Minha Rua Fala

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DIA NACIONAL DA IMPRENSA – 1º DE JUNHO.

A imprensa é a arte da comunicação exercida por meio dos veículos de massa, encontra seu patrono em Hermes (Mercúrio), o deus mensageiro, velocíssimo, com asas nos pés, que podia viajar por toda a parte num piscar de olhos.

No Brasil, a imprensa escrita teve início no dia 1º de junho de 1808. Neste dia, começou a circular no Brasil a primeira publicação do periódico (jornal) “Correio Brazilienze”, também chamado de “Armazém Literário”. Ele foi criado pelo jornalista Hipólito José da Costa.

Hipólito da Costa (Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça), jornalista nasceu na Colônia do Sacramento, atual República do Uruguai, em 13 de agosto de 1774, e faleceu em Londres, Inglaterra, em 11 de setembro de 1823. É o patrono da cadeira n. 17, por escolha do fundador Sílvio Romero.

O jornal “Correio Brazilienze”, apesar de ser impresso mensalmente em Londres, não em solo brasileiro, foi o primeiro a exercer, de fato, uma atividade jornalística e formar opinião pública no Brasil. Por isso, comemora-se desde o ano de 1999, como o “Dia Nacional da Imprensa”, o dia em que este jornal começou a circular em nosso país em 1º de junho de 1808.

O Correio Brazilienze tinha forte tom de crítica ao governo da época, liderado pelo imperador português D. João. Era favorável aos princípios liberais, ao fim do trabalho escravo, defendia reformas e prezava pela liberdade de opinião. O jornal foi proibido em 1809, mas continuou circulando entre brasileiros e portugueses de maneira clandestina.

Hipólito José da Costa é homenageado pela Academia Brasileira de Letras como Patrono da cadeira nº 17, por escolha do fundador Sílvio Romero.

Neste ano de 2021, a “Imprensa Brasileira” comemora 213 anos de atividades a partir da fundação e publicação do jornal “Correio Braziliense”.

Mas, nem sempre foi assim. Até o governo do presidente da República Fernando Henrique Cardoso, a data era comemorada em 10 de setembro, quando passou a circular o jornal Gazeta do Rio de Janeiro, também no ano de 1808. Foi a primeira publicação oficial brasileira.

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IMPRENSA OFICIAL EM BOA VISTA – RORAIMA:

O governador Ene Garcez dos Reis, um mês após chegar a Boa Vista, fundou em 24 de julho de 1944 o “Órgão Oficial”, o impresso que era mimeografado em uma sala da Prelazia, na Rua Bento Brasil – onde funcionava a administração Territorial.

Posteriormente, no final de 1949, já no governo do general Clóvis Nova da Costa, foi comprada uma impressora manual tipográfica que usava “Tipos” (quadrados) de chumbo, cada um com uma letra do alfabeto, para imprimir no papel. Com isto, o “Órgão Oficial”, que até então era impresso por meio de mimeógrafo, foi extinto. E, em seu lugar, nos primeiros dias de janeiro de 1950, sob um novo formato e impresso tipográfico, surgia o “Boletim Oficial”.

Em 1951, o serviço de “Imprensa Oficial”, mudou de prédio. Foi transferida para o atual prédio (na Rua Coronel Pinto n.º 210, em frente à Seplan). Esta rua, à época, passou a ser chamada de “Rua da Imprensa”.

A evolução das artes gráficas em Boa Vista, foi marcada com a chegada da máquina de impresso “Linotipo”, em 1953, comprada pelo governador do Território Federal do Rio Branco (Roraima) Aquilino da Mota Duarte (o primeiro roraimense exercer o cargo de “Governador”). A partir daí começava-se mais uma fase na história da comunicação escrita em Boa Vista.

Mais tarde, em 1973, entrou em funcionamento um novo sistema gráfico: “Impressão em Offset”. Com esta modalidade de impressão, a Imprensa Oficial passou a imprimir, além do “Boletim Oficial”, também o jornal “Boa Vista” de propriedade do Governo Territorial.

Com o desenvolvimento sócio-político da cidade, e para divulgar os inúmeros atos administrativos, que requeriam assiduidade diária, o governador Vicente de Magalhães Moraes (1983), extinguiu o Boletim Oficial e criou através do Decreto n.º 108 de 29/12/83, o “Diário Oficial do Governo do Território Federal de Roraima”.

Em 1988, com a transformação do Território em Estado da Federação, e com a posse do primeiro governador eleito Ottomar de Souza Pinto, em 1991, a publicação recebeu nova denominação: “Diário Oficial do Estado de Roraima”, o qual é editado pelo departamento de Imprensa Oficial, que por sua vez é subordinado à Secretaria de Estado da Administração.

A Imprensa Oficial tem como missão institucional, a de dar publicidade aos atos do governo estadual e executar trabalhos gráficos para a administração pública.

Bem, em linhas gerais, é este o panorama histórico da Imprensa Oficial.

Falar sobre a história da Imprensa Oficial de Roraima, há de se evocar o nome de um pioneiro que bem representou o cargo que ocupou por quase 30 anos: Murilo Bezerra de Menezes, ex-diretor da Imprensa Oficial.

Murilo Bezerra, como diretor, organizou o sistema de trabalho da Imprensa Oficial. As atividades funcionais foram assim distribuídas: Divisão de Publicações, Divisão de Artes Gráficas – com as Seções: Parque Offset e Tipografia que, por sua vez, tinham também as subseções. Havia também os setores de Encadernação e Diagramação; Custos e Distribuição, com as suas respectivas Seções. E, os setores de distribuição, Arquivo e Almoxarifado. Murilo Bezerra já está aposentado.

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Quem assumiu o cargo de Diretor do Departamento de Imprensa Oficial (após a aposentadoria de Murilo Bezerra de Menezes) foi o senhor Walter Buss. Este passou mais de 20 anos como diretor.

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O Diário Oficial do Estado de Roraima em sua Edição nº 3974, datado de 01 de junho de 2021, registra como Diretor do Departamento de Imprensa Oficial, o senhor Hudson Inácio de Souza Júnior.

A Gerente do Núcleo de Custos e Distribuição é a senhora Ivonete Lima da Silva e, o Gerente do Núcleo de Publicação e Artes Gráficas é o senhor Antonio Reticlici da Rocha Guimarães.

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O Diário Oficial funciona como veículo de consulta para os Tribunais de Contas, na fiscalização do trabalho de nossos administradores na área do Executivo.

Para atender o princípio da publicidade determinado pela lei maior – a Constitui
ção Federal – os detentores do poder são obrigados a fazer suas publicações no Diário Oficial.

O mesmo ocorre com os atos do Poder Judiciário. É no caderno da Justiça que é dada ciência de partes envolvidas nas quizilas judiciais, desde o início até o final de cada processo, independente de quaisquer pagamentos.

Nas publicações de natureza jurídica de direito privado, o Diário Oficial resguarda os interesses gerais, particulares ou da comunidade, pela divulgação do balanço anual, dando conta da saúde financeira das empresas.

Tamanha responsabilidade – acreditamos que a Imprensa Oficial de cada estado, não pode ser delegada a terceiros, não deva ser privatizada e, sim, continuar como um órgão governamental.

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