Opinião

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Do boneco do menino de ouro às tramoias de Teresa. Vamos à novas batalhas!

Luis Cláudio de Jesus Silva*

Estamos assistindo o ventríloquo Menino de Ouro fazer do “governador” Denarium seu boneco, enquanto Teresa, a prefeita das plantinhas e dos 20 anos de maquiagem, aproveita o período de pandemia para comprar sem licitação as terras de seu antigo aliado. Nossa política virou um teatro de bonecos, Teresa a boneca de Jucá e Denarium o boneco do Menino de Ouro, ambos, brincam com a saúde da população e em plena pandemia mostram que estão mais preocupados com a perpetuação de seus grupos no poder do que com o povo. Nunca viram nas pessoas uma prioridade e nem no exercício do poder uma possibilidade de melhorar a vida da população do nosso estado, da nossa cidade. Dois fatos servem para ilustrar minhas conclusões e podem facilmente demonstrar o menosprezo que eles têm por nós, o povo.

Foi só o Menino de Ouro tomar o poder de Denarium que, como num passe de mágica, “tudo se resolveu”. Passamos a viver num paraíso, com oferta de ajuda e socorro vinda de todos os lados. Tudo registrado pelo Menino de Ouro com seu candidato a prefeito à tiracolo, verdadeiro papagaio de pirata, disputando os flashes da imprensa ou as lives com o boneco do ventríloquo. Se o poderoso Menino de Ouro ou seu boneco tivessem preocupado com a saúde ou a vida dos roraimenses, essa ajuda teria chegado bem antes das duas centenas de mortos.

Por outro lado a prefeitinha, quase perfeita, ao invés de concentrar esforços e recursos nas ações para salvar vidas, preferiu gastar 2,8 milhões na compras de terras de uma das crias de seu grupo político, enquanto mantem escondido seu candidato à prefeito, que para mim será seu eterno mentor, o réu na Operação Lava Jato e figura defenestrada da política na última eleição, o ex-poderoso senador… enquanto isso, estamos no pico da pandemia e sequer sabemos quem é o secretário municipal de saúde, isso explica a forma centralizadora da gestão de Teresa e sua falta de alternativas para as eleições. Em qualquer caso, o povo que se vire, nunca fomos a prioridade e nunca estiveram preocupados com nossa saúde ou com nossas vidas. Para esse bando, enriquecer para se manter no poder sempre foi o mais importante.  

Mudando de assunto, por exigência da legislação eleitoral, devo interromper a publicação de artigos. Este é o 57º artigo que escrevo nesse espaço. Quando recebi o convite, logo vi que estava diante de um grande desafio e, como sempre pautei minha vida em enfrentar os desafio com seriedade e compromisso, sabendo que teria que fazer valer a confiança em mim depositada, logo defini que usaria este espaço para provocar reflexões e fazer com que os leitores tivessem uma alternativa de interpretação dos acontecimentos, que pudesse pensar além do senso comum. Foram longos 13 meses, em que todas as quintas-feiras, aqui deixei um pouco do meu pensamento, das minhas opiniões. Agradeço imensamente a oportunidade que me foi dada pelo professor Dr. Getúlio e Paula Cruz. Registro meus agradecimentos pelo apoio, paciência e correções da minha amiga Cyneida Correia e do Edilson Rodrigues e, a todos aqueles que direta ou indiretamente me deram sugestões, elogios e críticas.

Escrever sobre gestão pública me fez perceber o quanto somos vulneráveis nas mãos de maus políticos. Pude concluir que essa pandemia tem nos cobrado um alto preço por nossas escolhas erradas, pela consciência comprada e pelo voto vendido. Pude observar o quanto fomos infelizes em eleger governantes e legisladores fracos, mal intencionados, incompetentes e incapazes de entender a dor e o sofrimento do povo ou de propor políticas públicas que atendam aos anseios da nossa sociedade. Onde estão os caros e submissos vereadores da Teresa? Esse mar de lama, omissões e descasos me levaram a concluir que não podemos nos acovardar, mesmo diante daqueles que tentam nos calar por meio de ameaças em processos judiciais, como fizeram algumas procuradoras de justiça do omisso Ministério Público de Roraima, e seus respectivos esposos.

