Opinião

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A vida como ela é

Linoberg Almeida*

Pode até parecer que está tudo bem, tudo certo, mas tem muita coisa rolando há anos e empurrar para debaixo do tapete foi o que fizemos de errado ao deixar que trocassem o essencial por aquilo que reluz. Ora, quem vive só de brilho? A nada republicana reunião no Planalto, o sumiço das plataformas da Orla (agora desmoronando), o jeito estranho de fazer concorrências e licitações, pedidos para rasgar a Constituição, brigas indecorosas nos parlamentos… Não adianta ficar chocado com Brasília e fazer-se de cego, surdo e mudo por aqui.

Os que deveriam liderar o povo, contribuir para que este não se afastasse do caminho correto, se comprometem à medida que seu exemplo não se funda na verdade, mas numa falsa devoção a população. Na real, interesses, disfarçados de coletivos, são umbilicais. Agora que o mirante subiu, fica mais fácil dizer que é para turista ver e aos daqui sobram malezas sociais que você sabe bem.

A doença do vírus da vez apertou. Não adianta dizer que está com saudade do SUS, pois já era bem complicado tratar bronquite e pneumonia onde faltava azitromicina. Pense em quem precisa regular níveis de açúcar no sangue sem insulina; pacientes de lúpus e artrite já recorriam à justiça pela hidroxicloroquina, assim como os de distúrbios psiquiátricos sem cuidados adequados. Dengue, malária, tuberculose, hipertensão e obesidade estavam e estão por aí, assim como estoques defasados de ivermectina, losartana, mebendazol, amoxicilina… A prefeitura vive dizendo que tem mais de 90% dos medicamentos essenciais às unidades de saúde de Boa Vista. Será?

As reclamações estão por todo lado porque as pessoas estão com medo, com sintomas e isso é resultado de nossos erros em saúde pública, nossos erros em eleger gente que faz de eleição trampolim, gente que pensa em si, em fundos, e vive de braços dados com quem quer “grande acordo nacional com o Supremo, com tudo”, e não com aquilo que precisamos. Votar nos que se alimentam de erros é ser parte desse silêncio que nos adoece.

Aqui usam parceria e trabalho como se nunca tivessem aberto um dicionário. Abdala Fraxe no Jóquei toda remendada; alameda Antares no Satélite vira rio quando chove; Thereza Magalhães no Senador Hélio Campos ganhou asfalto e um riacho; Almerio Mota no Jardim Floresta tem tapa buraco com obra nem entregue ainda. Aqui tem trabalho, né minha filha? 500 ruas asfaltadas é uma marca que poderia ser melhor se fossem para durar e com qualidade. E como nem tudo se desmancha no mandato, a culpa é do outro, ou de quem não fez bem feito desde 1993?

A justiça tarda e espero que não falhe. Um processo de 2002, agora em 2020, mostra supostas irregularidades na contratação de empresa ligada a parentes de quem tem muito amor envolvido. Na época, eram “serviços técnicos especializados”. Em 1240 dias como vereador, já identificamos indícios de problemas na Zona Azul, iluminação pública, lixo e urbanismo, cestas básicas, mobilidade urbana, no conselho da pessoa com deficiência, em escola municipal desaparecida, no Plano Diretor, nos pardais, em igarapés poluídos, editais mal feitos… Tudo nos órgãos de controle. Vereador não aparece só na eleição não, pode crer. Saiba que quem cala consente e não sou desses.

Eu sei que a luta urgente é pela vida. Mas não precisava esperar a Transparência Internacional mostrar que Boa Vista é a 20° capital em “dados públicos e acessíveis” no combate ao Coronavírus. É reflexo de como tudo é feito às escondidas. Não somos a capital mais pobre, acredite. Está na hora de você defender a cidade e a democracia. Chega de maquiagem. Ao cessar do gelo seco e apagar dos holofotes, a pandemia, o desemprego, a desesperança podem ser vencidos pelo profundar da cidadania como remédio. Beba, arregace as mangas e ponha a boca no trombone.

*Professor e Vereador de Boa Vista.

Ensine a criança…

Dolane Patrícia*

Existe um provérbio que diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Provérbios 22:6.

