Opinião

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O JUIZ NÃO VAI RESOLVER A VIDA DA SUA FAMÍLIA

Flávia Oleare*

Separação é algo difícil.

Pense: se a vida estava difícil com todos dentro da mesma casa, imaginem como é na separação, com filhos para lá e para cá e provavelmente, em seguida, adicionando-se padrastos e madrastas.

E aí, em situação de discórdia, o ex-casal deposita suas expectativas no Judiciário.

Se o casal não consegue resolver as questões relacionadas ao seu núcleo familiar, vocês acham que o Juiz, que tem cinco mil processos para julgar, que não sabe NADA sobre a dinâmica da vida daquela família vai conseguir apresentar uma solução perfeita?

Será feito o que é possível para preservar o melhor para as crianças.

Mas, cá entre nós, esta preocupação deve ser em primeiro lugar, dos próprios pais, que precisam ter maturidade suficiente para lidar com tal situação!

Portanto, caso a separação seja inevitável, se necessário, o ideal é que sejam consultados psicólogos e advogados que possam fazer um trabalho de mediação para que o ex-casal tente se conciliar e apresentar uma forma de acordo mais adequada à situação em que se encontra.

Lembrem, o juiz não estará na casa de vocês nos finais de semana e feriados para fiscalizar a que hora o genitor (a) buscou ou levou a criança em casa em dia de visita.

Se os genitores não forem razoáveis e não conseguirem cumprir o que for determinado – seja por acordo entre as partes homologado pelo juiz, seja por determinação judicial – a vida de todos passará a ser um tumulto só!

Trago esta mensagem para lembrar ao casal que a responsabilidade de promover um ambiente saudável para as crianças é primordialmente dos pais, no entanto, ainda recebo muitos casais que acham que o “juiz” tem que fazer algo.

O Judiciário atua, mas em casos graves, de maus tratos, assédios, violência, dentre outros.

Mas, definitivamente, não é função do Judiciário resolver e aparar picuinhas entre ex-casais.

Portanto, é necessário que o casal assume para si a responsabilidade de criar um ambiente saudável para a vida das crianças e pare de pensar é o juiz que vai resolver os problemas de sua família.

Certamente, há problemas muito maiores e mais graves para o Poder Judiciário se ocupar do que briguinhas de ex-casal que não consegue se entender, concordam?

*Advogada cível especialista em Direito de Família e Sucessões e membro da Comissão de Direito e Família e Sucessões e da de Direito de Idosos da OAB/ES. Sócia do escritório Oleare e Torezani Advocacia e Consultoria (www.oleareetorezani.com.br), contato: [email protected]

O QUE FAZER SE VOCÊ TEM UM VIZINHO BARULHENTO?

Sabrina Torezani da Fonseca Gava*

Você já se deparou com a situação de ter um vizinho barulhento, que impede que você tenha paz na sua própria casa?

Imagine você, após um estressante dia de trabalho, chegar em casa e se deparar com um vizinho promovendo festas ou jantares barulhentos? Pior ainda, se esta situação for corriqueira!

Bom, há algumas possibilidades de solução!

Aos que vivem essa situação de ter a sua tranquilidade perturbada, a saúde afetada e a propriedade desvalorizada devido ao excesso de ruídos produzidos pelo seu vizinho, saiba que existem algumas medidas eficazes a proteção do seu direito.

A primeira tentativa e também, a forma menos traumática de tentar sanar o problema é ter uma conversa com seu vizinho, explicando para ele que o barulho está excessivo e solicitando que reduza a intensidade dos ruídos.

Não tendo efeito, deve-se notificar o Condomínio e registrar a situação no Livro de Ocorrências, para que o síndico tome as medidas cabíveis, até mesmo com a aplicação de multas.

Se isso também não resolver, você pode comunicar a ocorrência ao Órgão Administrativo Competente, podendo realizar inclusive um Boletim de Ocorrência, tendo em vista que essa atitude do vizinho é considerada uma contravenção penal.

Por fim, é possível a adoção de uma medida judicial objetivando que o vizinho pare de cometer estas infrações que afrontam o direito ao sossego e, se for o caso, até mesmo requerer indenização por danos morais. Para tanto, você precisará consultar um advogado de sua confiança, o qual lhe dará as orientações pertinentes.

Se você conhece alguém que está passando por esta situação, não deixe de enviar este artigo, pois certamente irá ajudá-lo a solucionar o problema.

Advogada cível especialista em Direito Imobiliário e Contratos. Conselheira Estadual da OAB/ES. Membro da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/ES. Sócia do escritório Oleare e Torezani Advocacia e Consultoria (www.oleareetorezani.com.br), contato: [email protected].

COMO AJUDAR

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“As palestras de autoajuda pouco ajudam quando as pessoas não compreendem o funcionamento da mente.” (Augusto Cury)

Uma das coisas mais gratificantes é ajudar alguém. E a ajuda pode muito bem estar vindo numa conversa que leve à ajuda no desenvolvimento mental. E quando pretendemos ajudar alguém a desenvolver a maneira de viver fica difícil. Mas é muito simples. É só você entender o problema da outra pessoa. Porque você não tem problema nenhum, quando sua tarefa é a de orientar e não de dirigir. Apenas passe o recado. Entendê-lo, ou
não, vai depender de quem o recebe. A dificuldade quase sempre está na simplicidade. Porque o ser humano é muito mais inclinado a acreditar nas mentiras e fantasias.

As palestras de autoajuda normalmente são mal entendidas. É o que leva os palestrantes a se expressarem de uma maneira aparentemente clássica. O que leva o público ao encantamento, mas não à compreensão. E o objetivo do instrutor ou orientador da autoajuda é precisamente fazer com que você entenda que o desenvolvimento vai depender da sua capacidade de entender o potencial que você tem na sua mente. Porque quando entendemos o poder da mente não há como não nos autoajudarmos.

Busque em você mesmo, ou mesma, tudo de que você necessita para sua evolução racional. Porque você nunca irá progredir nem evoluir sem a racionalidade. Ame-se no que você realmente é. Mas para progredir no que somos, devemos prestar mais atenção à sugestão do Victor Hugo: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos.” Todos os seres vivos sobre a Terra vivem num processo de evolução. Mas enquanto estivermos aqui, sobre este Planeta, seremos os mesmos, dentro de um processo evolutivo. Simples pra dedéu.

Nunca se julgue nem se sinta superior nem inferior a alguém. Cada um está no seu nível de evolução. E embora não seja sua obrigação, é seu dever como ser de origem racional, respeitar o grau de evolução do seu vizinho. E não custa refletirmos no pensamento do Emerson, que venho repetindo muito por aqui. E vou continuar repetindo porque sei que ele é benéfico: “Você é tão rico ou tão pobre quanto o seu vizinho, senão não seria vizinho dele.”

Procure ajudar, sempre, as outras pessoas no desenvolvimento mental delas. Mas pise no breque. Procure sempre ajudar orientando e não dirigindo. Mostre as veredas e deixe que ele escolha qual ele deve seguir. Você fez sua parte orientando na cainhada. A escolha do caminho vai depender do grau de evolução de cada um. E cada um vai escolher o caminho, de acordo com seu conhecimento sobre sua própria mente. Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

99121-1460