Apesar da festa ocorrida quando das primeiras altas de internados da Área de Proteção e Cuidados (APC), da Operação Acolhida, a imprensa de um modo geral tem dado quase nenhum destaque ao movimento de internações e altas de pacientes com a Covid-19, naquele hospital de campanha. ### Ontem, nas poucas lojas que dispunham do produto, o saco do cimento com 42kg era vendido, no mínimo a R$ 38,00. Parece que a escassez do produto é devida à falta de sacos de papelão para envase nas indústrias de Manaus. A promessa é que a situação venha a se normalizar na próxima semana. Será que o preço volta aos 32 reais? ### Por falar em negócios, ontem, quinta-feira, feriado municipal, o movimento nos principais locais do comercio local foi intenso, especialmente pela parte da manhã. É o povo decretando por conta própria o fim do isolamento social. ### Tem muita gente reclamando na demora do governo federal para decidir sobre a reabertura das fronteiras internacionais de Roraima, especialmente com a República Cooperativa de Guiana, onde a pandemia parece estar mais controlada. ### Até segunda-feira.