Opinião

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A ROTA DA CONTENDA

Pr. A. Paulo.

Qualquer viajante que vá de carro do sul de Israel com destino a Amã, na Jordânia, percorre as terras que no passado pertenceram aos edomitas, amonitas e moabitas. Ao sair do Egito, Israel fez este mesmo percurso. Ao chegar à fronteira de Edom, pediu autorização para passar por ali. Moisés escreveu: Deixa-nos passar pela tua terra; não o faremos pelo campo, nem pelas vinhas, nem beberemos a água dos poços; iremos pela estrada real; não nos desviaremos para a direita nem para a esquerda, até que passemos pelo teu país (Nm 20.17).

O pedido de Israel, feito por vias diplomáticas, não poderia ser mais despretensioso: quer apenas passar por Edom, sem incomodar e sem causar qualquer prejuízo ou perturbação. Para tanto, assumiu o compromisso de não tocar nas vinhas ou nos frutos, não beber a água dos poços, não sair do caminho, queria apenas passar, já que Edom era a rota mais curta para Canaã.

O apelo tinha o reforço do parentesco entre os dois povos. Tratou Edom como “irmão”, fazendo-o lembrar de “nossos pais” e de todo o sofrimento que os “nossos pais” haviam sofrido no Egito, bem como de sua maravilhosa libertação.

Embora os dois povos fossem parentes próximos e o pedido razoável, a resposta foi um implacável não. Não passarás por mim, disse o rei de Edom, já ameaçando sair ao encontro de Israel com espada, o que efetivamente aconteceu (Nm 20.18).

O que explica tanta dureza, hostilidade e falta de cooperação? A ameaça de Edom a Israel era somente mais um capítulo de uma guerra de irmãos. Os israelitas eram descendentes de Jacó e os edomitas, de Esaú (Gn 36). Tudo começou cedo, quando os irmãos disputavam a primogenitura. Como se sabe, Jacó, astuciosamente, orientado por sua mãe, recebeu a bênção da primogenitura, criando ódio de morte em Esaú. Diz Gn 27.41: Passou Esaú a odiar Jacó por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e disse consigo: Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão.

Jacó fugiu, não dando oportunidade para Esaú cumprir o intento. É verdade, também, que em certos momentos houve alguma calmaria nas relações, mas os dois povos tornaram-se inimigos. As desgraças de Israel sempre foram motivo de regozijo para Edom. Quando Nabucodonosor levou a nação israelita cativa para a Babilônia, os edomitas torciam que Jerusalém fosse totalmente destruída. Diziam: Arrazai-a, arrazai-a até os fundamentos (Sl 137.7).

A atitude de Edom era tão covarde que Deus tomou as dores de seu povo e proclamou o juízo : Mas tu não devias ter olhado com prazer para o dia de teu irmão, o dia da sua calamidade; nem ter-te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem ter falado de boca cheia, no dia da angústia; não devias ter entrado pela porta do meu povo, no dia da sua calamidade; tu não devias ter olhado com prazer para o seu mal, no dia da sua calamidade; nem ter lançado mão nos seus bens, no dia da sua calamidade; não devias ter parado nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem; nem ter entregado os que lhe restassem, no dia da angústia (Ob 12-14). Por tudo isso, Edom seria destruído como nação (Jr 49.7-22).

Depois do cativeiro babilônico, há silêncio sobre os edomitas até o começo do Novo Testamento, quando encontramos o idumeu Herodes, o Grande, reinando em Jerusalém. Os idumeus também eram descendentes de Esaú (Gn 36.9). Portanto, era de se esperar que Herodes perseguisse os judeus, chegando a tentar matar a Cristo (Mt 2.16).

De todas as formas de discórdia, a pior delas é a contenda entre irmãos (Pv 6.19). Mas, desde Caim e Abel, há histórias de irmãos que lutam e se matam; em certos casos, por gerações, como se deu com os descendentes de Esaú e Jacó. Por causa de histórias assim, é necessário procurar logo a reconciliação com os desafetos, para que não vire perseguição e ódio. Nesse particular, preocupa-me as brigas das crianças em casa. Os pais precisam ser diligentes e promover logo a paz e o entendimento entre os filhos, o que acontece na base do amor e do perdão. Até para não se tornar problema sério e histórico, como o dos judeus com os edomitas.

