Opinião

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QUEBRANDO O SILÊNCIO 2020 – AMOR QUE MATA

Dolane Patrícia* e Mary Oliveira*

De todas as campanhas que participei, ‘Quebrando o Silêncio’, é a que mais me fascina!

A campanha se desenvolve durante todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado do mês de agosto. Este é o “Dia de ênfase contra o abuso e a violência”, quando ocorrem carreata, fóruns, eventos de educação contra a violência e manifestações na América do Sul.

A cada ano um tema é escolhido para ser discutido e abordado com propósito de conscientizar a comunidade, denunciar abusadores e ajudar as vítimas. O tema de 2020 é a violência doméstica – AMOR QUE MATA.A campanha possui revistas nas versões adulto e infantil e serão distribuídas inteiramente grátis, além da ajuda gratuita de psicólogos, assistentes sociais, dentre outros profissionais, através do projeto Ouvido Amigo, idealizado e coordenado por Euciany Saraiva líder do Ministério da Mulher, na AAmaR – Associação Amazonas Roraima.

Esse ano, o Ministério da Mulher está em parceria com a OAB-RR, o Tribunal de Justiça–TJRR (Juizado da Violência Doméstica), Ministério Público e a ADRA Roraima. Esse ano a ADRA-RR, coordenada por Arlindo Kerfler, também estará dando total apoio a campanha, o que a tornará ainda mais ampla. 

A campanha Quebrando o Silêncio conta ainda, com o apoio da renomada Médica Dermatologista Dra Ana Paula Vitti.Se você também quiser ser um parceiro e ajudar nessa Campanha, entre em contato através do telefone 99111-3740.Caso você necessite de palestra em sua iInstituição, ou ainda, se precisar do apoio do projeto Ouvido Amigo, entre em contato pelo telefone acima mencionado.

De acordo com Euciany Saraiva, Coordenadora do projeto em Manaus e Boa Vista, Quebrando o Silêncio, é uma campanha que já existe há 12 anos e tem por objetivo promover ações contra a violência na família, escola e comunidade.Ainda segundo Euciany, “a campanha visa conscientizar a população em geral, em particular que devemos proporcionar um ambiente seguro para todas as pessoas, ajudando a combater este grande índice de violência.”

O foco do projeto Quebrando o Silêncio é promover a paz para um mundo melhor por meio da distribuição desses panfletos, revistas e palestras, formando um padrão cultural de que a violência é inaceitável em quaisquer formas.

Esse ano a campanha inova com união do projeto Ouvido Amigo, pois, um ambiente acolhedor, receptivo e, acima de tudo humano, pode ajudá-lo a superar as consequências da violência, da dor, ou de um passado de maus-tratos, mesmos os puramente psicológicos.

Você pode fazer a diferença, abrindo caminho para a superação, ajudar uma pessoa vítima da violência a dar a volta por cima. O primeiro passo é quebrar o silêncio, procurar ajuda, instituições como o Chame, o Juizado da Violência Doméstica, a Defensoria Pública, a delegacia da mulher, dentre outras.

Precisa haver uma conscientização geral, uma mobilização da sociedade. E mais do que tudo, está na hora de quebrar o silêncio, falar sobre o tema e incentivar as pessoas a buscar ajuda. É preciso conscientizar que só é amor quando há companheirismo e respeito.

Vamos todos juntos, evitar que o descontrole e a violência destruam o sonho do “Felizes para sempre”.

Junte-se a nós na Campanha Quebrando o Silêncio 2020, ajude uma vítima da violência a dar a volta por cima, pois: “A vida é como um livro, cada dia uma página, a cada hora um novo texto. Um novo dia, é como uma página em branco na sua vida, escreva apenas o que vale a pena!” (sic)

*Advogada, Juíza Arbitral, escritora, apresentadora de TV, Analista de Perfil Comportamental, Coaching Integral Sistêmico, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, Pós Graduada em Direito Processual Civil e Direito de Família. Personalidade Brasileira e Personalidade da Amazônia. Site: dolanepatricia.com.br. Aplicativo: Dolane Patrícia. #dolanepatricia

**Pedagoga, Psicopedagoga EEA e Terapeuta Familiar.

O PAPEL DA SAÚDE ÚNICA FRENTE A PANDEMIA

Willian Barbosa Sales*

 

No atual contexto em que estamos vivendo, somos bombardeados por uma infinidade de informações, muitas delas são capazes de despertar reflexos intrínsecos de inquietude com nosso “eu interior”, e sobre nossas relações com o universo a nossa volta. Perguntas surgem em nossos pensamentos como por exemplo: como manter a pluralidade com o cosmos onde estamos inseridos? Como encontrar a homeostase necessária para o ideal convívio entre todas as formas de vida existente em nosso planeta? Como evitar que sejamos dizimados por outras pandemias por não perceber que não estamos sozinhos nesse planeta?

