Opinião

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MÍDIAVÍRUS

Marlene de Andrade*

“Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. (João 16:33)

Professor Marco Lucas de filosofia da UFRR, explica que o analfabetismo funcional da extrema imprensa é uma lástima e qualquer pessoa pensante há de concordar com ele. A grande mídia, em sua grande maioria, mata muito mais do que o covid19, H1N1 e tantos outros vírus como o da AIDS, pois ela desenforma a fim de ajudar seus pares a fazer falcatruas e o único jeito de acabar com essa peste é através da instrução e conscientização da população, visto que ainda existem pessoas muito desenformadas por esse Brasil  afora, as quais não foram instruídas nas escolas e sim doutrinadas de forma equivocada se tornando verdadeiras analfabetas funcionais.

Pessoas despolitizadas e que vivem pregando aos quatro cantos que não gostam de política, nunca conseguirão se vacinar contra essa virose maldita, pois a única vacina para acabar com esse vírus é a conscientização de todos, em relação aos desmandos ocasionados pelos políticos corruptos.

Evidentemente, que não são todos os canais midiáticos que fazem couro e voz com esse tipo de comunicação perversa, porém a grande mídia tem colaborado para aterrorizar a população de forma extremamente perniciosa em relação, por exemplo, ao coronavírus, pois ela está interessada em auferir lucros com essa pandemia.

A midiavírus perversa, jamais dá instrução, ou seja, não ensina nada, mas muito pelo contrário, vem desenformando e apavorando, em relação ao Covid-19, aterrorizando as pessoas de uma forma tão maligna que acaba deixando quase toda a população em pânico, situação essa que faz com que muitas pessoas diminuam suas reservas imunológicas.

Claro, que todo cuidado ainda é pouco com essa pandemia, mas ficar aterrorizado o dia todo, não faz bem. O coronavírus mata? Pode matar sim, mas temos que perguntar quem mata mais, esse vírus satânico ou a fome e, aliás, diga-se de passagem, que as pessoas desnutridas são muito mais propensas a adquirir Covid-19 do que uma pessoa plena de saúde.

A midiavírus nunca explica que todos devem ler mais e se instruir o máximo possível acerca da realidade que nos cerca, fazer cursos, crescer intelectualmente e procurar sempre e cada vez mais, crescer com as dificuldades.

Quer prevenir essa doença? Seja higiênico, não fique em pânico e busque ter uma vida totalmente regrada, alimentando-se somente com alimentos saudáveis e nunca se esqueça que é muito bom à saúde, fazer exercícios físicos.

*Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT

CRM/RR-339 RQE-431

IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA ESCOLA DURANTE A PANDEMIA

Rogério Athayde*

A história ensina lições. Muitas lições. Algumas delas foram duras demais para nossos antepassados, causaram sofrimentos, angústias e incertezas demais, alteraram os tempos, mudaram as vidas. Eles precisaram ter mais coragem que o normal, mais inteligência, mais força, mais firmeza, mais cooperação do que o normal. Mais do que as épocas de brandura costumam cobrar. Nossos antepassados venceram muitos desafios, acreditaram que o mundo poderia ser melhor. E lutaram por isso. Por nossa causa. Eles acreditaram.

Hoje nós precisamos acreditar. Com coragem e valentia, precisamos acreditar. Acreditar no diálogo que fabrica soluções, na democracia que permite o diálogo, na inteligência que possibilita o estado democrático e a liberdade. Acreditar na ciência que constrói os tempos, no conhecimento que produz vida, na arte que refaz o mundo. Acreditar em cada um e em todos nós, porque nunca andamos sozinhos. Hoje nós precisamos acreditar.

É por isso que acreditamos na educação. A educação nos reúne. A educação nos humaniza. A educação nos transforma. A educação nos aprimora.

