Opinião

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UMA NOVA LENTE PARA A AMAZÔNIA

Hamilton Mourão*

Hoje comemoramos o Dia da Amazônia.Nesta data, eu os convido a olhar a Amazônia com uma nova lente, a do Século XXI,capaz de superar as antigas narrativas, que não têm mais espaço na atualidade. No mundo 4.0 podemos colocar prosperidade e conservação na mesma linha. Preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico são objetivos complementares e não mais excludentes.

Em conjunto com os nossos irmãos brasileiros que lá vivem, vamos desmitificar a Amazônia e olhá-la como ela realmente é. É justo que a riqueza da Floresta Amazônica também signifique riqueza para a região e suas comunidades locais, que na maioria das vezes se encontram desassistidas e em situação precária. Ressalto a ausência do Estado, caracterizada por uma infraestrutura precária, serviços públicos insuficientes e projetos sem consistência.

Vamos olhar a Amazônia com a lente transparente e correta e não mais com aquela distorcida e embaçada que outrora nos entregaram. A riqueza natural que lá existe tem grande potencial para salvar vidas, proporcionar segurança alimentar,inclusão social e geração de renda e emprego ao seu povo. E o melhor de tudo, isso é possível sem destruir o meio ambiente. Podemos obter os benefícios dessas conquistas e ao mesmo tempo continuar sendo a Nação que mais protege e preserva a sua vegetação nativa, com uma legislação ambiental rigorosa e moderna.

Neste 5 de setembro celebramos o Dia da Amazônia, pois foi nos idos de 1850 que D. Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas. Um dia depois, o Imperador sancionou a Lei nº 586, que abriu o opulento rio Amazonas para a navegação a vapor. Um importante avanço para a região que integrou a distante e até então isolada região Norte ao restante do País, levando desenvolvimento econômico e social. Modernidade e progresso estavam na ordem do dia do governo imperial.

Hoje, modernidade, progresso, integração e inclusão social estão novamente na agenda do governo – agora República Federativa do Brasil – para a região amazônica.Sob a lente do Século XXI acrescentamos um novo elemento à lista: a sustentabilidade. E com ela surge também a bioeconomia, representando esse olhar moderno para o futuro sustentável da Amazônia e do Brasil como forma de empregar a riqueza da biodiversidade, em uma relação de benefício mútuo para a natureza e o homem.

Uma nova lente não impede de ser enxergado o que antes era visto, não traz cegueira aos problemas e desafios existentes na região amazônica, com o desmatamento, queimadas, ilícitos e crimes ambientais. Pelo contrário, ela corrige o foco e aumenta o campo de visão permitindo que também seja visto o que estava encoberto pela catarata provocada por interesses diversos e adversos e pelo medo de que a descoberta da potência e potencialidades da nossa cobiçada Floresta tornem o jovem Brasil ainda mais moderno e competitivo.

Estamos falando de matriz energética limpa e eficiente; agricultura sustentável e competitiva; riquezas minerais; regularização fundiária; bioeconomia e geração de emprego e renda associadas a uma nova política pública para a região, com presença do Estado em todos os rincões da Amazônia e maior efetividade no combate a crimes ambientais e outros ilícitos.

Falamos em prover soberania, cidadania, dignidade, trabalho e livre iniciativa, alguns dos fundamentos da República Federativa do Brasil presentes no Art. 1º da Constituição Federal de 1988.

Visões distorcidas, na maioria das vezes criadas e difundidas por personagens que sequer conhecem a realidade da região amazônica, que nunca pisaram naquela belae próspera terra, são incansavelmente repetidas sob uma ótica caolha, com o olhar viciado, voltado somente para uma direção, reduzindo a Amazônia a uma pequenez que não condiz com a sua envergadura.

Tudo na Amazônia é grandioso: as suas dimensões, a sua biodiversidade, as suas riquezas naturais, o seu rio, os seus desafios e as suas potencialidades. São 5.2 milhões de km2 que representam cerca de 60% do território brasileiro e que abrigam mais de 25 milhões de pessoas.

É importante que todos os brasileiros, e também os nossos parceiros estrangeiros,tenham conhecimento da imensidão e complexidade da região amazônica e estejam abertos a ouvir as propostas do governo Federal e a manter um diálogo transparente e democrático capaz de unir ideias, esforços e iniciativas sob a ótica deste século,que carrega consigo o objetivo comum da sustentabilidade.

Além das questões tradicionais, como desmatamento e queimadas ilegais, as quais vêm sendo sistematicamente combatidas por ações desenvolvidas pelo governo Federal, e que já apontam tendência de queda, é mais do que necessário que os olhares também se voltem para as modernas técnicas de exploração da Floresta utilizando-se a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação.

Avancemos, todos nós, amazonenses e demais brasileiros, na preservação, na proteção e no desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal e tornemos o Brasil a potência que ele nasceu para ser!

A lente do governo Bolsonaro está do lado da Amazônia e de seu povo.

*Vice-presidente da República

SUPORTEMOS UNS AOS OUTROS

Debhora Gondim*

Estava fazendo uma reflexão sobre a vida e me veio um questionamento: “Qual palavra tem marcado a humanidade?” E a resposta que me veio não foi nenhuma qualidade e sim, um defeito, presente até no meio cristão, a intolerância.  Esta característica se opõe a palavra tolerância, que vem do latim ‘tolerare’ que significa ‘suportar’.

Não temos sido suporte na vida uns dos outros. Estamos mais preocupados em julgar e condenar do que compreender a história do outro e ajudar a Levantar o caído. Não temos proporcionado o caminho para o arrependimento baseado na Palavra de Deus e na ação do Espírito Santo. A Bíblia em 1 Tessalonicenses 5:14 nos exorta para sermos tolerantes com o próximo, pois nós também temos nossos pecados.