Somente nos indignar tornou-se pouco, temos que mostrar que somos melhores e devemos tirá-los da política e dos espaços de poder, local onde nunca deveriam ter chegado. Luther King já disse que “o que preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… o que me preocupa é o silêncio dos bons”. Tudo isso fez crescer em mim a disposição de contribuir para construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a política seja reconhecida como um meio de melhorar a vida das pessoas e não somente um antro de corrupção. Hoje sei que quando os cidadãos de bem se afastam da política deixamos o caminho livre para os maus, e também sei que não se chega a lugares diferentes usando velhos caminhos. Portanto, se quisermos mudar algo devemos estar dispostos a enfrentar novos desafios. Por tudo isso e por transparência e lealdade, informou que coloco meu nome como pré-candidato a vereador nas próximas eleições.

Espero retornar com as publicações semanais neste espaço, após o período eleitoral. Até lá, devo continuar emitindo minha opinião no meu site na internet: www.professorluisclaudio.com.br. Vamos à luta e muito obrigado.

*Professor universitário, Doutor em Administração.

Pandemia – A saída para a economia vem do campo

Sílvio de Carvalho*

Desde os primórdios do mundo o homem procura na natureza a sobrevivência para se alimentar, morar e curar as doenças. Somos, por DNA, seres inquietos e buscamos na Mãe Natureza a convivência digna e inteligente. O campo sempre foi o nosso Pai para descortinar os problemas econômicos e, por isso, é incansável o desejo de produzir sem agredir a fauna e a flora. Sabemos que é de lá, do campo, que temos a convicção que a esperança por dias melhores vai florescer. A corrida para a produção sustentável, em larga escala, responsável e com uso da tecnologia correta, pode tirar o Brasil dos problemas econômicos que fizeram o país mergulhar na pandemia do Covid-19. Para tanto, políticas sérias devem ser adotadas agora neste momento de pandemia, para que quando isso começar a passar termos o agronegócio fortalecido.

O Plano Safra 2020/2021 lançado pelo Governo Federal é um dos grandes passos rumo a essa conquista, pois acreditamos que essa recuperação pós-pandêmica vem do campo forte e produtivo, com gente feliz e pronta para arregaçar as mangas no trabalho de fomento e resultados. Os R$ 236 Bi de reais destinados ao setor, mostram a boa vontade do Governo Federal vislumbrando essa recuperação. O Plano atende várias sugestões apresentadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na qual a Federação da Agricultura do Estado de Roraima faz parte, participando também a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as diversas instituições que representam o agronegócio brasileiro.

Todos os anos captamos os maiores anseios e demandas dos produtores rurais. Esse ano, mais do que nunca, precisamos de um plano robusto para fortalecer o setor frente aos problemas do coronavírus. Dos pontos prioritários do documento, destaca-se especialmente aqueles que têm como objetivo reduzir a taxa de juros, ampliar as fontes de financiamento para o setor e avançar nas políticas de gestão de riscos.

A nível estadual a Federação da Agricultura de Roraima (Faerr) reconhece o empenho e a responsabilidade do Governo do Estado para o desenvolv
imento do agronegócio que envolve os produtores rurais em nível empresarial, familiar e das comunidades indígenas. Como produção de grãos, gado de corte e leite e a piscicultura. Como exemplo, o Plano Estadual de Fruticultura, com o apoio da FAERR, sob a coordenação da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) já para pensar no futuro da exportação e da comercialização das frutas roraimenses.

A alavancagem está na produção e exportação do melão produzido. Ainda para destacar a produção de laranja e limão com produção de 732 hectares e resultado de 14 toneladas por ano. Sem falar nos empregos gerados a 300 famílias. Outras frutas em destaque são abacaxi, banana e melancia. A responsabilidade por dias melhores levou o Governo a estabelecer segurança sanitária, trabalho promovido junto ao Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), onde angariou recursos para montar barreiras sanitárias contra as pestes, a exemplo da mosca da carambola.