É por isso que acreditamos na escola. Por isso acreditamos nos alunos, nos professores, nos funcionários, nos diretores, nos pedagogos, nas famílias, nos amigos. Por isso acreditamos que a escola é um compromisso de fé na humanidade, fé na sociedade, fé e esperança em dias melhores.

Nós acreditamos! Precisamos acreditar! Porque nossos antepassados acreditaram em nós e nós precisamos acreditar naqueles que ainda virão. Porque nós precisamos acreditar no tempo que temos e em nossa capacidade de criar, com o melhor de nossos talentos.

A história ensina lições. Muitas lições. E a maior delas, talvez, é ter esperança. Por isso nós acreditamos na escola. Porque acreditamos em um mundo melhor. Porque acreditamos que somos capazes de construí-lo. Porque queremos viver nele. Porque acreditamos que nossos herdeiros terão orgulho do que estamos fazendo hoje. Por isso.Nós acreditamos

*Escritor, professor e autor de história do Sistema de Ensino pH e palestrante de temas referentes à África, religião afrodescendente, preconceito racial e intolerância religiosa. Athayde é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional, mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e graduado em História, todos pela UFRJ.

AS FACES DA MENTIRA

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Não fico magoado pelo fato de me teres mentido, mas por não poder mais acreditar em ti.” (Nietzsche)

Você tem, pelo menos, duas maneiras de mentiras traiçoeiras. Mesmo porque quando ela não é traiçoeira, você a percebe de cara, e ri do mentiroso. Mas magoa quando ela vem de maneira sorrateira e você só percebe o prejuízo tempos depois. Aí a coisa pega, se você não for maduro para analisar se foi enganado ou se se enganou. Se você acha que se enganou não se magoe. Apenas afaste-se do mentiroso. Mantenha-o à distância.

Já fui traído por, pelo menos, uma pessoa em quem, ingenuamente, confiei. Então o erro foi meu em não saber diferenciar. Só muito tempo depois de ele deixar o posto de deputado foi que descobri que ele me usara como laranja durante todo o seu mandato. E o melhor foi que não me aborreci com a descoberta. Apenas tive pena dele, por ele ter perdido um amigo, em quem podia confiar. Lamentei muito. Porque para mim ele não vale mais, nem merece mais minha amizade. Afinal quem perdeu foi ele. Porque o dinheiro que ele levou não era só meu. Aí dividi a cretinice entre todos nós, cidadãos. E não vou dizer quem foi o cara, pra você não ir cobrar dele. Mesmo porque você não deve fazer isso, senão vai embananar tudo.

Sempre que você se sentir traído ou enganado por alguém, pergunte: ele me enganou ou eu me enganei com ele? O importante é que você aprenda com o engano e preste mais atenção ao próximo. Mas faça isso sem erro de se tornar um cismado. Mas afaste-se de quem não merecer sua confiança. Senão você vai acabar se tornando um chato de galocha. E o importante é que você se sinta superior, sabendo separar o cumprimento da familiaridade. Com certeza, nunca mais me aproximarei do explorador que me usou como fantoche para roubar o meu e o seu dinheiro.

Fique frio, ou fria. Você não precisa ficar de olhos abertos o tempo todo. O importante é que aprenda na vida, com a vida, a encarar os trancos que poderão vir até mesmo de pessoas a que
m você, na sua ingenuidade, tanto respeitou. Então saia da ingenuidade e seja tanto esperto quanto experto. E isso só será possível com o aprendizado. O que implica aprender tanto com seus erros quanto com os erros dos outros. E quando aprendemos com eles não nos aborrecemos com eles. Ficamos e continuamos na mesma gangorra do aprendizado. Porque a vida é uma universidade do asfalto.

Está parecendo esquisito meu papo? Vai lhe parecer esquisito quando eu lhe disser de onde veio a ideia de falar sobre isso. Mas vamos deixar pra depois. Vou voltar à varanda e olhar para o que vi. Tenha um excelente dia. Pense nisso.

*Articulista

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