Opinião

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O QUE ESPERAR DOS HÁBITOS DE BELEZA NO PÓS-PANDEMIA?

Fábio Yamamora

Longe de ser uma unanimidade entre neurocientistas, a teoria dos 21 dias defende que após 3 semanas repetindo a mesma atividade, esta se tornaria um hábito. O que se sabe é que após 5 meses de isolamento social, a indústria de cosméticos precisa levar em consideração que a pandemia representa uma modificação no padrão de comportamento dos consumidores e cabe às empresas abarcá-las. A dimensão da mudança – ou aceleração como alguns preferem acreditar – ainda é incerta, mas já é possível considerar alguns hábitos de beleza do pós-pandemia.

A importância dos salões de beleza – A procura pelos salões de cabeleireiro assim que a reabertura parcial foi autorizada nos mostra que, com certeza, o profissional da beleza realiza um serviço essencial. Após meses improvisando cuidados com os cabelos em casa, as clientes valorizam ainda mais o conhecimento e técnica dos profissionais. Contudo, é preciso levar em consideração que é possível que mesmo após a pandemia, as pessoas optem por sair menos de casa. Assim, o espaçamento entre as visitas ao salão será maior.

Este novo hábito não precisa representar uma queda na receita, pelo contrário. Durante o isolamento muitos cabeleireiros utilizaram as redes sociais para ensinar como se cuidar em casa – isso mostra que este é um conhecimento valorizado. Por isso, a indústria cosmética precisa trabalhar junto aos profissionais da beleza para pensar em linhas de tratamento para o salão com opções de manutenção em casa que vão além do xampu e condicionador, mas produtos que revitalizem os procedimentos até próxima visita.

Evidências Científicas – Os meios de comunicação realizaram um trabalho importante colocando cientistas e profissionais da saúde para explicar e informar sobre os avanços e cuidados com a Covid-19. O fato é que a ciência – merecidamente – está em alta. Com isso, os consumidores estão valorizando mais o trabalho de especialistas que, inclusive, ganharam destaque nas redes sociais. Para a indústria, chegou a hora de investir mais em pesquisa, novos ativos, inovação e, além disso, compartilhar o trabalho de laboratório com os consumidores. O novo hábito de compra será bastante embasado em evidências.

Sustentabilidade – Outro desafio para indústria de cosméticos está em aliar a sustentabilidade em todos os processos de produção. A pandemia acelerou a conscientização dos clientes sobre o impacto dos hábitos de consumo no meio ambiente. Agora, antes de comprar muitos avaliam se a extração de princípios ativos não está envolvida em problemas ambientais, se são renováveis ou não. Além do coronavírus, os últimos anos foram marcados por crimes ambientais, queimadas, desequilíbrio de ecossistemas. Deste modo, é natural que a experiência molde os novos padrões de consumo.

A crise da COVID-19 provavelmente irá acelerar as tendências que já estavam moldando o mercado, como as compras via comércio eletrônico. Consumidores em todo o mundo estão mostrando por suas ações que ainda encontram conforto nos prazeres simples de um “domingo de autocuidado” ou em uma maquiagem e ajeitada no cabelo antes de uma videoconferência.

Mesmo antes da pandemia, a definição de beleza estava se tornando mais global, expansiva e entrelaçada com a sensação de bem-estar dos indivíduos. A crise da COVID-19 provavelmente não mudará essas tendências – e nisso há motivos para esperança.

*CEO da Yamá Cosméticos

PLANTE E COLHA

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Há os que plantam a alface para o prato de hoje, e os que plantam o carvalho para a sobra de amanhã.” (Rui Barbosa)

O que vivemos na colheita de hoje é fruto da semente que plantamos ontem. E a semente é poderosa. Então vamos ter cuidado com o que fazemos hoje para viver amanhã. Tenha um bom dia, um bom desenvolvimento no que você faz, e vá em frente, sempre. Não olhe para trás. Mire sempre no seu horizonte. É lá que está seu futuro. E seu futuro é você quem constrói.

Os contratempos da vida fazem parte da vida. Aprendemos tanto com os erros quanto com os acertos. Na verdade, acredito que aprendemos mais com os erros, desde que saibamos encará-los. E se você ainda não apendeu a se ver no seu espelho interior, treine. Porque é nele que nos vemos como realmente somos. Quando nos vemos de verdade, respeitamo-nos como seres humanos, membros de uma humanidade, na sua evolução racional. Sabemos que somos todos iguais nas diferenças. O que nos leva a respeitar as diferenças de cada um, como elemento de sua evolução.

Nunca se esqueça de dar bom dia ao seu dia. Mesmo que isso ainda lhe pareça tolice, reflita sobre isso e seja mais racional na sua evolução como ser humano. Somos todos da mesma origem. Viemos todos do mesmo universo, para onde todos voltarão. E tudo depende de cada um. Somos todos timoneiros no barco da vida. E como somos todos iguais, não dependemos de quem quer que seja para nos guiar. O que nos garante nossa superioridade embutida no respeito às diferenças.

Mas, tudo bem. Sei que você se conhece. Estou apenas dizendo o que penso sobre nós, seres humanos. Vivemos todos numa gangorra da vida. Cada um na sua. E por isso não vamos meter o bico na ração do próximo. Cada um na sua. E como dono, ou dona, da sua própria vida, viva-a como você deve vive-la hoje. Amanhã será outro dia e você irá colher o fruto da semente que plantou hoje. Simples pra dedéu.

A vida é simples. Nós é que a complicamos com nossos erros. Nunca se sinta inferior a alguém. Seu valor está em você. O Swami Vivecananda já nos disse, e continuarei a repeti-lo por aqui: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, e sim pela maneira de ele executá-la.” Mantenha sempre isso em sua mente. Não importa o que você executa, o que importa mesmo é como você a executa. Então faça sempre o melhor no que você faz. Assim você plantará, hoje, o carvalho para a sombra de amanhã. E como não estou falando pela boca e sim pelas pontas dos dedos num teclado negro, vou ficando por aqui. Tenha um bom dia e viva-o intensamente, para poder desfrutar os bons momentos, amanhã. Pense nisso.

*Articulista

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