O ser humano está muito acostumado com lendas e contos de fadas, mas quando se trata da Palavra de Deus é real! Assim, esse provérbio transmite a seguinte mensagem:

Quando você educa a criança no caminho correto, com bons hábitos, com valores, princípios desde a infância, quando estiver adulta, a chance desses ensinamentos serem passados aos seus filhos e netos, será muito maior.

E por mais incrível que pareça, não é caro educar de forma correta, só precisa de tempo, tempo para os pais passarem com seus filhos, transmitindo valores morais, princípios éticos, além da transmissão de afeto tão importante na infância.

Dessa forma, existem atividades que não depende de dinheiro nem de classe social, como brincar com os filhos, ler para eles, mostrando desde cedo a importância da leitura, assistir filmes juntos e ter tempo para conversar.

“Crianças não precisam ser treinadas; precisam ser guiadas. A vida não é só sobre lições intelectuais e informação. É sobre integrar a verdade no tecido das nossas vidas diárias. Deus nos chama a colocar os nossos filhos e seu treinamento para o topo da lista das nossas prioridades porque nossos filhos são eternos, enquanto a maioria das coisas nas quais investimos o nosso tempo são temporárias.”

E foi pensando em tudo isso que a Igreja Adventista do 7º Dia, através da Associação Amazonas Roraima – AAMAR, aproveitou a quarentena e estimulou os pais e os filhos à ficarem mais tempo juntos, através do Clube de Aventureiros, realizando várias atividades como os desafios do que foi chamado de: “Semana do Lenço”, fazendo referencia ao lenço que usam no uniforme.

As crianças que cumprissem todos os desafios receberia no final um certificado digital especial que seria impresso pelos pais e guardados como recordação dos momentos que passaram juntos.

Nenhum dos desafios era possível fazer sem a ajuda dos pais, nem que fosse para tirar a foto e postar nos grupos de Aventureiros e Ministério da Criança Adventista, bem como nas páginas do facebook, onde os pais contaram com o apoio e a gentileza de Bruno Bitencourt, dentre outros.

O Clube de Aventureiro começou sua história em 1972. Em 1990, o plano piloto do Clube foi iniciado nos Estados Unidos, na Divisão Norte-Americana. Em 1991, a Associação Geral da IASD o autorizou, como programa mundial, estabelecendo seus objetivos, currículo, bandeira, uniforme e ideais.

É um programa para crianças semelhante aos escoteiros mirins, tem seu foco na educação de crianças na faixa etária de 6 a 9 anos.

Cada Aventureiro é especial e único. O clube educa de maneira criativa a ter disciplina, organização e responsabilidade.

Além das demais vantagens que o clube oferece, a socialização é tratada com seriedade, pois, o Clube de Aventureiro ajuda as crianças a trabalharem unidas e a se preocupar com os semelhantes.

Ser criança no Clube de Aventureiros é desenvolver várias áreas da vida, promovendo assim um crescimento saudável em todos os sentidos. Conheça mais sobre essa aventura, aberta a todas as crianças com idade entre 6 e 9 anos, em uma Igreja Adventista mais próxima de sua residência.

Dentre as atividades existentes estão as especialidades que eles adquirem através da leitura, atividades esportivas como ciclismo, dentre outras, visitas a bosques e estudos de várias espécies de animais, além de outras infinitas atividades
que auxiliam em seu desenvolvimento e formação de caráter.

É importante ressaltar a importância desse Clube na vida de crianças como Hannah Isabelle de 8 (oito) anos de idade, que desde os 6 anos está no Clube de Aventureiros Abelhinhas do Rei, que hoje tem como diretora Meire Souza.

Foi no Clube de Aventureiros que Hannah Isabelle viveu grandes momentos de sua infância, como as Olimpíadas do Eco Park, os leilões no final de cada ano, as visitas ao Bosque dos Papagaios, onde pode conhecer plantas de espécies diferentes e aumentar suas especialidades.

Hannah já levou para o Clube de Aventureiros vários colegas do SESC: Mariana Aires, Ana Leticia, Maria Cavalcante, João Vitor, dentre outros.

Mas as crianças que não faziam parte do Clube de Aventureiros não ficaram de fora, sob a orientação da Departamental do Ministério da Criança, Aline Cristina Francisco Machado de Oliveira, e a Coordenadora de Criança do Estado de Roraima, a inigualável Ivoneide Figueiredo, foram realizados outros tipos de desafios: crianças orando por crianças. Então, cada dia da semana teria que cumprir o caderno de oração.