Lembrei que a personificação do amor caminhou entre a humanidade, Jesus, e que nos deixou dois mandamentos principais e, um deles diz que devo amar o próximo como a mim mesmo. O que me levou a Coríntios 13, no final do versículo 7 que diz que o amor tudo suporta. Ou seja, devemos ser tolerantes, ser suporte na vida das pessoas, mesmo em meio aos seus pecados.

Isto não significa que temos que concordar com suas atitudes, significa que nosso dever é amar. Sermos humildes e nos colocar no nosso lugar de humanos imperfeitos que são coparticipantes do evangelho, que não são a fonte que criou e a disponibiliza, mas sim a ponte para a humanidade conhecer este evangelho e a graça derramada por Jesus na cruz. 

 É a falta de tolerância que tem feito a igreja ser um prato que retine e um sino que ressoa. Tem feito muito barulho, mas não tem saído melodia disso. Não tem Cristo habitando em si e como consequência não tem absorvido suas características. Não tem levado ninguém a uma conversão genuína. Pois não tem amado e tolerado. Nem de perto tem imitado a Cristo.

 Em romanos 2:1-6, deixa claro que Jesus é tolerante. Ao longo de toda a Bíblia vemos um Deus tolerante. Ele chamou Abraão mesmo ele adorando outros deuses; Ele considerou Davi segundo O seu coração mesmo ele tendo sido um homicida e adúltero em algum momento de sua vida; chamou Mateus para segui-lo mesmo ele sendo corrupto; demonstrou perdão a mulher adúltera que seria apedrejada; amou a
mulher que encontrou no poço mesmo ela sendo samaritana (os judeus eram xenofóbicos com este povo). São tantos episódios de Jesus sendo tolerante que não dá para ser relatado em poucas palavras.

 A Graça salvadora de Jesus agiu através do amor e da tolerância na vida de todas as pessoas relatadas na Bíblia, as levando ao arrependimento e salvação. Não vai ser gritando para o mundo: “vou excluir fulano por ser de esquerda”; “Quando alguém faz algo que eu não gosto ela vira invisível para mim”; “quando encontro fulano atravesso a rua”; “não quero conviver com homossexuais”; “sou a favor da pena de morte”; “não quero nem ouvir fulano, pois não crê como eu”;  E nem se portando diante de um drogado ou uma prostituta como se fosse superior. Desta forma nós não levaremos as pessoas a conhecerem Jesus e seus ensinamentos. Afinal, vamos demonstrar que nem nós O conhecemos.

 Enfim, amemos e suportemos uns os outros. Mas não tente fazer o trabalho do Espírito Santo. Afinal, é Ele quem convence o homem do pecado e do juízo e Ele é quem efetua tanto o querer como o fazer na vida do homem. (Filipenses 2:13) Nosso dever é levar a Palavra da Verdade que guia a viver de forma correta, apresentando o único caminho e vida que Jesus Cristo.

*Teóloga e Professora

ESCOLAS OU PRESÍDIOS?

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Devemos construir mais escoas para não termos que construir mais presídios.” (Napoleão Bonaparte)

Por nunca termos dados atenção à sugestão, acabamos naufragando, atolados no lamaçal do descontrole social em que nos encontramos. E o pior é que não temos saída. E porque construir mais escolas e presídios não significa construir mais prédios. É muito mais complicado e exige competência administrativa.

Não é balela nem tolice dizer que sem educação não há democracia. E o nosso queridíssimo Rio de Janeiro está nos mostrando o que ainda não conseguimos ver. Eu ainda era criança quando li no rodapé do meu caderno, na escola, a seguinte frase que me inspira até hoje: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira.” O número de universidades que temos hoje talvez esteja prejudicando, tanto os que se formam quanto os que não se formam. Um assunto delicado e que requer reflexão. Então reflita sobre isso, focando sobre o problema atual, no crescimento do desemprego. Não duvide, porque isso está relacionado com o descontrole anacrônico sobre a educação. Simples pra dedéu.

Mas não vamos nos encucar. Vamos fazer nossa parte como ela deve ser feita. E vamos começar pela política. Porque enquanto não elegermos candidatos realmente preparados para a política, continuaremos confundindo-a com malandragem. Continuaremos elegendo palhaços e corruptos, para nos envergonharem. Sinta-se o cidadão que você deseja que seu filho veja em você. Porque a educação começa no lar. É com respeito que construímos a educação de que necessitamos para sermos cidadãos de fato e de direito. E isso só conseguiremos quando aprendermos a perceber que a educação de alguém o aprimorou como um ser social, mas não como um ser humano digno. Seja mais esperto. Vá com cuidado. Não se deixe enganar pelas aparências, e muito menos pelos blá-blá-blás próprios de políticos que não são políticos. Mas você precisa se amar.

Vamos ser brasileiros fazendo tudo para que tenhamos o Brasil que desejamos para nossos descendentes. E tudo está à nossa disposição. Todo o poder que necessitamos para melhorar nosso País está em cada um de nós. E tudo é muito simples. Comece sua tarefa já na próxima eleição. Não esqueça de que você é responsável pelo seu futuro. E que ninguém, além de você mesmo, ou mesma, tem o poder fazer isso por você. Pense no futuro de seus filhos, para fazer o melhor por eles. E inicie sua tarefa, na urna.

As coisas são fáceis quando não as complicamos. E podemos estar complicando, quando saímos às ruas, para gritar contra o que nós mesmos fizemos errado. Pense nisso.

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