Minha Rua Fala

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Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes  Patrono da Força Aérea Brasileira e um dos 18 do Forte de Copacabana. 

Eduardo Gomes nasceu em Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, em 20 de setembro de 1896. Era filho de Luiz Gomes Pereira e Jenny de Oliveira Gomes. Ingressou na Escola Militar do Realengo, onde foi declarado Aspirante-Oficial em 17 de dezembro de 1918. Após servir no IX Regimento de Artilharia, em Curitiba, e de ter feito o Curso de Observador Aéreo, na Escola de Aviação Militar, no Campo dos Afonsos, foi transferido para o Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde participou da revolta de 5 de junho de 1922 (O Levante do Forte de Copacabana), que abriu o ciclo revolucionário em que predominavam os tenentes. 

Esse movimento nasceu do ressentimento militar contra a candidatura de Artur Bernardes, cuja impopularidade mais se acentuou com o episódio das “cartas falsas”, que objetivavam incompatibilizar os militares com o candidato à sucessão de Epitácio Pessoa. Tal fato acabou originando uma séria crise, agravada com a prisão do Marechal Hermes da Fonseca, então Presidente do Clube Militar. Do combate então travado, apenas dois revoltosos escaparam com vida, embora feridos: Eduardo Gomes e Siqueira Campos. 

A partir daí, a carreira militar de Eduardo Gomes desenvolveu-se rapidamente, sendo promovido a Capitão em 15 de novembro de 1930; e, em sucessivas promoções chegou ao posto de Brigadeiro-do-Ar a 10 de dezembro de 1941.

Eduardo Gomes teve atuação decisiva no combate à Intentona Comunista deflagrada em 1935, quando parte da guarnição da Escola de Aviação Militar sublevou-se. Os rebeldes haviam tomado posse de todo o armamento e munição retirados das reservas, e já se preparavam para ocupar os hangares, a fim de acionar os aviões, quando foram atacados pelo 1º Regimento de Aviação, sob o comando do então Tenente Coronel Eduardo Gomes, que conseguiu conte-los até a chegada do Regimento Andrade Neves, pondo em fuga os revoltosos. 

Eduardo Gomes também foi o primeiro comandante do Grupo Misto de Aviação, criado no Campo dos Afonsos, em 1931. Desse grupo partiu, em 12 de junho do mesmo ano, o avião que realizou a primeira linha do Correio Aéreo Militar, com os tenentes Casemiro Montenegro Filho e Nelson Freire Lavanère Wanderley, dando origem ao Correio Aéreo Nacional (CAN), que veio reforçar a coesão nacional, como um elemento novo no sistema de comunicações do país, aproximando o remoto interior dos grandes centros populosos. 

Por ocasião da 2ª Guerra Mundial, Eduardo Gomes, já no posto de Brigadeiro, foi nomeado Comandante das 1ª e 2ª Zonas Aéreas, funções que desempenhou com o maior zelo, tendo hospedado o Quartel General do Comando da Esquadra do Atlântico Sul e promovido o primeiro Curso de Tática Aérea para a Força Aérea Brasileira. 

Eduardo Gomes foi distinguido ao todo com 13 condecorações nacionais e 8 condecorações estrangeiras. Como homem público, participou no início de 1945 do processo de redemocratização do país, com a reabertura do processo eleitoral, participando das eleições então realizadas como candidato à presidência da República. Uma pena que não tenha recebido o apoio devido e fora derrotado nos dois pleitos, uma pelo General Eurico Gaspar Dutra em 1945, e outra pelo Dr. Getúlio Dornelles Vargas, em 1950, apesar de haver demonstrado um profundo conhecimento dos grandes problemas nacionais. 

Eduardo Gomes aceitou com humildade à vontade das urnas, não se deixando abater, nem perdendo a fé nos valores da democracia. Mesmo assim, atendendo a convites, ocupou por duas vezes as funções de Ministro da Aeronáutica: no governo Café Filho, de 24 de agosto a 11 de novembro de 1954, e no governo Castelo Branco, de 11 de janeiro de 1965 a 15 de março de 1967, criando novas perspectivas na vida da Aeronáutica Brasileira. 

Transferido para a reserva em 1960, foi, a 22 de setembro do mesmo ano, promovido ao posto de Marechal-do-Ar (o mais alto posto na Força Aérea Brasileira). 

Eduardo Gomes faleceu no dia 13 de junho de 1981, um dia após os festejos comemorativos do cinquentenário do Correio Aéreo Militar, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.  Em atenção aos grandes serviços por ele prestados à Aeronáutica foi declarado “Patrono da Força Aérea Brasileira”, conforme a Lei nº 7.243, de 06/11/1984.

Preferência nacional: Entre as inúmeras admiradoras do militar Eduardo Gomes, candidato a presidente em 1945, uma delas teria dado nome de ´´brigadeiro“ ao doce por ela inventado (Leite condensado + chocolate granulado) que virou unanimidade entre crianças de qualquer idade. 

Aliás, você conhece alguém que resiste a um brigadeiro? A bolinha de chocolate cremosa se derrete deliciosamente na boca e deixa um gostinho de quero mais.