Opinião

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A CONSTRUÇÃO DO LINHÃO DE TUCURUÍ

Dolane Patrícia*

 

A questão energética de Roraima é um assunto que precisa ser discutido e resolvido com prioridade, primeiro porque se trata de uma energia cara e sem qualidade e segundo porque dependemos da Venezuela, país que vem sofrendo vários problemas de cunho econômico, para garantir o abastecimento energético.

Ademais, não justifica um aumento tão alto das faturas de energia elétrica, sendo Roraima o único Estado do Brasil não interligado ao SIN – Sistema Interligado Nacional.

Temos então, a única alternativa de energia viável para o Estado: o Linhão de Tucuruí. Assim, já ficou demonstrado no artigo intitulado Linhão de Tucuruí – Parte I, que já foi vencida a questão do impacto ambiental, a partir dos estudos realizados pelo Ibama.

Nesse contexto, restaram os conflitos sociais dos direitos humanos sustentáveis dos indígenas, e uma vez que as torres não foram construídas em razão de ser necessário adentrar nas terras indígenas dos Waimiri-Atroari. Não obstante a Funai ter anteriormente autorizado a passagem por aquelas terras, a construção linhão teve a obra suspensa por decisão judicial em razão de ausência de consentimento prévio da referida tribo, levando todo projeto à estaca zero.

Com a devida vênia, não se pode condescender com esta assertiva, pois, em primeiro lugar, frise-se, não pode uma tribo indígena impedir que a energia, necessidade básica do cidadão, chegue até sua residência, sob pena de estar infringindo os direitos humanos dos não índios.

É preciso repisar que ao erigir-se em uma função do Estado, ele trouxe a solução na forma de jurisdição, uma vez que caberá ao STF, a Suprema Corte, dirimir a questão. Destarte, a Jurisdição é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei.

Assim, o ex-presidente Michel Temer aprovou parecer da AGU e transformou decisão do Supremo sobre Raposa Serra do Sol em regra de cumprimento obrigatório pela administração pública.

Agora resta aguardar que o sonho de termos uma energia de qualidade, se torne realidade, o que só irá acontecer quando houver genuíno interesse dos políticos de Roraima.

*Advogada, Juíza Arbitral, Personalidade Brasileira e Personalidade Amazônica. Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia – WhatsApp: 9111-3740. Acesse: Dolanepatricia.com.br

VIVENDO NA ARTE

Afonso rodrigues de Oliveira*

“A vida é a maior de todas as artes. Quisera até ir além e dizer que o homem que mais se aproxima da perfeição é o maior artista.” (Gandhi)

Miguel Ângelo também disse: “Nas artes as insignificâncias causam a perfeição, e a perfeição não é uma insignificância.” Você tem todo o talento para ser o maior artista. Faça de sua vida uma obra de arte. E a arte é fruto do amor. Não produzimos senão o que amamos. O que demonstramos na nossa arte é o fruto dos nossos pensamentos. Simples pra dedéu. Só quando amamos somos felizes.

Não há amor sem equilíbrio. O amor é puro, verdadeiro, e não exige sacrifício. Onde há amor não há sofrimento nem dor. O problema é que no nível de desenvolvimento em que ainda vivemos, enquanto seres humanos, não somos capazes de distinguir o quarteto. E este é composto por quatro elementos que devem ser separados e não misturados. Ainda fundimos, confundindo e misturando amor com paixão sexo e ciúme. São quatro coisas distintas que não devem ser confundidas nem misturadas.

E não conseguimos fazer uma obra de arte confundindo e misturando as cores. E tudo está em nossos pensamentos. Afinal somos o que pensamos. O amor é o esteio da vida. O sexo é vida, a paixão não é mais do que um descontrole emocional, confundindo amor com desejo. Enquanto o ciúme é um descontrole mental. Você nunca vai ver um ciumento mentalmente equilibrado, nem um mentalmente equilibrado e ciumento.

Ame sempre. Não há como ser feliz sem amor. Mas nunca espere ser recompensado, ou recompensada, no amor que você dá, ou dedica. O retorno sempre virá. E sempre virá na mesma proporção do que foi dado. Então vá com cuidado nos seus sentimentos. Eles refletem seus pensamentos. E estes mostram o seu desenvolvimento na caminhada à racionalidade. E você é, querendo ou não, um ser de origem racional. Seja um artista na construção de sua vida. Mas não confunda arte com fantasia. Ela, a arte, é a expressão da vida.

Sorria sempre e transmita sua felicidade através da sua alegria. Porque só somo feliz quando amamos. E só amamos quando somos felizes. E é simples pra dedéu. É só você não perder seu tempo com coisas e assuntos desagradáveis. Não podemos construir nossa felicidade com tristezas e sofrimentos. Todos os males que acontecem na nossa vida fazem parte da vida. São os elementos e ferramentas de que necessitamos para a construção da nossa arte. As insignificâncias fazem parte da perfeição. É só saber usá-las adequadamente. E você tem capacidade natural para ir em frente, seguindo a simplicidade do Raimundinho: “Pulando pu riba” da árvore caída. Pense nisso.

*Articulista

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