Pr. A. Paulo.

“Vacina do Brasil”

Prof. Paulo

Nem sempre foi assim, inicialmente a vacina do Brasil jamais seria “comunista”, lembremos quando o Ministro da Saúde, que fazia até então um grande trabalho, não como médico, conforme necessidade lógica do cargo que ocupa, mas como um gestor público que acabava de adquirir milhões de vacinas para a população, no entanto, a verdade é que não foi possível adquirir uma vacina “liberal ou de direita” e se não fosse assim o “presidente” não aceitará, e ordenou de imediato que fosse desfeito o trato, e sendo assim, correndo por fora e vendo a possibilidade de angariar votos futuros, eis que um certo governador, antigo aliado, fez sua parte, política é claro, e foi logo fechando com os Chineses a compra da vacina, e aí estava feita a confusão, as margens da lambança governista e de seu ministério da saúde, lançou o plano de vacinação estadual.

Do outro lado:

– E agora Messias?

– Sei lá, dá teu jeito.

– Brasil!

Então o Governo Federal foi lá e encampou a vacina “ex-comunista”, agora é vacina do Brasil.

– Mas vamos trazer a de Oxford, por que essa só quebra o galho por enquanto.

– Ufa, Oxford é vacina da direita.

– Mas os insumos vem da China!

– O que? Tá de sacanagem!

– E agora?

– Ernesto, vai lá e resolve!

– Mas eu! Sacaneei os caras!

– Problema é seu!

E segue a vacinação no Brasil até 202?

Prof. Paulo

Chegamos para viver

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Não fomos postos nesse mundo apenas para existir; fomos postos aqui para viver, e viver significa envolvermo-nos com os outros.” (Samuel Dodson)

Somos todos, já sabemos, da mesma origem. Também sabemos que somos todos iguais. Falar sobre isso já está ficando repetitivo. Mas é necessário. Não devemos viver apenas para nós mesmos, como se fôssemos diferentes e independentes, na condição de seres humanos. Nossa evolução depende do nosso desenvolvimento em grupo. Porque não evoluiremos se não contribuirmos para a evolução do nosso vizinho. E nosso vizinho é a pessoa que está ao nosso lado, mesmo que não nos conheçamos, ou à distância.

“Você é tão pobre ou tão rico quanto o seu vizinho, senão não seria vizinho dele.” O que alerta você para a convivência. Você pode estar sendo influenciado não pela vizinhança, mas pela conex
ão. Você não precisa se familiarizar com seu próximo, mas apenas respeitá-lo como um ser igual a você, apenas num estado de evolução diferente do seu. É respeitando essa diferença que nos tornamos iguais nas diferenças.

Morei alguns anos na Rua Conde de Sarzedas, na Sé, em São Paulo. O edifício onde eu morava era conhecido como o ponto divisório entre o divino e o demoníaco. Quando descíamos do elevador saíamos, se para a direita íamos para o divino; que é onde ficam as igrejas e lojas evangélicas; se saíssemos para a esquerda, descíamos para o paraíso das drogas. Mas era ali que eu ia comprar o pão para os cafés da manhã e da tarde. Não tinha como evitar a passagem próxima aos grupos fumantes. E aquilo nunca me preocupou nem me aborreceu. Ainda sinto orgulho em me lembrar do respeito com que aquele pessoal me cumprimentava. Com o mesmo respeito com que eu os cumprimentava. Cumprimentava-os e passava com muito respeito.

A diferença nesse comportamento está em você não se familiarizar. Você está na sua e eles na deles. As desordens que possam vir no comportamento deles é responsabilidade das autoridades. A sua responsabilidade é com você mesmo ou mesma, respeitando o individuo nas diferenças. Assim você estará fazendo sua parte na evolução social. O envolvimento familiar, amigável e social é que deve se escudar na evolução racional. Que é quando fazemos nossa parte, evolvendo-nos com os outros dentro do nosso círculo evolutivo. E não nos esqueçamos de que todos nós estamos no círculo de evolução racional. Vamos ser mais humanos respeitando os caminhos diferentes, próprios da humanidade. Vamos nos preparar para a paz e não para as guerras. O que ainda vai demandar muito tempo. Façamos nossa parte como ela deve ser feita. Pense nisso.

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