Outra grande oportunidade de negócio para Roraima e os produtores rurais será, certamente, o mercado com Guiana – o que vai ajudar nas exportações com a implantação da logística adequada e eficiente. Somos produtores e como tais precisamos ter as condições para escoar a produção.

O ano de 2020 não começou bem, mas sabemos que as dificuldades serão vencidas e cada homem e mulher do campo, cooperativas, governo, juntamente com todas as instituições envolvidas com o Agronegócio, farão a parte que lhes cabe, trabalhar muito para sair dessa pandemia com o campo mais fortalecido, gerando mais oportunidade, trabalho e com esperança de dias melhores.

Por isso, acreditamos que a solução para o grande problema econômico instalado venha do agronegócio, com toda a força motriz que nos moveu até aqui e, sem dúvida, nos levará para outro patamar econômico mundial. Afinal somos Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo. A crise vai passar e vamos sair dela mais fortalecidos.

*Presidente dos Sistemas Faerr/Senar (Federação da Agricultura e Pecuária de Roraima; Serviço Nacional de Aprendizagem Rural); Sistema OCB/RR (Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras em Roraima). Produtor Rural.

O poder da mente

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Os homens pensam que possuem uma mente, mas é a mente que os possui.” (Bob Marley)

Se você pensa que tem poder sobre sua mente, acorde. Quando você cai da gangorra é porque não soube pensar em como se segurar. Sua mente nunca deixa você cair. Você cai porque não sabe usá-la. É simples pra dedéu. Sempre que você está de bem com sua mente, tudo dá certo pra você. O contrário acontece quando você pensa que é o dono de sua mente. Aí fica mandando recados tolos para o seu subconsciente e ele faz exatamente o que você quer e merece. E é só isso. E comece não pensando que estou querendo ser seu orientador. Estou só conversando com você.

Lembrei-me desse papo ainda há pouco. Sem querer, li essa preciosidade escrita pelo Pitágoras: “Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos.” E como não estou tendo mais paciência de ouvir as notícias pela televisão, imaginei como estamos atrasados na educação. E nada contra a televisão. O que quero dizer é que as notícias continuam fora de forma, como no início de tudo. Continuamos os mesmos trogloditas da era do último dilúvio. E não estou exagerando. Estou dizendo o quanto estou preocupado com o futuro dos nossos descendentes. Que mundo irão ter os netos dos nossos netos? Não sou capaz de imaginar.

Não faz tanto tempo que foi criada uma lei que determinava que as escolas não deveriam mais, reprovar os alunos, mesmo que eles não conseguissem a aprovação nos exames. Ou estou enganado? E o que tivemos de crianças saindo das escolas, aprovados e sem saberem escrever nem ler, não estava no gibi. Já tivemos um governador de Estado, que nos disse, numa reunião, que para ensinar essas crianças no interior, o professor basta saber ler e escrever. Reflita sobre isso.

Alguém já disse que “O estado não cuida da educação porque a educação derruba o estado.” E é isso aí. O que vemos de despreparo nos nossos políticos reflete o resultado de uma educação despencando há séculos. Mas não se apoquente. Simplesmente faça sua parte. Eduque seu filho. Não é fantasia quando dizemos que a educação começa no berço. Ainda há pouco vi um dos maiores exemplo de como não educar. A maneira como aquela mulher tratou a criança, ali nos balanços da praça. Aí me lembrei do velho amigo Moisés Hause, (Assim mesmo, com a) “O bom exemplo é e sempre será a melhor didática.”

Não tente educar seu filho com palmadas, gritos nem palavrões. E o carinho deve ser comedido, para evitar espalhafatos que geralmente são repudiados pelo cérebro em evolução. Vamos cuidar do mundo no futuro dos nossos descendentes, fazendo o que devemos fazer. Pense nisso.

*Articulista

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