Opinião

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OS POVOS TRADICIONAIS E O MEIO AMBIENTE

Sebastião Pereira do Nascimento*

“O homem civilizado quer o garimpo, a lavoura e a madeira, mas ele não pensa que é a natureza que oferece tudo isso pra ele, ele só pensa destruir. Mas amanhã vai fazer falta pra ele e pra todos nós”. Palavras da índia Macuxi, Vovó Bernaldina (in memória), falando para jovens indígenas no Centro de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol. Essa frase remete claramente o que os povos tradicionais pensam do meio ambiente.

Respaldado nisso, o decreto nº 6.040 de 07 de fevereiro de 2007, sancionado pelo governo brasileiro, ampliou o conceito de “populações tradicionais”, reconhecendo, além dos indígenas e quilombolas (já presentes na constituição de 1988), ribeirinhos, seringueiros, pantaneiros, ciganos, castanheiros (que colhem castanha do Pará), faxinenses (que plantam mate), geraizeiros (habitantes do sertão gerais), caiçaras (pescadores do mar), quebradeiras de coco de babaçu, dentre outros grupos que devem alcançar mais de cinco milhões de pessoas no país. Aqui, acrescentamos os agricultores familiares que são realmente quem produz o pão de cada dia do brasileiro.

Embora tarde, esse decreto veio considerar também a importância das populações tradicionais no tocante às políticas de conservação ambiental no país, trazendo um outro olhar dentro da relação dos povos tradicionais com as áreas de conservação. Essa nova postura, partiu da constatação de que as populações tradicionais vivem de forma sustentável, cujos hábitos culturais são benéficos para a manutenção do meio natural em que vivem. Portanto, uma eficiente política de conservação ambiental, deve passar pela participação desses grupos tradicionais

No Brasil, um país que abriga inúmeros povos tradicionais, investir nessas populações é antes de tudo uma obrigação por parte dos setores públicos, uma vez que essas populações trazem importantes conhecimentos culturais e científicos (como as práticas de manejo ambiental, conhecimentos de produtos alimentícios e medicinais, etc), além de inúmeros produtos naturais de interesses comerciais. No caso desses produtos, os mesmos vêm ganhando destaque no mercado mundial como grande potencial econômico, ao contrário dos governantes e da sociedade envolvente que veem esses povos como um entrave ao desenvolvimento do país. Com essa visão, o Brasil perde economicamente e perde em diversidade cultural.

Outras preocupações que sucedem atualmente no Brasil, manifestadas especialmente no âmbito do poder executivo federal, diz respeito à violação dos direitos humanos e a negação dos compromissos firmados em fóruns mundiais sobre o meio ambiente. Tais condutas, que permeiam pela política suja e sorrateira, como vimos na proposta de “passar a boiada” (levantada pelo ministro do Meio Ambiente), confrontam com a decência e com todos que atuam em favor das causas ambientais. Atitudes irresponsáveis que vêm gerando problemas de ordens diversas, onde logo percebemos que os esforços do Brasil que antes eram para conter o desmatamento e melhorar as condições de vida dos povos da floresta, agora são voltados para acirrar os conflitos sociais, enfraquecer os órgãos de controle ambiental e incentivar a destruição do meio ambiente.

Nesta linha, o garimpo desordenado, o frenesi do agronegócio e a ganância das madeireiras, são as práticas antrópicas que mais mutilam a natureza, através do uso excessivo dos agrotóxicos e metais pesados, assoreamento dos rios e igarapés, degradação da floresta e o fogo que tanto acarretam e perda da biodiversidade, além dos ataques aos povos tradicionais. Outras coincidências danosas que vêm dessas práticas é que sempre oferecem poucos benefícios sociais e elevam a concentração de renda.

Portanto, não temos de fato nenhum benefício mais pujante que essas práticas trazem à maioria da população brasileira. E enquanto isso, é vergonhoso ver imensas criações de gado e plantações ao lado de milhares de pessoas miseráveis e famintas; é preocupante ver inúmeros trabalhadores rurais envenenados por agrotóxicos; é deprimente ver pobres garimpeiros atacados pelas doenças e desvalidos de tudo; é humilhante ver operários de madeiras submetidos à condições degradantes; finalmente, é ultrajante ver os índios e outros povos da floresta massacrados e mortos por jagunços.

E o pior de tudo é que todas essas mazelas vêm sendo defendidas por muitos agentes governamentais, ao lado do presidente da república e seus adeptos, os quais não tratam apenas de incorporar medidas arguciosas e arbitrárias, mas também tentam convencer as pessoas de que tais medidas estão sendo empregadas em conformidades ética e moral. Por outro lado, se tudo caminhar como vem sendo apregoado, as condições ambientais brasileiras estão sujeitas à danos irreparáveis. O que compromete tanto a integridade moral do país como a gestão sustentada dos recursos naturais, e consequentemente as funções ecológicas, econômicas, sociais e culturais dos povos tradicionais do Brasil.