Dessa forma, cada dia a criança orava por uma razão: Fim da pandemia, crianças sem alimento, crianças orando com suas famílias para que os pais conseguissem brincar, ler e estudar mais com seus filhos, dentre outras razões. Tudo isso, para comemorar o dia Mundial do Aventureiro e da Criança Adventista, comemorado esse ano no dia 23 de abril de 2020.

Precisaria de todo papel e tinta do mundo para descrever as emoções vividas no Clube de Aventureiros e da Criança Adventista, mas é necessário destacar que só foi possível porque o Presidente da Associação Amazonas Roraima, Pastor Wiglife Saraiva e sua esposa Euciany Saraiva, se dedicam demais em tudo que realizam, transformando em realidade o sonhos de tantas crianças e levando felicidade a cada família, realizando assim, os maiores eventos da vida dos nossos filhos, tudo isso porque a AAMAR põe “Amor em tudo que faz”!!!

*Advogada, Juíza Arbitral, Apresentadora de TV, Escritora e colunista. Personalidade Brasileira e Personalidade Amazônica. Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, pós-graduada em Direito Processual Civil e Direito de Família. Diretora do Clube de Aventureiro do ano de 2017 da Igreja Adventista Central de Boa Vista. WhatsApp: (95) (95)99111-3740. Acesse o site Dolanepatricia.com.br, baixe o aplicativo Dolane Patricia.

Porque não acreditamos

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“As palestras de autoajuda pouco ajudam quando as pessoas não compreendem o funcionamento da mente.” (Augusto Cury)

Somos, por natureza, reativos. Normalmente só nos livramos da reatividade depois que amadurecemos. Daí para frente, dedicamo-nos exclusivamente ao trabalho de correção. Ou mais precisamente, à tentativa de corrigir o que não fora feito. Porque o que foi feito está feito. E não acreditamos porque não temos fé. E esse descontrole nos leva a acreditar com mais facilidade nas coisas negativas, nos boatos, nas mentiras. Somos mais inclinados à derrota. Vimos isso anos atrás, com a cidade fechando as portas do comércio, as repartições públicas dispensando os servidores, porque alguém alardeou que iria ocorrer um terremoto em Boa Vista. E nossa condição de reativos nos levou ao ridículo.

Quando alguém nos diz que somos capazes de curar nossas doenças, de nos livrarmos dos nossos problemas, se acreditarmos que podemos, não acreditamos. Mas se alguém nos diz que nossa dor de cabeça vai nos matar, começamos a morrer. E isso não é exagero. Não somos capazes de aquilatar, porque não acreditamos, o poder que temos dentro de nós, no nosso subconsciente. Mas que para obter os resultados que desejamos, temos que ter muita fé, muita persistência e, sobretudo muita perseverança. E não somos capazes de acreditar que tudo isso é possível, se acreditarmos.

Conheci o Meyr Schneider em 2003. Assisti a várias se suas reuniões, em São Paulo. Ele perdera a visão aos sete anos de idade, consequência de um glaucoma. Já adulto, conheceu o Método Bates para tratamento dos olhos. Resolveu curar-se. Fez os exercícios com persistência e já dava palestras pelo mundo inteiro, sobre o tratamento dos olhos. Ele já lia, dirigia seu carro e vivia uma vida normal. Mas nas suas palestras ele deixava bem claro que só recuperaremos a visão ou a melhoraremos se acreditarmos no nosso poder de fazer. Nada de milagre nem magia. Exercícios simples, lógicos e naturais. E por isso poucas pessoas conseguem. A maioria não crê, porque é simples. E não acreditamos no simples. Não lhe damos credito por ser simples. Não conseguimos fazer as pessoas acreditarem que a vida é uma estrada reta e que nós é que lhe pomos as curvas, obstáculos, e desvios.

Torne sua vida simples e você viverá a felicidade plena. Acredite no seu potencial e você será poderoso, ou poderosa. Nada é impossível para quem acredita no possível. Alguém já disse que uma coisa só é impossível até que alguém a torne possível. Que esse alguém seja você. E tudo que você tem a fazer é acreditar em você mesmo. Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

95-99121-1460