A respostas para todas essas perguntas podem ser encontradas ou melhor analisadas sob a luz da “One Health”, expressão conhecida a nível global, que em nosso país tem se fortalecido como Saúde Única. Mas o que significa o termo “One Health” ou Saúde Única? Esse termo reconhece, afirma e acredita em uma interconexão fundamental que existe entre todas as formas de vida, ou seja, entre seres humanos, animais e o meio ambiente que os rodeia. A saúde humana, animal e ambiental é indissociável, a existência dessa tríade forma a Saúde Única, a homeostase entre as ações existentes entre cada uma são essenciais para garantir o futuro saudável e sustentável do equilíbrio e vida em nosso Planeta Terra.

Estamos passando por um momento único no mundo moderno que possui como gatilho a doença do novo coronavírus (COVID-19), causada pelo vírus SARS-CoV-2 de origem zoonótica, ou seja, patologia que pode sem vinculada aos seres humanos por animais. Por quantas zoonoses passamos ao longo da nossa história? Será que não aprendemos nada? Acredito que aprendemos muito com o avançar de toda nossa bagagem científica desenvolvida pela epidemiologia, saúde pública, patologia e todas as outras ciências correlatas. O que não aprendemos, estamos protagonizando agora no mundo moderno, ou seja, essa doença possui características únicas de origem homem-animal-meio ambiente, sua rápida explosão ocorreu pela elevada interconectividade humana, mobilidade e comércio global.

Ser protagonista dessa parte da história, só chancela a necessidade de uma abordagem de cunho efetivo em Saúde Única. A interface existente entre homem-animal-meio ambiente, está sendo reconhecida internacionalmente como uma tendência efetiva para o gerenciamento de doenças emergentes e novas pandemias de origem zoonótica.

Precisamos estabelecer mecanismos e processos eficazes de colaboração para o enfrentamento de possíveis ameaças, ou seja, precisamos pensar único, precisamos viver em Saúde Única. Somente tornando esse conceito elegível, conseguiremos formar esforços de alta capacidade, para lidar e implementar a abordagem da Saúde Única no futuro, e assim conseguir as respostas esperadas para futuros incertos à espreita.

*Biólogo, doutor em Saúde e Meio Ambiente, coordenador dos cursos de Pós-graduação da área da saúde do Centro Universitário Internacional Uninter

PAIRANDO NO VOO

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Quando ela canta me lembra um pássar
o. Não um pássaro cantando, mas um pássaro voando.” (Ferreira Goulart. Em homenagem a Nara Leão)

É assim que me sinto quando ouço boa música. O que anda meio difícil, ultimamente. Acho que estamos voando na tempestade da evolução, sem saber evoluir. A “sofrência” anda fazendo mal. E isso não porque ela seja sofrência, mas pelo descaso que lhe dão.  Saudade não é sofrência. Mas vamos deixar isso de lado e vamos nos cuidar. Precisamos de muita calma. E não a encontraremos onde não houver qualidade no que fazemos. Então vamos fazer o melhor no que fazemos. Simples pra dedéu. Semana passada, senti muito pelo falecimento do meu amigo Cardoso. Foi uma perda, de fato. E ele nos trouxe muita harmonia no seu trabalho encantador. Ele está numa ausência que não é ausência nem distância. Por isso, vai daqui meu abração pra você, amigão de sempre.

Voltemos à música. Sempre que ligo minha seleção de músicas, pela manhã, me sinto bem durante o dia. São clássicos e populares que estão se tornando clássicos pela sua qualidade. E não podemos sentir emoção sem o aperfeiçoamento da mente. E não podemos aperfeiçoar nossas mentes sem qualidade. Você não imagina o que estou sentindo, neste momento, ouvindo uma seleção de clássicos. Tente analisar seus sentimentos, ouvindo músicas suaves. Mas comece não perdendo tempo com dúvidas sobre a qualidade. Apenas sinta-a penetrando na sua mente, como um calmante espiritual.

Eu ainda era criança, quando em frente à porta de minha cara tinha um alto falante preso a um poste. O que era comum nas estações de rádio, na época. Elas colocavam os alto falantes nas ruas para divulgarem as notícias e, certamente, as músicas. E todos os dias eu acordava ao som de clássicos. E sempre às seis da manhã. Minha mãe adorava, porque não precisava nos acordar para ir para a escola. Não sei se ela adorava a música clássica, mas estava sempre as cantarolando, enquanto lavava a louça e a roupa. Legal pra dedéu.

Mas voltemos a falar sério. Vamos dar uma treguazinha no nosso arrufo cultural. Se é que estamos evoluindo culturalmente. Sei não. Novamente estou necessitando, mas sem coragem, de lhe dizer o que o Barão de Itararé disse sobre a influência da televisão nessa gangorra. A fala do cara é meio pesada e vai aborrecer muitos comunicadores. Então vamos mudar de rumo. Vamos nos divertir. E ainda há pouco estive me lembrando de amigos como o Jorge Macedo, o Plínio Vicente, e tantos outros que, de uma maneira ou de outra, contribuíram, e muito, para essa reflexão. E você nem imagina o que acabo de ouvir ali na rua. Pense nisso.

*Articulista

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