*Filósofo e Escritor

NARCISISMO SOCIOPATA 

Marlene de Andrade*

“…Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará…” (Mateus 24:10-12

Os precursores do anticristo estão chegando a terra numa velocidade incalculável.  Depois que Cristo veio ao mundo para trazer as Boas Novas, os asseclas de Satanás só vêm aumentando juntamente com pestilências, terremotos e catástrofes. Jesus previu tal fato. Corrupção? Cada vez maior. 

A abertura de igrejas vem ocorrendo de forma totalmente fora dos princípios cristãos. Hoje as pessoas se autodenominam “pastores e pastoras” sem nunca terem pisado num seminário. Elas abrem igrejas que pregam a teologia da prosperidade e igualdade, porém geralmente, os prósperos são pastores corruptos.  Claro que há exceções. 

Os roraimenses da década de 70 devem se lembrar da carnificina provocada por Jim Jones na Guiana Inglesa. Em 1978 ele promoveu o maior suicídio coletivo da história mundial, induzindo mais de 900 pessoas se suicidarem em Jonestown, na seita diabólica, a qual ele fundou nos Estados Unidos e a levou para a Guiana Inglesa. Nela crianças eram estupradas e os adultos martirizados, por esse “pastor” satânico, juntamente com seus capangas.  

Os psicopatas sabem tudo que estão fazendo, eles não deliram e nem alucinam, são capazes de cometer as maiores barbáries para satisfazer seus instintos malignos como foi o caso de David Brant o fundador da seita Meninos de Deus, Flordelis, “pastora” carioca e deputada federal/RJ  e entre outros, o referido Jim Jones.  

Assim como Flordelis, Jim Jones adotava crianças a fim de comandar pessoas totalmente idiotizadas. Outro fato impressionante, é que Jim Jones tinha relacionamento sexual com mulheres e homens de sua igreja, desrespeitando assim sua esposa. Segundo contam alguns historiadores, ele tinha tara sexual, a qual parece também ser as características de Flordelis, a qual gosta, de frequentar, casas de swing.  

A mãe desse falecido pastor americano achava que ele era o messias e seu pai além de ser alcoólatra era m
embro do KuKluxKlan/kkk, organização perseguidora de negros nos Estados Unidos. Desse jeito fica difícil criar uma criança mentalmente saudável. 

 

Esse falso “pastor” era comunista e antes de se suicidar já havia doado toda sua fortuna para o Partido Comunista Russo. Ele era americano e gostava de ler obras de Hitler, Karl Marx e Stalin. Como se pode perceber, as igrejas em geral, estão adoecidas devido ao caráter corrompido de alguns falsos “pastores”.   

*Médica especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT-AMB- CFM 

A MIRA NA EDUCAÇÃO

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos.” (Pitágoras)

É importante que nos vejamos como crianças diante da crise política em que o mundo continua nadando. E mais importante é que olhemos para nós mesmos, para melhorarmos. E mais importante é entender que a política é o esteio de segurança, na caminhada para a cidadania. Se queremos, ou não, sermos cidadãos com os direitos que nós mesmos devemos, e podemos, nos garantir. Inicie a tarefa consciente de que você tem todo o poder para construir o mundo que você deseja. E o mais importante é que você deseje. E seu desejo deve estar concentrado na responsabilidade com a formação dos seus filhos.

Inicie o trabalho, agora, refletindo sobre sua responsabilidade nas próximas eleições. Em quem você vai votar? Quais os critérios escolhidos para a escolha do seu candidato? Ele é político? Tem as características do político que necessitamos para nos representar na política? Vá refletindo sobre isso, antes de decidir que candidato você vai eleger, para construir o seu município. E não se esqueça de que o desenvolvimento do seu Município é a garantia do desenvolvimento, ou atraso, do seu Estado. E que essa responsabilidade está nas suas mãos, dirigidas pela sua mente guiada pelo seu raciocínio.

Você sempre raciocinará de acordo com sua educação. Não importa se a educação lhe fora dada na simplicidade do lar, ou no conforto da boa escola. Respeite-se como um ser humano responsável pelo seu desenvolvimento. Você não é inferior nem superior a ninguém. Somos todos iguais se considerarmos e respeitarmos as diferenças que estão apenas no nosso grau de desenvolvimento racional. Só quando respeitamos somos respeitados.

Voltemos ao papo anterior. Vamos ser cuidadosos na escolha dos nossos candidatos, nas eleições. Não nos esqueçamos de que os estamos elegendo para nos representarem. Para trabalhar para nós, cuidando do nosso Município. Nunca se iluda com os papos enganadores de “políticos” que ainda confundem política com maracutaia. Não se deixe iludir com promessas fantasiosas, nem, em hipótese nenhuma, venda seu voto. Nunca se esqueça de que tudo que está ocorrendo de criminoso na nossa política é responsabilidade nossa. Todos os corruptos que estão aí nos envergonhando, foram escolhidos e eleitos por nós. O que nos coloca como seus cúmplices.

Tire de sua mente a vergonhosa ideia de que a política é a maior e melhor fonte de enriquecimento. Preste mais atenção aos “políticos” que roubaram, pensaram que eram ricos e estão nas cadeias ou usando tornozeleiras, envergonhando os que os elegeram. Pense nisso.

*Articulista

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