Opinião

OPINIAO 10481

A ÚLTIMA TARDE

Walber Aguiar*

É tão estranho, os bons morrem jovens

Renato Russo

Era um dia como outro qualquer. Talvez nem fosse. Um urso polar no Saara, um camelo noÁrtico. Tudo tão estranho. Ali, naquela tarde, a vida desenrolava-se feito carretel de linha demenino, totalmente esticada, com a vontade de atingir o inatingível. Ali declamávamos a vida,nos deixávamos fascinar com a grandeza do poente, fotografado por nossas retinasquimericamente fatigadas.Era uma tarde quente, na verdade. Muito quente. Nos encontrávamos todos, eu, ele e todos os

que a ele pertenciam e eram pertencidos. Os gêmeos lindos, Sony Ferseck, sua mulher poeta,com Amora, a fruta mais deliciosamente inquietante que um dia tocamos. Também Déboraestava lá, com seus olhos profundos e cheios de todo mistério. Ali estava o dono doestabelecimento da praia da polar, seu Manel, que o saudava de forma simples e reverente.

Devair era um homem grande, cheio de estatura e grandeza de ser. Era um jovem senhor, umesteta, um cultuador do belo, do simples, do singular e do inusitado. De repente estávamos nabeira d’água, sob o guarda sol da grandeza, do delírio e da esperança. Sim, do delírio, daintensidade quimérica, do desejo de que a vida nos desse asas e nos transformasse numaespécie de Ícaro, a fim de que voássemos por sobre todos os problemas do existir. Dosproblemas que tentavam diminuir, apequenar a vida. Mas, mesmo com as asas cortadas pelador da injustiça, do ódio e do esmagamento da felicidade, conseguíamos planar por sobre aexuberância das flores, da arte de falar bem e de escrever sonhos com tinta sangue.

Ali, na praia da Polar, caminhávamos serenemente com um pássaro no bolso e a imensidão noolhar. Ele fotografava com os olhos e me mostrava o crepúsculo dos deuses e o resfolegar dagrandeza, ainda que a dor de ser nos arrancasse os cabelos do belo e nos tentasse enfurnarnas masmorras da angústia e do trágico. Depois veio Jama, uma beleza selvagem, umasinceridade no olhar. Nosso diálogo era uma brincadeira de roda, uma parixara existencial,uma tentativa de mensurar o amor, o sonho, a ternura da poesia, um Deus estranhamentedelicioso.

Estávamos ali, sob o olhar traquino de Macunaima, sob a ingenuidade e a inocência do existir.Éramos parte da água, da areia, do barro, da árvore da vida, cura para os povos.Meu menino grande mergulhou nas palavras e emergiu na canção de Belchior, nas léguastiranas que muitas vezes não conseguiu andar, ou que se arrastou na tentativa de alcançar oinalcançável, de atingir o inatingível.Vai, meu irmão, vai meu querido mestre, meu orientador de vida. Um dia nos encontraremossob as ingaranas do infinito. E ali não haverá nem morte, nem choro, nem dor. Onde o maissimples, finalmente, será visto como o mais importante.

Vá em paz, deixando teu exemplo. Por aqui ficaremos com a saudade e com tua grandeza de existir.

*Advogado, poeta, historiador, professor de filosofia e membro da Academia Roraimense de

E-mail [email protected] tel. 99144-9150

 

CHEGA DE COMUNISMO

Marlene de Andrade*

Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus. (Gálatas 5:19-21).

Espero que o professor e pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Dr. Milton Ribeiro, atual Ministro da Educação, o qual é Doutor em Educação/USP, Mestre em Direito/UPM, Teólogo e Membro da Comissão de Ética da Presidência da República desde maio de 2019, modifique com urgência, a grade curricular das escolas de nível fundamental, médio e superior e proíba aos professores de usar o tempo que lhes são concedidos, para doutrinar e idiotizar os alunos, defendendo o comunismo, o qual nunca deu certo em país algum. Tomara que o novo Ministro da Educação, desaparelhe urgentemente, o MEC, entupido de funcionários de esquerda.

Há de ficar bem claro, que estou feliz pela escolha do Dr. Milton Ribeiro, por ele ser membro da Igreja Presbiteriana, da qual também faço parte, mas principalmente, por ele ser um cristão reformado e seguidor de uma doutrina cristã histórica de quase 500 anos.

Nada tenho nada contra alguém que segue linhas doutrinárias, do ponto de vista religioso, diferente das minhas, a não ser que sejam bandidos e aproveitadores da inocência dos fiéis. Tanto isso é verdade, que muito admiro o Padre Paulo Ricardo, o qual é um grande defensor dos bons costumes judaico-cristãos.

Karl Marx era muito conturbado e vivia à custa dos pais e dos pais da esposa. Esse comunista era um beberrão, mulherengo e teve a coragem de engravidar a empregada, uma mulher pobre, e depois abandonou o filho bastardo, sem nenhum arrependimento.

Além disso, duas filhas de Karl Marx se suicidaram, sendo que o marido de uma delas também se suicidou e quatro dos seus oito filhos, morreram de fome, porque esse fanfarrão pegava o dinheiro dos pais e dos pais da esposa e gastava nas farras, das quais ele gostava de participar, acompanhado do amigão Engels. É isso que é comunismo?

Sendo assim, um homem desse estilo não pode ser modelo para ninguém e por isso volto a repetir, espero que o Dr. Milton Ribeiro modifique a grade curricular, garantindo aos alunos um aprendizado que os leve a gostar de estudar, a fim de não se tornarem analfabetos funcionais e “idiotas úteis” da ideologia comunista venezuelana e entre outras cubana.

*Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT

CRM-RR 339 RQE 431